domingo, 8 de dezembro de 2024

# Os anos

Passam silenciosos, como brisas,
os anos do nosso viver,
velosos como segundos,
em tropel displicente
pelos corcéis insensíveis
das horas!
 
Depois...
talvez em desenfreada competição
um após outro,
indiferentes às flores coloridas,
à fragância da maresia,
ao chilrear das canoras aves,
ao rumor agitado das árvores…
 
ignorando tudo e todos
voam como luz
puxando os que têm a felicidade
de os acompanhar…
 
Outros…
entregues a opaca e inexorável sorte,
vão-se desligando do calendário da vida
numa fatalidade, que, certamente,
nem os anos serão culpados…
 
Quem tiver a benesse
de poder ir contando um a um
dos 12 do seu anuário,
dará, obviamente,
tal como eu…
 
Graças à vida
e aos anos que me têm acompanhado
ou, talvez…
seja eu o feliz acompanhante!
 
José Carlos Moutinho
8/12/2024 
Portugal

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

# Versos vadios

Caminhos percorridos
por sentidos anseios
foram sonhos vividos
ousadias sem receios

Imaginava-se o sonho

tempo negro cansado
até o sol era medonho
dor do viver desfasado

José Carlos Moutinho
4/12/2024

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

#Caminhei

 

  
... 𝐂𝐚𝐦𝐢𝐧𝐡𝐞𝐢 𝐩𝐨𝐫 𝐜𝐡𝐚̃𝐨𝐬 𝐬𝐞𝐦 𝐧𝐨𝐦𝐞 𝐩𝐨𝐫 𝐫𝐮𝐚𝐬 𝐟𝐥𝐨𝐫𝐢𝐝𝐚𝐬 𝐞 𝐟𝐚𝐦𝐨𝐬𝐚𝐬 𝐚𝐭𝐫𝐚𝐯𝐞𝐬𝐬𝐞𝐢 𝐚𝐯𝐞𝐧𝐢𝐝𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐞𝐬𝐩𝐥𝐞𝐧𝐝𝐨𝐫 𝐯𝐨𝐞𝐢 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐮𝐦 𝐩𝐚́𝐬𝐬𝐚𝐫𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐨𝐬 𝐜𝐞́𝐮𝐬 𝐧𝐚𝐯𝐞𝐠𝐮𝐞𝐢 𝐭𝐚𝐥 𝐦𝐚𝐫𝐢𝐧𝐡𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐩𝐨𝐫 𝐦𝐚𝐫𝐞𝐬 𝐧𝐚𝐯𝐞𝐠𝐚𝐝𝐨𝐬... 𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐬𝐨𝐮 𝐞𝐮, 𝐚𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥? 𝐔𝐦 𝐬𝐢𝐦𝐩𝐥𝐞𝐬 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐚𝐠𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐞𝐦 𝐯𝐢𝐚𝐠𝐞𝐦 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨𝐫𝐚́𝐫𝐢𝐚 𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐮𝐧𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐨 𝐬𝐞𝐫 𝐡𝐮𝐦𝐚𝐧𝐨 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐮𝐫𝐚 𝐝𝐞𝐬𝐭𝐫𝐮𝐢𝐫 𝐓𝐞𝐧𝐡𝐨 𝐬𝐚𝐮𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐝𝐚𝐪𝐮𝐞𝐥𝐞 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨, 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐠𝐨𝐫𝐚, 𝐞́ 𝐦𝐞𝐮 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐚𝐧𝐡𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐧𝐚𝐬 𝐯𝐢𝐚𝐠𝐞𝐧𝐬 𝐩𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐫𝐞𝐜𝐨𝐫𝐝𝐚𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬. 𝐉𝐨𝐬𝐞́ 𝐂𝐚𝐫𝐥𝐨𝐬 𝐌𝐨𝐮𝐭𝐢𝐧𝐡𝐨 𝟐𝟓/𝟏𝟏/𝟐𝟎𝟐𝟒

sábado, 23 de novembro de 2024

#Gosto da utopia

 

Gosto da utopia

Faz-me sentir um ser sonhador,
não é que me desagrade a distopia
mas, para mim, não é a mesma coisa
o mesmo sentimento, a mesma emoção

sei lá, não tenho explicação,
só sei que me agrada imaginar-me
na acalmia de um riacho
pensando-me corrente sem destino

por vezes, sinto-me vento inquieto,
então sopro para bem longe
as vicissitudes desta vida
forçando-as a encontrarem
o caminho da racionalidade…  
 
até já me senti, imaginem,
árvore e ave em simultâneo
numa partilha de amizade
em total harmonia,
ramos agitados pela brisa
enquanto o chilrear melodioso da ave
acompanhava aquela dança!
 
