domingo, 20 de setembro de 2020

Não sou filósofo/pensador

Tantas vezes eu tenho dito
não sou filósofo nem pensador
o que, diariamente, deixo escrito
é o meu sentir de mero prosador

Por vezes parecem negativos
os pensamentos que me advêm
não passam de comprovativos
que na vida eles existem também

Para haver energia, devem saber
há dois polos negativo e positivo
é minha intenção ao escrever
que exibi-los faz todo o sentido
 
José Carlos Moutinho
 
 20/9/2020

sábado, 19 de setembro de 2020

Quadras soltas ao vento

 Há dias sinto-me imbondeiro
outros há, sou simples folha
por vezes acho-me marinheiro
sem maré que me acolha

neste divagar pensamentos
sinto-me o que o momento diz
há risos, cantares e lamentos
e coisas boas que sempre quis

José Carlos Moutinho
 
 19/9/2020

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Não te vás, Verão

 Que te fiz eu ó esmorecido Verão
para tão rapidamente partires
não entendes a nossa emoção
pensa bem, fica para nos ouvires

Ai, Verão, Verão, já vejo o Outono,
a espreitar atrás daquela palmeira
sei do ditado, pois o seu a seu dono
o teu tempo já não quer brincadeira

Se pensasses bem, mais um mês
não te custaria assim tanto, convém
seria boa maneira de seres cortês
agradava a todos e a mim também

José Carlos Moutinho
17/9/2020

A FORÇA DAS MÃOS

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

ABRAÇO O MAR

Andarilho

Um dia, talvez, quem sabe 
farei dos sonhos realidade
troco palavras por utopias
pensando serem poesias

Invento versos inquietos
alguns pintados de nada
outros, porém, são repletos
de rima, em forma cantada

Assim sigo este meu trilho
simples e sem preconceito
das palavras sou andarilho
vou escrevendo a meu jeito

José Carlos Moutinho
13/9/2020

 

domingo, 13 de setembro de 2020

Bonanças

Sou cálida brisa de saudades

calmas, no baú de lembranças

separo mentiras das verdades

voo pelos céus das bonanças

meu tempo, fugaz, voa em mim

pela infinitude dos meus anseios

sou sonhador em eterno festim

vivo a sinceridade sem rodeios

tento ignorar ventos contrários

abrigo-me em dunas de serenas

metáforas e de saberes literários

porque amizades são pequenas

José Carlos Moutinho

13/9/2020

MAR DE SAUDADE (poesia)

sábado, 12 de setembro de 2020

Suspiro candente

Dentro do meu cansado peito
há um suspiro tão candente
que jamais encontro um jeito
de o evitar estar tão presente

É um suspiro doce de saudade
daqueles que permanecem
cativos, na nossa intimidade
pela vida e que nunca fenecem

São instantes belos do passado
De alegria da juventude tropical
Mas era um tempo tão apressado
que recordá-lo agora será normal

José Carlos Moutinho

12/9/2020

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

MAR DE SAUDADE (Booktrailer)



Mantém-se a promoção de pré-lançamento, custando cada exemplar € 11,50, até à chegada do livro.
Creio que durante a próxima semana o livro chegará.
Está um pouco atrasada a sua chegada, causada por um problema técnico na gráfica.
Grato pela paciência e o meu grande Obrigado a todos que já o pediram e pagaram.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Desvario

 Desvario 

Quero ouvir o luar
mesmo que o seu cintilar se cale
quero sentir o som azulado
na caricia dos meus pensamentos
olhar o firmamento
e agarrar os sonhos
que voam em forma de estrelas

abraçar astros e cometas
e levar-me solidário com o silêncio
pelo desconhecido
ainda que me perca
na ilusão do meu doce desvario 

José Carlos Moutinho
9/9/2020

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Que me fala

Que me fala

Este meu tempo que me fala
das saudades de outro tempo
inquieta-me a voz que se cala
e me sorri tristeza do lamento 

É tão inexorável e implacável
corre na celeridade do vento
embora relembre o agradável
perde-se na corrida do tempo

 José Carlos Moutinho

8/9/2020


sábado, 5 de setembro de 2020

Enquanto

 Enquanto

Enquanto as águas do mar
não sufocarem os gritos de desespero
e não se transformarem
em braços de acolhimento...
talvez este mundo
jamais se humanize!

