quinta-feira, 12 de maio de 2022
terça-feira, 10 de maio de 2022
#Divagação
na viagem que ainda não terminou
sou o sonho que alguém imaginou
quem serei neste viver onde estou?
jcm
sábado, 7 de maio de 2022
#Universo enlouquecido
Que falem que gritem que chorem
recuso-me entender este louco mundodesejo que a razão e paz não demorem
antes que caiamos num poço profundo
Vão-se cantando os perfumes da fantasia
enquanto esmorecem as flores das ideias
universo enlouqucido em absoluta histeria
insanidade dos que flutuam em odisseias
Bastam três quadras para este lamento
a realidade está totalmente deturpada
escureceu o caminho do discernimento
pobre Europa com gente tão perturbada
José Carlos Moutinho
quinta-feira, 5 de maio de 2022
#Língua portuguesa
o meu sentir e o meu pensamento
a força de expressão de todos nós
nossa língua de amor e sofrimento
Oh, bela linguagem da minha poesia
és encanto e fascínio do entendimento
és a prosa dos sentidos em sinestesia
o falar português do meu sentimento
Língua portuguesa complexa e perfeita
cuja gramática dá-nos cabo da cabeça
gosto de te ouvir de forma escorreita
desejo que essa tua riqueza permaneça
José Carlos Moutinho
#Quadra
em tardes molengas de nostalgia
onde há sempre algum lamento
ainda que seja ornamentado de poesia
jcm
quarta-feira, 4 de maio de 2022
# No seu dizer
existe sempre anseio em as soltar
ainda que as suas vozes tardem
jamais se perca o desejo de cantar
Porque o poeta é eterno sonhador
cria temas improváveis de entender
mas que importa se ele é mediador
entre o autor e o leitor no seu dizer?
José Carlos Moutinho
segunda-feira, 25 de abril de 2022
#Portugal de Abril, 1974/2022
A alvorada que iluminou as trevas
de um país cinzento,
macambúzio,
e tão analfabeto!
Foi o despertar para a esperança,
o grito estrangulado que se libertou,
a aberrante opressão que morreu,
finalmente...
1974, Primavera!
...E os cravos vermelhos,
Da cor do sangue perdido, por tantos,
se colou na ponta das espingardas
evitando que mais sangue se derramasse!
48 anos de ditadura!
Quando a liberdade era palavra proibida,
não só a liberdade da palavra,
como também a ausência do pão de cada dia,
a imensa dificuldade em se ir mais longe,
através dos livros, da cultura, do saber,
tudo era tão limitado,
acessível somente a alguns,
quiçá, os privilegiados, deste pobre país!
25 de abril de 1974!
A revolução fez-se,
com alguma coragem e sorte,
talvez, porque a ditadura, através do medo,
pensasse que o povo estava controlado,
talvez estivesse, realmente...
mas não estavam os oficiais militares,
que arrancados das suas profissões,
eram forçados a combater numa guerra,
da qual discordavam,
porque o termpo e a história
ensinara que, pela guerra,
nada se resolveria...
Assim, foram os militares, milicianos,
que fizeram a revolução
oferecendo ao povo a liberdade!
48 anos de liberdade!
Por ironia do destino,
igualaram-se os anos
da ditadura e da democracia,
obviamente, hoje estamos muito melhor,
do que anteriormente,
mas após tantos anos de liberdade
muito há que fazer, que resolver,
para que, desta plantação democrática,
seja erradicada a corrupção, a falta de dignidade,
a politiquice interesseira
em detrimento do bem do povo,
que, ainda, infelizmente,
não conseguiu a verdadeira liberdade económica!
Outra revolução será, talvez, necessária,
sem armas, sem provocações, sem arrogância,
simplesmente com sentido de humanidade,
mas jamais com a actual displicência
perante a desigualdade...
25 de Abril de 2022!
5 décadas são passadas
desde aquele glorioso dia de 1974,
quando a esperança renasceu
para uma nova e digna vida,
na alma de milhões deste povo sofrido,
que sonhava com a liberdade
e possibilidade de melhores condições económicas...
essa utópica esperança tem vindo, porém, a esmorecer
ao longo dos anos,
porque, lamentavelmente,
apesar do muito tempo vivido em democracia,
(valha-nos isso, pelo menos...)
mais de um terço da população deste país,
recebe como pensão de reformado,
um valor inferior ao custo de um almoço
de alguns políticos!
Quando realmente estas diferenças
passarem a fazer parte do passado,
então, sim, podemos considerar que
a revolução dos cravos, cumpriu o seu objectivo
e tirou Portugal da cauda da Europa,
também, em termos económicos!
