provocando um redemoinhar de sentimentos,
levantavam do chão negro do asfalto
alguns papeis pintados de desabafos,
que descontrolados esvoaçavam
como borboletas desavindas!
E no redemoinho inusitado,
inventaram-se quietudes
tentando serenar os silvos ventosos
que teimavam em perturbar!
Só depois que o sol se fez presente,
trazendo nos seus braços o aconchego
de um fim de tarde matizado de sorrisos,
é que o soprar desatinado
se vestiu com as cores do zéfiro!
Depois na acalmia do entardecer,
quando a tarde cedeu o lugar à noite
e na meditação floresceram abraços
que docemente foram oferecidos
a quem deambulasse pelas ruas dos sonhos
e que trouxesse em si o luar, fez-se festa!
E fez-se festa até à alvorada…
Com os desabafos dos papeis pintados,
coloridos pelos sorrisos do sol
terminando nos braços,
oferecidos em afectuosos abraços
pelo luar, vindo no carinho da noite.
José Carlos Moutinho
Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário