quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Melodias sensuais



Quero inventar melodias das palavras,
Que aconchego no papel branco do meu sentir,
Cantadas ao ritmo apaixonado do meu coração;
Farei delas, sons ímpares, jamais escutados,
Que só a minha amada conseguirá senti-los!

Em cada palavra sonharei uma cor iluminada,
De cada cor, criarei nota musical nunca tocada;
Quando todas as palavras se unirem
E na simbiose das cores com as notas,
Ouvir-se-ão os mais belos cantos de amor
Nas vozes cristalinas dos anjos,
Que ecoarão pelos céus da felicidade,
Acariciados por nuvens azuladas de emoções
E beijados pelo avermelhado sol da paixão,
Em total êxtase, onde flutuará o prazer
Da volúpia, nos acordes transformados
Em delirante clímax...

Acalmam-se os corpos suados
Pela dança sôfrega dos desejos,
Entrelaçados pelo ritmo acelerado
Dos corações;
Relaxam languidamente do delírio
Dos momentos de doce loucura,
Onde a razão cedeu o lugar
Ao prazer dos sentidos,
Nos corpos cansados,
Mas plenamente saciados.

José Carlos Moutinho.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Minha entrevista com Shirley Cavalcante



Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor José Carlos Moutinho
      José Carlos Moutinho nasceu no Sobralinho, Vila Franca de Xira, em Junho de 1944.
Com 13 anos partiu para Angola, aonde concluiu os seus estudos secundários.
Em 1973, saiu de Angola, para o Brasil, de onde veio definitivamente para Portugal em 1980. Foi Delegado de Informação Médica. Nos últimos anos, Empresário na área da restauração. Está aposentado. É membro dos “Confrades da poesia”, “Horizontes da Poesia”, “Luso-Poemas”, “Varanda das Estrelícias”, “Academia Virtual Sala dos poetas e escritores”- Brasil
É presença regular em vários locais de tertúlias poéticas:
É membro da ACLAL (Academia de letras e artes plásticas lusófonas)
O seu blog de poemas:

“Não deixem de ler e apoiar a literatura, sem vós, a nossa mensagem em forma de palavras poéticas, não passará,  e sem a literatura, em especial a poesia, o mundo será menos culto e menos sensível aos sentires da alma.”

Boa Leitura!

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PARA VISIONAREM A ENTREVISTA COMPLETA, CLIQUEM NUM DOS LINKS ABAIXO.


Do pensar ao realizar



Por vezes penso que conseguirei escrever algo
De tão diferente, que deixarei todos fascinados,
Pois as palavras que irei aconchegar na folha branca,
Do imaginário papel virtual do computador,
Serão tão sublimes,
Que jamais algum poeta as conseguirá imitar!

Começo a tarefa de captar as ondas das ideias
Que antes navegavam pela minha mente
E colocá-las nas areias serenas,
Acariciadas por alvas espumas,
Aonde se farão poemas!

Ah...mas o que em pensamento era óbvio,
Pela facilidade com que deslizavam
Em palavras de encantamento,
Tornava-se um árduo trabalho, transpô-las
Com toda a sua beleza, para a realidade da escrita!

Estranho paradoxo entre o pensar e o fazer,
Entre a mente e a mão que escreve,
Era tão fácil, e eu tinha absoluta certeza
De fazer o mais belo poema,
Que ninguém mais conseguiria fazer,
Todavia, não consegui mais
Do que estas simples e insignificantes palavras,
Sem qualquer valor poético!

Sinto-me frustrado!
Quero descobrir um modo
De fazer do pensamento,
Palavra escrita e definitiva,
Que não me perca pelos mares do esquecimento
E que as palavras em poesia, não naufraguem,
Antes de atingirem o porto do meu querer,
Em fazer um belo poema.

José Carlos Moutinho.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Sofrimentos



Os dias passam indiferentes à sua dor,
que atormenta, sem piedade a alma, e fere
Profundamente, o seu coração sem pudor,
São castigos infligidos a quem não os quer.

Pergunto-me da razão de tanto sofrimento,
Porquê o azul tão belo dos céus, não abraça
Quem neste mundo, nasceu para padecimento
E somente têm na vida a tristeza como traça.

Revolto-me, no silêncio das palavras mudas,
Que me dominam a voz e me calam o grito
De raiva, para o despertar de orelhas surdas,
De gentes com alma, de amor tão restrito.

Quisera eu, que esta causa não fosse perdida
E que neste mundo de desalentos e vaidades,
Força Divina consagrasse com paixão sentida,
Os que vivem com a desdita das adversidades.