Mas se na terra mãe,
que permite a partida/fuga
dos seus filhos
nada mudar
e o poder e a incapacidade
se mantiverem
o caos instalar-se-á
neste globo perdido

José Carlos Moutinho
5/9/2020

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Desatino

 Desatino

Seu anseio era inquieto
de asas sonhadoras
seu sentir era decerto
de emoções voadoras

Que se calem os mares
os rouxinóis e gaivotas
que acabem os pesares
sem saber de ruas tortas

Que chova e se acinzente
tal dia cansado de nada
sempre há quem lamente
uma vida tão desgraçada

José Carlos Moutinho
2/9/2020

terça-feira, 1 de setembro de 2020

#Suspiros

 Suspiros

Suspiros são respirar de emoções,
umas inquietas, outras serenas,
são também afagos de corações
ou o lembrar de situações, apenas

Quando o suspiro é longo e dorido
diz de algum amor desencontrado,
mas, se esse suspiro é enternecido
há certamente amor encantado!

Pensando os suspiros desta forma,
não serão do coração, mas da alma
os sentires de dor ou de calma!

A vida é um jardim que nos adorna
com sentimentos de belas cores,
até as belas rosas causam dores

José Carlos Moutinho
In "Mar de Saudade"



Meus livros

...
Comecei a escrever com 15 anos, aos 19 parei, outros amores se alevantaram!
Voltei a reescrever quase 50 anos depois, precisamente em 2010. A partir de 2011, fervorosamente, comecei a publicar livros e hoje, com o próximo a sair já já, são 13. Sem falsa modéstia, mas imbuído de um enorme orgulho, sinto-me feliz a escrever e fazer com que a minha escrita vá longe através dos meus livros. A quem os adquiriu o meu grande OBRIGADO!


Palavras

Tentei enganar as palavras
juro que tentei
fui eu, porém, que saí enganado!
as palavras nunca enganam
permitem, simplesmente, que as usemos...

jcm

domingo, 30 de agosto de 2020

Gosto de olhar o mar

 Gosto de olhar o mar

Gosto de escutar o marulhar
e sentir o perfume da maresia
gosto da melodia do mar
que permite inventar-me poesia,
não, não sou poeta neste sentir
sou somente emoção do momento,
gosto de ver gaivotas a partir
das areias, sopradas pelo vento,
e neste cenário de encantamento
deixo-me levar pelo devaneio,
sol que se perde no firmamento
nesta saudade vestida de anseio

José Carlos Moutinho
30/8/2020

sábado, 29 de agosto de 2020

Reflexão do meu sentir

 Alimento o meu sentir a vida
com tão pouco, mas tão pouco
que algumas vezes se torna impossível
conseguir esse pouco...

pois, por ser pouco, dá-se pouco valor,
dizem que acrescenta pouco
ao tanto que muitos poucos têm,

mas eu, que sou pouco na ânsia do muito,
vivo assim com este sentir,
talvez por ser muito convencido
que o meu pouco é demasiado valioso,

dispenso o muito
que a mim pouco acrescenta,
salvo se esse muito
for emanado de sentimentos nobres,
como a humildade, que em mim,
alguns confundem com arrogância,

sou consciente das minhas capacidades,
não me deixando, porém,
ancorar nas limitações
que tento sempre ultrapassar,
se não conseguir,
não me farão sentir frustrado
porque tentei,
 
sou muito neste meu sentir a verdade
e tão, muito pouco, na demagogia
que, certamente, alguns dirão
ser a essência deste texto
 
José Carlos Moutinho
29/8/2020
 

 


quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Assim de repente

 Assim de repente...

Olho para trás neste meu tempo
sinto, inquieto, a sua celeridade
nem sequer adianta um lamento
porque a vida tem esta realidade

Ainda que procure convencer-me
de que tudo não passa de ilusão
não consigo evitar esmorecer-me
perante este meu sentir desilusão

José Carlos Moutinho
27/8/2020

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Como se fosse poema

Como se fosse poema

Ainda que as palavras me fujam...
ancorado em mim está o pensamento
com capacidade de reter
o que as palavras recusaram...

depois, na acalmia do papel
liberta-se o pensamento
jorrando partículas cristalinas
de emoção poética
que, eventualmente,
se plasmarão no tempo

José Carlos Moutinho
26/8/2020

domingo, 23 de agosto de 2020

Escutar o vento

 Escuto o vento

Gosto de escutar o vento
no seu sopro mais sereno
admito que é um tormento
quando ele se torna obsceno

Obsceno quando se inquieta
grita louco silvar assustador
e quando assim é uma treta
não gosto quando ele é pavor

Mas se depois vem a brisa
volta tudo à pacata serenidade
numa acalmia tão precisa
para que se sinta tranquilidade

José Carlos Moutinho
23/8/2020

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

MAR DE SAUDADE

 A sair em Setembro de 2020. Quem estiver interessado em adquirir este livro de poesia, envie-me uma mensagem, para o meu email: zemoutinho@gmail.com


Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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