Talvez assim, possamos, com alegria,
gritar ao mundo
que somos um povo feliz,
orgulhoso deste velho e glorioso Portugal
e que os cravos ainda têm a força dos sonhos!!
José Carlos Moutinho
sexta-feira, 22 de abril de 2022
quarta-feira, 20 de abril de 2022
#Pax
Tardam as vontades
nos dias da irracionalidade
deturpam as verdades
as mentes da animalidade
Ousam justificar a mentira
quando a realidade é afligente
da boca que a paz cuspira
há sentir e ódio de um doente
José Carlos Moutinho
terça-feira, 19 de abril de 2022
# brincar com as palavras
e o vento ainda não passou
a noite adormeceu cansada
a sonhar com a madrugada
jcm
segunda-feira, 18 de abril de 2022
#Palavras pequenas
Não gosto de longos poemas
do tipo contrato ou testamento
gosto das palavras pequenas
imbuídas de muito sentimento
Seja em estrofe livre ou quadra
poderá ser até num belo soneto
ou ainda em sextilha musicada
que seja em português correcto
É minha opinião que nada vale
mas que deixo como informação
não preciso que alguém me fale
discordar desta minha afirmação
Talvez porque não sou elitista
a minha simplicidade acontece
não sou nem poeta nem artista
assim escrevo como me apetece
José Carlos Moutinho
sábado, 16 de abril de 2022
#Sentires
terça-feira, 12 de abril de 2022
#Esta vida…
Esta vida está cada vez pior
já não sei mais o que devo fazer,
dizem alguns que até acabou o amor,
sinceramente não sei o que dizer…
Pelas ruas a barulheira é infernal
loucura a chinfrinada das buzinas,
ai, meu Deus que isto me faz tanto mal,
valha-nos o desfile das meninas!
Um dia destes partirei para longe
para um local onde ninguém me encontre,
ainda que pra isso me vista de monge…
Estou a pensar no horizonte infinito,
qualquer paraíso onde o sol desponte
e eu possa eliminar mosquito ao grito
José Carlos Moutinho
25/1/19
Decreto-Lei, nº 63/85
segunda-feira, 11 de abril de 2022
#Sentem-se
que passam suaves ou agitados
por entre suspiros e pensamentos
em dias calmos ou tumultuados
José Carlos Moutinho
sábado, 9 de abril de 2022
#Retrocesso
Chora o poeta cala a poesia
neste tempo de selvajaria
mais um genocídio acontece
onde a humanidade perece
Fecham-se os olhos à morte,
que se tornou coisa natural
mundo louco em desnorte
retrocedendo ao neandertal
José Carlos Moutinho
terça-feira, 5 de abril de 2022
#Bom dia...
sentirás certamente uma doce ilusão
sonhar é algo muito simples e natural
desde que esteja consciente o coração
jcm
segunda-feira, 4 de abril de 2022
#Assim vai o mundo
homens com tempestade nos corações
transformam a paz em estúpida guerra
lamentável ignominia das suas ambições
José Carlos Moutinho
sexta-feira, 1 de abril de 2022
#Paz e liberdade para a Ucrânia
As palavras cansaram-se da guerra
perderam-se entre tiros de estupidez
crueldade que os canhões desterra
como se a liberdade perdesse a vez
Destruição absoluta sem justiificação
desejo de humilhar quem é superior
resistência e resiliência d’uma nação
demonstrada por um povo com valor
Tão diferentes as forças em conflito
porém, a razão faz a força e a vitória
bombas sobre povo inocente, aflito
crimes que envergonham a História
Viva a Ucrânia na sua defesa tenaz
jamais vença a crueldade ditatorial
livre seja esse povo e Pátria em paz
são anseios da humanidade racional
José Carlos Moutinho
quinta-feira, 31 de março de 2022
quarta-feira, 30 de março de 2022
#Saudade da “minha” Luanda
onde viver era pura felicidade
jamais vi outra cidade assim
esta é uma grande verdade
Conheci muitas mais cidades
pelos caminhos que percorri
ficaram-me na alma saudades
daquela Luanda onde eu vivi
Juro por Deus, sem demagogia
que é o que realmente eu sinto
Luanda acolheu-me certo dia
desta paixão, jamais desminto
Sou, pois, saudosista sim senhor
e esse mal não me deixa infeliz
a saudade é assim como o amor
que cala o que a alma nunca diz
José Carlos Moutinho
#É Isso aí!
A vida passa por todos nós
com a rapidez de um suspiro
gostaria que não fosse tão veloz
enquanto isso, que faço? Respiro...