Claro…dirão alguns:
que coisa mais patética,
onde já se viu, alguém ser tudo
o que atrás foi descrito?!
 
Responderei com todo o gosto
pela minha convicta assertividade,
de que poderei sim,
ser tudo o que eu imaginar,
porque tenho a capacidade
de me envolver, ingenuamente,
pelos caminhos sensíveis do pensamento
levando-me a viajar, feliz, pela utopia
 
José Carlos Moutinho 
23/11/2024



segunda-feira, 18 de novembro de 2024

#Tempo que já foi meu

 
Acreditem houve um tempo
que foi realmente só meu
mas partiu nas asas do vento
deixou-me em noite de breu

É sempre assim com o tempo
faz o que quer, com egoísmo
depois, claro fica-nos lamento
perante tanta falta de civismo

Quando me decido a enfrentar
a atitude arrogante, autoritária
ignora-me o que me faz pensar
se ele acha toda a gente otária

Olhem, sabem que mais eu digo
perdi a vontade de o controlar
não vá ele deixar-me de castigo
tirar-me o tempo que me restar
 
José Carlos Moutinho 
18/11/2024



terça-feira, 12 de novembro de 2024

#Ignorem os palermas

 

De vez em quando um desequilibrado
ou desequilibrada, talvez, já nem sei
se lembra de ter nosso nome copiado
acham graça, porque eles não têm lei

Amigos avisaram que estou duplamente
aqui e no WhatsApp com a mesma foto,
só pode ser de gente pouco inteligente
quiçá, doente mental, ou algum garoto

Gente da minha página, ignorem pedidos
que desses energúmenos vos aborreçam
só tenho uma página, e é de bons amigos,
esses tristes são a atitude que expressam
 
Será uma brincadeira muito aparvalhada
de se fazerem passar por quem não são
já passou a ser uma coisa descontrolada
que o Facebook terá de colocar a mão
 
José Carlos Moutinho 
12/11/2024

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

#A Angola

Dia 11 de Novembro foi o fim
de tanta gente que lá viveu
a guerra secou o belo jardim,
plantado por quem lá nasceu

Assim é, dos homens a ganância

que tudo transforma pro mal
depois de absoluta abundância
restou um triste e vazio quintal

Embora tudo já seja História
que da memória jamais sairá
perdeu-se tudo, triste inglória
ficou somente a saudade de lá

Que Angola festeje em paz
este seu dia de independência,
que tenha a capacidade capaz
de o povo viver com sapiência

José Carlos Moutinho
11/11/2024

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

#MOMENTOS DE FELICIDADE

#Mar de sonhos

 

Sinto-me navegar em mar de sonhos
numa canoa de metáforas,
os versos são remos de emoções,
impulsionados pela força das palavras…

Em alto mar, vislumbro o horizonte
que está bem longe, onde o sol se espelha,
vibra dentro do meu peito
agitada ânsia de lhes tocar,
mas o sol e o horizonte são intocáveis!

A mim, simples navegador,
resta-me o privilégio de poder admirar
tanta beleza que, graciosamente,
me é oferecida.

E neste meu mar de ilusões
invento mundos e gentes
e tudo o que à minha mente
a inspiração me concede,
porque este mar de que falo
é feito de sonhos e esperanças
onde as marés são abraços
as ondas, carícias
que em espuma
beijam a areia da praia
do meu sentir
 
José Carlos Moutinho
30/10/2024 
Portugal


terça-feira, 29 de outubro de 2024

# Bem sei...


Bem sei que o tempo é implacável
que não se preocupa com tristezas
tampouco com alegrias ou grandezas,
bem sei que o tempo é inexorável

O sol que me bafeja e ilumina a cada dia

dá-me coragem para enfrentar agruras
desviar-me de obstáculos, com ousadia
porque está em mim, ignorar amarguras