Talvez um dia, mude o destino das nossas vidas,
As dores e sofrimentos acabem, como milagre,
Haja profusão de alegria e felicidade incontidas,
Com dignidade se viva antes que a vida acabe.

José Carlos Moutinho.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Mulher encantos



Mulher de traços finos e bela, com singeleza
O fascínio do seu rosto encantava de certeza,
Ai...o seu sorriso que tanto me cativava,
Nos seus olhos o brilho do mar, cintilava,
Tinha no seu porte a majestade de rainha,
Prometi-me que um dia, ela seria minha.

Conheci-a por um acaso desses do destino,
Nossos olhares se cruzaram, num dia matutino,
Creio que a centelha se acendeu nessa hora!
Nada mais foi igual em nosso modo de estar,
Quiçá, sem sabermos nascia o verbo amar,
Que nos levaria em afectos diferentes de outrora.

Fortemente nascia impetuoso e profundo, o amor,
Nossos corações vibravam com um outro ardor,
Era no abraço que nos unia, que tudo se transformava,
Beijos que se faziam lava pelo fogo das nossas bocas,
Os nossos corpos agitavam-se em ebulições loucas,
Eramos metamorfose do prazer na razão desatinada.

Mudança total em dois seres antes desconhecidos,
Entrega de corpo e alma, em sentimentos incontidos,
Será assim, talvez a loucura do amor com paixão!
Hoje vivem em permanente felicidade e harmonia,
Os seus pensamentos, são constantes em sintonia,
Mistérios sem resposta sobre as coisas do coração.

Só o tempo poderá garantir ou não, esta felicidade,
Com respeito e tolerância poderá tornar-se eternidade,
Embora as pessoas, problemas, adorem inventar
Com um pouco de boa vontade e cedência sem orgulho
O entendimento é possível, sem arrufos nem barulho,
E as alvoradas da vida, sejam eternas em doce amar.

 José Carlos Moutinho

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Minha menina, mulher



Porque será que me chora a alma deste jeito
talvez seja pela ausência da mulher amada,
e pela carência doce de um simples beijo
que a minha alma se sente tão amargurada.

Quando a vejo, vibra excitado o meu coração,
fico na expectativa do que possa acontecer,
aperta-se-me o peito, dorido, por tanta emoção,
espero ansiosamente o que ela me quer dizer.

Fascina-me olhá-la no seu elegante caminhar,
dos seus lindos olhos absorvo o brilho da paixão,
talvez seja total comprovação do que é amar,
ou talvez eu ainda viva no mundo da ilusão.

Entro em terna volúpia quando a vejo sorrir,
é como sentir em mim, o sol em doce afago,
do seu rosto recebo o colorido de belo florir,
levo-me pelo surreal onde as mágoas eu apago

José Carlos Moutinho.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Juro que tentei sorrir







Tento sorrir...
Garanto-vos que faço um esforço para o fazer, mas os meus lábios contraem-se num esgar de suplício.
Mentalizo-me fortemente, para me concentrar de que devo sorrir, porém, é tarefa inútil, difícil, quase impossível.
Confesso-vos que não entendo a razão, se até achei engraçado o que acabei de ver:
Um sujeito maltratava uma senhora, só porque ela lhe deu um encontrão ao desequilibrar-se, quando descia uma escada. Era mal-educado, numa autêntica cena de violência em filme de péssima qualidade!
Eu deveria sorrir perante tanta perfeição representativa, mas não, não conseguia.
E mais à frente uma outra situação hilariante, e nada de me fazer sorrir.
Então não é que na confusão do trânsito, um Xico esperto, ultrapassou outro, de forma perigosa, quase roçando a frente do carro ultrapassado
e em seguida, não satisfeito com a proeza heroica de exímio condutor automobilístico, chamou-o de azelha e burro, ainda vociferando mais uns adjectivos simpáticos: És um nabo, pareces uma lesma, andas a dormir!
Era cena para eu me rir ou não?
Comecei a preocupar-me se eu estaria insano, ou o que eu via não era suficientemente cómico, para me rir?
Desisti de me animar e alegrar-me com tão belas cenas e convenci-me de que eu estava mesmo perturbado, não era normal, eu não rir a bandeiras despregadas, perante os actos, tão hilariantes e demonstrativos do bom humor e educação cívica dos intervenientes!
Eu era de outro mundo, sem dúvida e fiquei-me por ali, sem rir, com cara de poucos amigos, por não achar graça ao que era engraçado.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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