O Ribatejo é uma canção
com a poesia dos trigais,
da terra, o suor faz-se pão
desde tempos ancestrais.
Tens tradições mui nobres
e glórias de egrégia gente,
tens riqueza nos alfobres
e ouro da seara na semente.
Na lezíria cavalga o campino
com paixão pelos touros,
fez daquela vida seu destino
numa dura luta, sem louros.
Na praça, o toureiro arrisca
a vida
na cara do valente e nobre
touro,
vibra o povo com a faena
assistida,
tradição amada como um
tesouro.
Nas tuas veias ó meu Ribatejo,
nascidas em terras de
Espanha,
correm serenas as águas do Tejo
em longa viagem, enorme
façanha.
Nas suas águas deslizam
fragatas
tripuladas por experientes
arrais,
há também o fascínio das
regatas
nas margens a graça dos
canaviais.
Esta é a minha canção do
Ribatejo
feita de muitos acordes e
melodias
é com muita paixão que eu te
vejo
hoje, amanhã e em todos os
dias.
José Carlos Moutinho