José Carlos Moutinho
10/9/14

domingo, 27 de outubro de 2024

# Uma pequena História

Num certo dia, surgido de um sonho jamais sonhado, aconteceu o milagre da escrita, que, em líricos versos, formados por palavras aconchegadas em estrofes, tímidas, ingénuas, mas, num paradoxo inexplicável, simultaneamente ousadas, atrevidas, como se a vontade de escrever estivesse sempre latente na mente daquele jovem de 15 anos, o poema nascia...veemente, apaixonado, rebelde...
Tantos anos depois daquele sonho que nunca acontecera...realizaram-se outros sonhos que, com resiliência e luta por uma posição nesta caminhada pelas palavras que vestem livros, conseguiram um lugar ao sol da realidade, publicados que estão 15 títulos, em 14 anos. Muito em breve, o 16ª.
Parabéns àquele menino de outrora, pela sua coragem de jamais desistir.

José Carlos Moutinho
27/10/2024


quarta-feira, 23 de outubro de 2024

# TEIAS DA VIDA

Dizem que sou teimoso

já há muito eu sei disso
como não sou mentiroso
esta teimosia tem feitiço

Disse para mim e todos
que me estavam a ouvir
não foi pra criar engodos
mas pensando no porvir

O quê pergunta alguém
claro falo de livros, pois
já cansado deste vaivém
após tantos anos depois

Depois do meu primeiro
que chegou em fevereiro
do longínquo ano de 2011
quase na época do bronze

Mas não é que o tal feitiço
abusador voltou a desafiar
que eu tenho compromisso
de escrever até me finar

Assim, obedeci e em breve
um livro mais virá ao mundo
sou o teimoso que se atreve
a este arrojo tão profundo

Será ele de Contos e poemas
é a vida contada com emoção
haverá, ainda, outros temas
TEIAS DA VIDA, nato da paixão

José Carlos Moutinho
23/10/2024



terça-feira, 22 de outubro de 2024

# Só para entender...

Ela gritou ele gritou muito mais
sem conseguirem se entender
são dessas atitudes tão anormais
que ridicularizam o compreender

Harmonia é o melhor caminho,
que a vida oferece diariamente
vejam lá se não é tão bonitinho
conviver, sorrindo alegremente?

José Carlos Moutinho
22/10/2024

#Perseverança

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

#O poema é alegria

 

O poema quer calar a tristeza
na palavra colorida de emoção
existe no verso imensa beleza
que, serena, brota do coração

Se a rima é feita com peixão corre um caudal de metáfora como um rio de serena ilusão pelo leito despido de anáfora

Caminha a palavra pé ante pé
na alameda florida da estrofe
assim num vaguear de boa fé
em total e animado rega bofe 

E por aqui me fico silencioso
pensando nesta obra escrita
embora eu não seja vaidoso
creio ter deixado coisa catita 

José Carlos Moutinho

21/10/2024

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

#O Pardal

 Descobri, por acaso, no Baú das coisas quase esquecidas.


O Pardal

Era um pardal sem pedigree que, teimosamente esvoaçava entre os seus pares, que, vestidos com as cores dos mais belos rouxinóis o desprezavam. Mas o pardal temerário voava sem parar, cada vez mais, em voos ainda mais altos.
Um dia, todas as doutas aves se reuniram num congresso de diversas cores e raças e, condescendentes chamaram o pardal, dizendo-lhe:
-- Ouve lá ó pardal, foste insistente numa teimosia e persistência invejáveis, com esse teu obstinado voar; por isso, analisámos os percursos dos teus voos e decidimos considerar-te um dos nossos.
E todas as coloridas e ilustres figuras aladas, ovacionaram o desengonçado, mas corajoso pardal.
E foi assim que o pardal feio, de asas cinzentas, foi admitido na corte dos privilegiados vertebrados endotérmicos, voando alegremente em grupos fraternos, em chilreados de humildade e amizade.