Todavia há que aproveitar
os momentos que vamos tendo
jamais deixar de sorrir e amar
e que a felicidade se vá sustendo
José Carlos Moutinho
terça-feira, 29 de março de 2022
#Pensa bem...
Não te irrites, a realidade é assim:
viajando pelos caminhos do tempo
nem sempre deparamos com jardim
onde floresça um bom pensamento
Então sorri porque a vida é bela,
olha com alegria para teu caminhar
seja pela estrada pela rua ou janela
haverá certamente algo de encantar
Pensa bem...de que vale a tristeza
se com ela não pagas tuas contas
mas sorrindo vencerás de certeza
todos os obstáculos que defrontas
Sigamos, pois, com positivismo
e alegria as caminhadas pela vida
que nem as vozes do negativismo
atropelem nossa vontade sentida
José Carlos Moutinho
segunda-feira, 28 de março de 2022
#Há tudo de nada
Há ventos e brisas pelo ar
tristezas e alegrias por aí
há água que corre pro mar
e gente que não é daqui
Há pensamentos perdidos
em certas atitudes de pasmar
perderam-se reais sentidos
da singeleza do verbo amar
José Carlos
Moutinho
28/3/2022
#Divulgação
Romance de emoções, onde a realidade é simples ficção.
Vivências de Angola. Leiam-me..peçam-me
fica a minha gratidão!.
#Mensagem
que jamais escondam o desassossego
é importante que as vozes não calem
a revolta contra quem satisfaz seu ego
jcm
quinta-feira, 24 de março de 2022
#A Vida
No cântico das aves,
O meu coração cantava animado
E a minha alma entoava melodias!
Na minha mente surgias tu,
Bela, magnifica num quadro de Monet,
Tudo o que me cercava era de luz,
Brilhavam as folhas das árvores
Cintilando em partículas de amor!
Despertava de um sonho,
Ou caminhava para uma nova realidade?
Sentia uma alegria intensa,
As lágrimas deslizavam pelo meu rosto
Em minúsculas gotas de prazer,
Por viver e ser feliz
Não ter nada
E ter tudo,
TENHO A VIDA!
José Carlos Moutinho
quarta-feira, 23 de março de 2022
#O meu chão
Por este chão que eu piso,
que me suporta mágoas e alegrias
desta vida feita de sangue, suor e amor,
de cheiros de belas flores
da esperança de novas vidas
eu caminho, grato, sentindo o seu pulsar!
Tento inventar palavras para este chão,
que me acolhe nos momentos de desilusão,
me abraça na minha tristeza,
me sorri na minha alegria e felicidade
e só encontro uma, simples,
porém, bem significativa do seu valor
És MAGNIFICO, chão,
pelo que ofereces a este mundo,
que te olha e pisa sem consideração
e tu graciosamente retribuis,
o pão da vida, o vinho da comemoração,
os perfumes das flores que encantam
as árvores que nos refrescam,
com a magnitude das suas sombras!
És o chão, onde cansado me deito,
serás no juízo final, o meu leito
onde farei de ti, o meu companheiro,
na eternidade do meu sono derradeiro!
José Carlos Moutinho
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
segunda-feira, 21 de março de 2022
#Sei lá o que é poesia...
Poesia é frescura do sentir
ternura na palavra escrita
é uma maneira de ir e vir
por entre a metáfora dita
seja a chorar ou a sorrir
com ou sem rima bonita
ficar e jamais querer partir
na saudade que o habita
José Carlos
Moutinho
21/3/2022
#A poesia é tudo que se queira
DIA DA POESIA...são todos os instantes de cada dia...
A poesia é tudo que se queira
A poesia é sorriso, é suspiro é silêncio
é presunção e humildade...
poesia cala a dor, grita a verdade
não se exibe, deixa-se evadir
e permite-se invadir sentires,
não necessita de vaidade para se expôr...
Poesia é tudo que se queira!
A poesia é o desabrochar sentimentos
que, por vezes, de tão plasmados
na alma do poeta, se escusam...
porque o poeta é, simplesmente, um ser criativo
que transforma palavras em emoções
que tocam ou não a quem as lê e sente,
Poesia é tudo que se queira!
Poesia é cristalina sensibilidade,
é chão que se pisa, com pés descalços
vertigem e pedra no charco,
é tempestade e bonança
dor e gargalhada
é amor e desamor...
e paixão enaltecida da alma nua do poeta
é força e a fraqueza das palavras
navegante pelas utopias em rios de paixão
é...tudo o que se queira!
José Carlos Moutinho
21/3/2022
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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