segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Quando eu for saudade





Quando eu deste mundo, só for saudade
quero ser lembrado amigo de coração,
porque aqui na terra fui com verdade
pessoa que por todos teve consideração.

Se alguém houver que não gostou de mim
é porque não me conheceu tão bem assim…

Todos temos coisas menos agradáveis
ninguém é perfeito na humanidade,
sempre procurei tecer palavras afáveis
e usei a franqeza com minha sinceridade.

Se alguém houver que não gostou de mim
é porque não me conheceu tão bem assim…

Estou certo que lá no etéreo jardim de paz
encontrarei os meus amigos daqui da terra,
se houver inimigo que me diga, se for capaz
meu desejo é que acabar qualquer guerra.

José Carlos Moutinho

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Correm sempre para o mar





Correm cristalinas as águas do rio
levam sonhos que vão segredar ao mar
uns são suaves outros, total desvario
galgam escombros sempre a cantarolar

Arrastam ilusões, lavam as mágoas
são visões de deslumbrante fascínio
miragens inventadas sobre as águas
ou emoções que a alma chora por declínio

Alheio a tudo, corre o rio imparável,
o seu leito é uma cama inexorável
onde se deita e se deixa deslizar…

Abraçam-no as margens, jardim florido
onde os casais se amam, lei de cupido,
e as águas do rio correm sempre pro mar…

José Carlos Moutinho

sábado, 14 de fevereiro de 2015

As cores do mar





Oh…Mar belo, eterno e misterioso…
És a minha acalmia em dias inquietos
e o meu medo em tardes de tempestade!

Quando me sento nas falésias do meu divagar
vejo-te sereno, ondulante com o reflexo do sol em ti
és paz, és pensamento que minha alma quer cantar
porque sou poeta de afectos e emoções e a ti me prendi!      

Nas areias douradas que todos os dias banhas,
enterro meus pés na ânsia de encontrar algo
que desconheço mas imagino nas ilusões
que me fazem caminhar feliz pela carícia
que delicadamente a tua espuma me oferece,
gosto de ti assim, mar,
meu mar imenso…
Calmo, como calmo é o luar que te beija
nas noites estreladas pela poesia celestial!

És fascinante na miríade de cores, com que te pintas:
Azul da tua alegre serenidade,
verde da esperança no navegar,
cinzento de tristeza, pelos que em ti, sucumbem
e negro quando a noite te abraça!

Entendo-te na ira com que sopras tuas águas
com brutal violência que tanto apavoras
ao arrastares o que te se opõe, causando mágoas …
Entendo-te, mar calmo ou bravio, que tudo ignoras!

Mas peço-te, oh…mar,
pelo menos quando eu estiver junto de ti,
que me sussurres ondas melódicas
e me acaricies o rosto com a brisa da tua maresia,
porque tu, para mim, oh…fascinante mar,
és a paixão do meu sentir com alegria
e o encanto nas ilusões que me fazem sonhar.

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Fonte da imaginação





Da fonte da minha imaginação

nascem fios de  pétalas de poesia,

que correm nas veias como uma canção

e perfumam meus dias de nostalgia.



São instantes delicados do inventar

que me levam a sonhar quimeras

e a fazer das palavras verbo amar,

se as saudades me tecem esperas.



Deslizam por mim caudais de versos

que eu enredo  juntos, ou então dispersos

e componho um lindo poema de amor…



P’las margens das águas da fantasia

meus sonetos e eu, em total sinergia,

florimos metáforas com fulgor.



José Carlos Moutinho

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Olhar e pensamento







Os meus pensamentos vão para além
da lonjura da minha visão,
O alcance do meu olhar
termina aonde começa a ilusão do pensamento!
Juntos, olhar e pensamento
constroem castelos de utopias
com imagens inventadas
de jardins repletos de flores raras
cujas pétalas são núvens coloridas,
que fazem do céu o mais belo caleidoscópio!

Imaginam azuis e serenos mares
com miragens de áridos desertos,
transformam a maresia em ar da vida,
com as inóspitas e áridas areias
metamorfosearam-se pérolas!

Continuando entrelaçados pelo devaneio
o olhar e o pensamento meus,
viajavam por galáxias desconhecidas,
Das estrelas fizeram lustres
Irradiando luz da paz sobre a terra escurecida!

Quimeras…
Somente quimeras e ilusões
que a mente consegue prodigiosamente criar,
quando no silêncio da nossa alma
conseguimos despojar-nos da realidade
que corre da fonte da nossa essência.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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