José Carlos Moutinho
18/10/16

terça-feira, 15 de outubro de 2024

#As palavras (Coisas maravilhosas)

 

Palavras ocas sem sentido
voadas nas asas da mentira
são laivos de ruído perdido
ou emoções de quem delira

O sentir intenso da palavra,
é de caracter probo, nobre
é grandeza de florida lavra,
dignidade que se descobre

Aquele grupinho de letras,
que se entregam submissas
à verdade ou até às tretas
serão tudo, jamais omissas
 
José Carlos Moutinho 

15/10/2024

domingo, 13 de outubro de 2024

#Isto de escrever…

Por um acaso aconteceu
ou talvez, pelo destino,
que a escrita me ofereceu
assim em jeito de desatino

As palavras como cerejas
surgiam do nada ou sei lá
juntavam-se sem invejas
em rimas e estrofes blablá

A verdade é que sucedia
versos nascidos do nada,
até fazia lembrar a poesia,
como se fosse uma jogada

E lá ia eu, armado em bom
palavra aqui, rima logo ali
num brincar de bom tom
pois poesia jamais aprendi 

Então, intrigado, eu pensei
esta emoção que me afecta
será dom ou louco estarei
ousando pensar-me poeta? 

José Carlos Moutinho

13/10/2024

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

#Consciência ou Subconsciência

 

Nos pensamentos vadios
que, errantes, se perdem no silêncio
e escondem a voz inquieta
que luta pela liberdade do sentimento,
há todo um conflito de emoções
que levam a mente ao esmorecimento
ou, pelo contrário,
entrega-se a uma profunda catarse!
 
Os pensamentos como líderes da liberdade
Não há nada nem ninguém
Que consiga obstaculizá-los no seu divagar
 
São tão soberanos e altivos como o vento,
mas também, serenos, como brisa,
podem ser românticos
imbuídos de paixão,
ou vestidos de tresloucado amor
 
A mente, apesar da sua força,
tem, digamos, certa incapacidade…
pode ser consciente e dominar o pensamento
ou alheada da possibilidade de sentir o que pensa!
 
Então, simplesmente,
deixemos vadiar os pensamentos
pelas silentes galáxias,
e demos graças ao Universo
por termos a felicidade de pensar.
 
José Carlos Moutinho
8/10/2024 
Portugal

terça-feira, 8 de outubro de 2024

#Assim é a vida

 

Existem pensamentos diversos,
neste mundo de loucas ilusões,
suportemos momentos adversos
encaremos com vigor, desilusões
 
Se tudo fosse belo e brilhante
a vida seria um esplendor
mas a realidade é frustrante
pois tanta gente vive na dor
 
Talvez um dia mude pra melhor  
a bondade será uma constante
podemos ter e sentir o amor
de uma maneira mais vibrante
 
Mas se assim não acontecer,
só nos resta lutar pela razão
porque todos iremos morrer
e será finitude da presunção
 
José Carlos Moutinho
Portugal 
 2024

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

#𝐐𝐮𝐢𝐦𝐞𝐫𝐚𝐬


𝐎𝐮𝐯𝐢𝐚𝐦-𝐬𝐞 𝐬𝐮𝐬𝐩𝐢𝐫𝐨𝐬 𝐧𝐨 𝐯𝐞𝐧𝐭𝐨
𝐞𝐦 𝐝𝐞𝐬𝐚𝐭𝐢𝐧𝐨 𝐯𝐨𝐚𝐯𝐚𝐦 𝐠𝐚𝐢𝐯𝐨𝐭𝐚𝐬
𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐚-𝐬𝐞 𝐧𝐨 𝐚𝐫 𝐜𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐥𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨
𝐬𝐞𝐫𝐢𝐚𝐦 𝐪𝐮𝐢𝐜̧𝐚́ 𝐞𝐦𝐨𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬 𝐢𝐠𝐧𝐨𝐭𝐚𝐬

𝐄𝐧𝐭𝐚̃𝐨 𝐧𝐨 𝐞𝐬𝐦𝐨𝐫𝐞𝐜𝐞𝐫 𝐝𝐨 𝐨𝐜𝐚𝐬𝐨
𝐣𝐚́ 𝐚𝐬 𝐦𝐚𝐫𝐞́𝐬 𝐭𝐢𝐧𝐡𝐚𝐦 𝐚𝐜𝐚𝐥𝐦𝐚𝐝𝐨
𝐬𝐞𝐫𝐞𝐧𝐨, 𝐦𝐚𝐬 𝐝𝐞𝐧𝐭𝐫𝐨 𝐝𝐨 𝐩𝐫𝐚𝐳𝐨
𝐜𝐡𝐞𝐠𝐨𝐮 𝐨 𝐥𝐮𝐚𝐫 𝐛𝐞𝐦 𝐢𝐥𝐮𝐦𝐢𝐧𝐚𝐝𝐨

