sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Saudades da saudade

Tenho saudades da saudade
nostalgia no meu pensamento,
procuro descobrir a verdade
para este meu longo tormento,

Não consigo porém, descobrir
a razão deste meu sentimento,
disseram para eu tentar fingir
que não é dor, este sofrimento

José Carlos Moutinho
31/1/2020

Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85 
dos direitos de autor

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Falaram de uma cidade

Falaram de uma certa cidade
que por desgraça foi deixada,
de quem lá saiu trouxe saudade
para que sempre fosse recordada

Nela havia acácias e mamoeiros
muitas quitandeiras e pescadores,
largos, ruas, ruelas e picadeiros
cidade de alegrias e tantos amores

Baptizada de S.Paolo da Assunção,
a que acrescentaram nome Loanda,
quem lá viveu recorda com emoção
os bons tempos de antes da dipanda

José Carlos Moutinho
30/1/2020

Sonhos e anseios

Falaram-me de sonhos
e de anseios improváveis,
falaram-me de fracassos
e de frustrações
mas...
também, me falaram
de realizações que se diziam impossíveis,
metas atingidas que, provocantemente,
se escondiam na lonjura!

Então que os sonhos e os anseios
conspirem para que a realidade
caia nos braços da verdade...

José Carlos Moutinho
30/1/2020

Ser escritor

Querer ser poeta/escritor
é como nadar em alto mar,
embora se lute com ardor
acaba sempre por naufragar

Será um problema mundial
sonhar utopias feitas de livros,
mas sei que aqui em Portugal,
há que passar por muitos crivos

Desanimado pensa em desistir,
mas isso jamais deve acontecer,
resiliente, deve continuar a insistir
com coragem e vontade de vencer

José Carlos Moutinho





30/1/2020

Que mais irá acontecer?

Este meu tempo
que se vai perdendo nos anos,
permitiu-me observar ventos arrogantes
e brisas acalentadoras,
voos demasiadamente altivos
esbarrados nas nuvens da simplicidade,
sabedorias bacocas
ousando amordaçar a humildade,
marés de apregoado conhecimento
desfeitos nas areias da verdade...

que mais irá oferecer-me este meu tempo?

Sei que, juntos, vamo-nos cansando,
de ver o mundo a desabar,
a humanidade a perder os seus maiores valores,
como a dignidade e a vergonha!

Oh, tempo meu que me foste tão amigo
não permitas que a humanidade tenha este castigo

José Carlos Moutinho
30/1/2020

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Este Rio

As cidades cantam o rio
que as atravessa,
rio que afogava nas suas entranhas
as dores de alguns
e transformava o suor em pão de tantos

Sobre o seu corpo
deslizavam dolorosamente os rabelos
carregando o néctar da vida,
num serpentear cansado
por entre vales e montanhas,
vindo de tão longe…
O seu caudal beija os pés das arribas
que sustentam em delicado equilíbrio
a vinha rendilhada!

Este rio de tantas canções
é hoje um senhor,
veste vaidosamente roupa lúdica,
deixa-se navegar por barcos de luxo,
sorri orgulhoso aos turistas
e amigavelmente
permite que os velhos rabelos
desfilem garbosos,
esquecendo mágoas
e tormentas de outros tempos

José Carlos Moutinho
7/10/16

Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor

RUI MONIZ ESTADO DE ALMA

DESASSOSSEGO

OUTONO. Poema de José Carlos Moutinho.wmv

Até podem rir...

Sinto frio,
não na alma
mas nos joelhos,
por vezes vem um arrepio
que me tira por completo a calma,
deixando-me de olhos tão vermelhos
que só me apetece partir
para algum lugar mais quente
onde eu me possa sentir
mais alegre e contente
antes que eu morra de frio

José Carlos Moutinho
28/1/2020

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Interrogações

Por vezes pergunto-me:


..."Porque escreves tu ó louco,
se as tuas palavras são folhas ressequidas
e matizadas de anseios sem futuro?

E…não sei dar uma resposta 
que me convença,
a, pelo menos, entender a razão desta obsessão
de tanto gostar das palavras,
e por tentar fazer-me seu amigo,
abraçando-as com o carinho do meu sentir,
colocando-a docemente na alvura do papel!

Só sei, francamente, que perco a noção da razão,
e nem sequer sei, se haverá alguma razão 
que explique esta minha razão!

Mas…nesta leviana loucura, 
sem respostas plausíveis,
esqueço o mundo, esqueço-me de mim, 
e deixo-me levar neste impulso
desatinado pelos braços da escrita,
que, paradoxalmente, 
me traz serenidade, encanto e felicidade

José Carlos Moutinho
26/1/2020

Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85 
dos direitos de autor

domingo, 26 de janeiro de 2020

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Booktrailler de "A FORÇA DE AMAR"

Não corras tanto

Tentas correr como o vento
porque és nervosa e inquieta,
mas se tiveres algum tempo
mostro-te uma maneira certa

Digo-te que a vida é muito boa
basta saber vivê-la com calma
mesmo que, louca andes à toa,
poderás sentir alegria na alma

Mas se não ouvires o que te digo
nada mais tenho a dizer, mulher
acrescento que ficarás de castigo
sem te falar até quando eu quiser

José Carlos Moutinho
24/1/2020

Calo-me

Calo a minha voz inquieta
para que não ouçam
o meu grito de raiva
perante o que vou assistindo
nesta sociedade em que vivo!

