segunda-feira, 20 de abril de 2015

Sonho ou realidade





Desperto do meu silêncio,
tocado por folhas moribundas
que caem sobre o meu rosto,
sulcado por alegrias esmorecidas!

Não dormia...
fechara-me em mim
alheando-me dos ventos
que lá fora, sopravam
e das vozes tresmalhadas
que em desvario ecoavam pelos ares!

Olho em meu redor,
O sol queima-me o corpo,
suspiro com o pensamento perdido
por desertos áridos
de oásis apagados..

E vejo mares, céus, aves, nuvens
árvores, brumas...
Vejo gente que corre sem rumo,
gente despida de roupa e moral,
mulheres lindas vestidas de vaidade,
homens engravatados de preconceitos!

Sinto o meu respirar ofegante,
sufocado por mentiras e arrogâncias
que se soltam do nevoeiro,
que envolve este mundo aonde vivo!

Desperto desta letargia
que me adormeceu
por instantes de desassossego…

E apetece-me voltar a desacordar-me
porque tudo que senti,
não foi delírio da minha imaginação.

José Carlos Moutinho

domingo, 19 de abril de 2015

Respiro ilusões





Abraçado à quietude de mim
olho os campos verdes
perdidos na distância do meu sentir
e deixo os meus olhos vaguearem
deliciados, pelas cores silvestres!

Calam fundo no meu peito
o trinar dos pássaros!

O silêncio em que me envolvo
faz-me escutar os sons das flores
nos sorrisos de suas cores!

Deixo-me levar na corrente
do rio, que a meus pés murmura
melodias de fascínio e sonho!

Fecho os olhos,
correm pensamentos quiméricos
pela minha mente enlevada,
Sinto uma cálida aragem
que afaga o meu corpo indolente
e respiro ilusões!

Invento miragens no deserto do meu desejo,
navego num mar inexistente
sobre ondas azuis e silenciosas
e sossego-me
nas areias molhadas
pela espuma dos meus suspiros
que se escoam entre os dedos
do meu sonho.

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Triângulo de Memórias

Amigos, no dia 6 de Junho, pelas 21 horas será o lançamento do meu romance Triângulo de Memórias, no pequeno Auditório do Fórum da Maia, junto à Biblioteca Dr. José Vieira de Carvalho, na Maia.
No dia 20 de Junho, pelas 21 horas, será a apresentação feita na Casa do Alentejo, em Lisboa.

A vossa presença é fundamental.

domingo, 12 de abril de 2015

Sinto saudades





Sinto saudades das amoras silvestres
escondidas nas curvas do meu caminho
e das brisas que me acariciavam
nas tardes indolentes do tempo,
Ausentaram-se da minha vontade
os chilreios das aves que me sobrevoavam
nos dias cálidos da felicidade,
Sinto frio pela carência dos abraços
levados pelos ventos de outrora!

Sinto saudades das saudades que já tive
que se perderam nas marés da minha viagem,
Escusa-se-me o ar dos sorrisos que já respirei
e os suspiros que do meu peito se soltaram
e os murmúrios de amor
que meus ouvidos escutaram!

Sinto saudades das ondas
que vinham desfazer-se em espuma a meus pés
e das areias das praias das minhas ilusões
que me faziam sonhar paixões,
Sinto saudades das palavras que não disse
e dos instantes que não vivi!

Sinto saudades,
Tantas…tantas saudades
que por não caberem no meu peito
se aninharam na minha alma.

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Quando me dizias






Quando tu me dizias
que por mim nada sentias
o teu olhar te desmentia,
pois há muito eu sabia
que sem mim não vivias.

Esquece a tua  vaidade
deixa o coração falar
o que sente de verdade
mostrando que sabe amar
rumo à felicidade.

Deves em mim acreditar
serás muito mais feliz
navegando neste mar
onde levar-te um dia, eu quis
cantar-te meu amor, ao luar.

Juntos somos a força
do querer do nosso amor,
ainda que a vida nos torça
faremos do joio uma flor.

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Chamei-te





Chamei por ti, ignoraste e não respondeste,
caminhavas apressada, talvez presunçosa
não sabes porém, o que perdeste,
tinha para te oferecer uma coisa valiosa…

Vi que não resististe a olhar para mim,
mas a tua vaidade impediu-te de parar,
desde que te conheço, sempre foste assim,
e teu coração sofre por não saberes amar…

Talvez um dia, quem sabe, possas mudar,
terás de fazer alguns sacrifícios é verdade,
mas verás que vale a pena pelo menos tentar
sairás de certeza dessa tua eterna ansiedade…

Escuta o que te digo, por que te quero bem,
permite o meu abraço afectuoso e amigo,
passa para meu peito, o calor que o teu tem,
abraça-me e sente meus lábios no teu ouvido
murmurando palavras que te façam encantar,
acredita minha querida que assim fará sentido
viver com paixão e amor para receber e  dar…

Nascemos para ser felizes dizem as Escrituras,
eu que não sou do contra, concordo em absoluto,
por isso te digo para que deixes tuas amarguras
e sejas minha, pois não terás melhor substituto.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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