𝐀𝐬 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐟𝐞𝐢𝐭𝐚𝐬 𝐩𝐢𝐫𝐢𝐥𝐚𝐦𝐩𝐨𝐬
𝐜𝐢𝐧𝐭𝐢𝐥𝐚𝐯𝐚𝐦 𝐧𝐚 𝐠𝐚𝐥𝐚́𝐱𝐢𝐚 𝐢𝐦𝐞𝐧𝐬𝐚
𝐝𝐞𝐬𝐥𝐮𝐦𝐛𝐫𝐚𝐯𝐚𝐦 𝐬𝐞𝐮𝐬 𝐞𝐧𝐜𝐚𝐧𝐭𝐨𝐬
𝐝𝐮𝐫𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐚 𝐧𝐨𝐢𝐭𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐢𝐚 𝐞𝐱𝐭𝐞𝐧𝐬𝐚

𝐉𝐨𝐬𝐞́ 𝐂𝐚𝐫𝐥𝐨𝐬 𝐌𝐨𝐮𝐭𝐢𝐧𝐡𝐨
𝟕/𝟏𝟎/𝟐𝟎𝟐𝟒
𝐏𝐨𝐫𝐭𝐮𝐠𝐚𝐥

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

# Chorava de saudade

..

Emocionou-me o choro do kissanje
que chorava de saudade
pela saudade que em meu peito existe,
murmurei-lhe que se acalmasse
porque a saudade minha
era melodia que me encantava
nos dias de nostalgia...

e o kissanje sorriu-me,
então, feliz, tocou-me uma rebita
perfumada de mangas e acácias...
fascinado, abracei longamente
a terra da minha saudade

José Carlos Moutinho
22/7/17
Portugal

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

# Versos...

Enfrentar obstáculos é obrigação
esmorecer perante eles é fraqueza
na caminhada há que ter emoção
ser resiliente é verdadeira proeza

Pois dos fracos não reza a história

diz, assertivamente, velho ditado
momento de luta é sempre agora
vencer jamais tem tempo limitado

José Carlos Moutinho
3/10/2024

# Sonhos e anseios


Falaram-me de sonhos
e de anseios improváveis,
falaram-me de fracassos
e de frustrações
mas...
também, me falaram
de realizações que se diziam impossíveis,
metas atingidas que, provocantemente,
se escondiam na lonjura!

Então que os sonhos e os anseios
conspirem para que a realidade
caia nos braços da verdade...

José Carlos Moutinho
Portugal

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

#Chovia

Chovia copiosamente...
o chão sedento, absorvia a torrente,
o vermelho tornava-se mais intenso
e o cheiro penetrava as narinas
enquanto o arco-íris se impunha altaneiro...

Agora...chove dentro do meu peito a saudade

José Carlos Moutinho
2/10/2024

terça-feira, 1 de outubro de 2024

# Asas do vento em desvario

Os ventos agitavam as asas em desvario,
provocando um redemoinhar de sentimentos,
levantavam do chão negro do asfalto
alguns papeis pintados de desabafos,
que descontrolados esvoaçavam
como borboletas desavindas!

E no redemoinho inusitado,

inventaram-se quietudes
tentando serenar os silvos ventosos
que teimavam em perturbar!

Só depois que o sol se fez presente,
trazendo nos seus braços o aconchego
de um fim de tarde matizado de sorrisos,
é que o soprar desatinado
se vestiu com as cores do zéfiro!

Depois na acalmia do entardecer,
quando a tarde cedeu o lugar à noite
e na meditação floresceram abraços
que docemente foram oferecidos
a quem deambulasse pelas ruas dos sonhos
e que trouxesse em si o luar, fez-se festa!

E fez-se festa até à alvorada…
Com os desabafos dos papeis pintados,
coloridos pelos sorrisos do sol
terminando nos braços,
oferecidos em afectuosos abraços
pelo luar, vindo no carinho da noite.

José Carlos Moutinho
Portugal


Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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