Calo-me porque a minha voz 
não tem força suficiente
para amordaçar esta sociedade
que chafurda na lama da indignidade
e se vangloria pela ausência 
absoluta de vergonha!

Calo-me...
porque a minha humildade
e honra, 
não têm eco nesta elite corrupta 
que desfila impune e arrogante
pela passarelle da vida

José Carlos Moutinho
24/1/2020

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Foram...

Foram prosas, foram versos
que o tempo cantou,
foram amores tão diversos
que a memória lembrou,

Foram paixões assolapadas
que o tempo abraçou,
foram loucas madrugadas
que o vento levou 

José Carlos Moutinho
23/1/2020

Tempo controlador (Áudio)


Tempo controlador

Perdi a noção do tempo… 
por mim já esvoaçaram 
muitas folhas pintadas de instantes, 
desencontraram-se minutos do meu tempo 
acomodados nas horas sonolentas, 
passaram-me brisas e ventos, 
luares e madrugadas, 
paixões e amores, 
encontros e desencontros, 
vertigens e anseios, 
acalmias e abraços! 

Por isso, perdi a noção do tempo, 
deste tempo que me contabiliza 
as tardes cansadas pelas dores 
e grita as mágoas sofridas!

Perdi a noção do tempo 
e nem sequer me interessa 
a razão porque a perdi, 
só sei que o tempo é controlador obsessivo, 
impávido, frio e displicente 

José Carlos Moutinho 
21/1/2020 

Proibido o plágio 
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85 
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quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Se...

Se és carta perdida
nos caminhos do vento,
porque razão te escrevo eu,
além de perder o meu tempo?
Talvez, um dia, quando mudares
e tiveres nas minhas palavras, interesse,
volte a escrever-te se, apesar dos pesares
eu continuar a considerar-te sem sentir stress

José Carlos Moutinho
22/1/2020

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Ai, quem me dera (Áudio)


Murmúrio

Sinto no peito um suave murmúrio, 
será do vento ou talvez da brisa,

olho em meu redor, 
somente vejo o que a minha imaginação inventa, 
nada mais que isso, 

e, como se eu flutuasse 
vejo-me sentado no patamar das ilusões, 
pensando em tudo e em nada,
como se minha mente 
viajasse por lugar remoto, 
talvez perdida, 
mas, ansiosa por esquecer este mundo material, 
e tentasse encontrar um outro espaço 
incolor e volátil, 
que, certamente, no firmamento 
a esperaria

José Carlos Moutinho 
17/1/2020 

Proibido o plágio 
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85 
dos direitos de autor

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Escrevo sim...

Gosto de escrever
simplesmente, sem preconceitos,
se ao lerem, gostam ou não
o problema a existir não me pertence,
claro que minha escrita tem defeitos
que irão, talvez, além da minha emoção,
obviamente que há quem pense
que eu não terei nenhuma razão...

ainda que eu escreva por teimosia
que nem será pertença da poesia,
mas como acima mencionei
escrevo com paixão, porém, eu sei
que por muito bem que eu escreva
há sempre alguém que não releva,

Assim, escrevo como quem caminha,
libertando da alma, meus sentimentos,
e esta emoção imensa que é só minha
diz-me que devo escrever sem lamentos

Apesar de eu não escrever para mim
mas sim, para quem gostar de me ler,
são esses que me fazem sentir assim,
premente anseio e paixão por escrever

José Carlos Moutinho
20/1/2020

Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85 
dos direitos de autor

domingo, 19 de janeiro de 2020

Versos ao acaso

Calem-se as vozes da intriga
escutem-se os sons da verdade
a realidade deve ser bem sentida
se pensarmos no valor da amizade

José Carlos Moutinho
19/1/2020

Até ao Brasil


E mais um "A FORÇA DE AMAR" viaja até terras de Vera Cruz, ou seja, o belo Brasil


Poema à vida

Escrevo este poema à vida 
e canto melodias em verso 
numa forma intensa e sentida 
como nunca existiu no Universo

Porque a vida me tem dado tudo 
mais do que devo ter precisado, 
por isso me sinto grande sortudo 
por amar a vida e ser tão amado

Que posso, pois, desejar mais 
se o meu tempo está garantido, 
resta-me a viagem até ao cais 
onde permanecerei agradecido

José Carlos Moutinho 
19/1/2020 

Proibido o plágio 
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85 
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sábado, 18 de janeiro de 2020

Pensamento ou diálogo louco

Olho o céu, escuto as nuvens
que, silenciosas, nada me dizem,
estarei eu surdo 
ou as nuvens realmente não falam,
então, contrariado, olho profundamente o mar,
que através de uma onda me murmura,
senta-te aqui ao pé de mim,
vamos conversar, sentindo o meu perfume
que tanto aprecias,
a minha intensa maresia
e eu sentei-me e conversei...


José Carlos Moutinho
18/1/2020

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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