segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Verdade...

 

VERDADE…

palavra fascinante e tão bela
com encantadora sonoridade,
terá o significado que se pensa
ou é a mistificação da realidade?

Será que existe para rimar
com amizade ou sinceridade
ou para confundir a mentira?

Eis a verdade com que escrevo
estas palavras
vestidas de curiosidade
 
José Carlos Moutinho
15/2/2021

 

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Aquela rua

 

Naquela rua vestida de sonhos
por onde eu tantas vezes caminhei
era agora a sombra do passado,
senti-a deprimida, ausente de tudo,
pensei que talvez sentisse a minha falta…

sentei-me na velha pedra da esquina
e fiquei a observar a rua que fora minha,
mas esta, já não tinha o mesmo sorriso
nem a mesma cor, estava pálida!
 
Até a mulemba tinha os braços caídos
e as suas folhas pareciam amarelecidas,
talvez pelo tempo que por elas passara…
 
pensativo, rebobinei o filme da minha vida
recuei no tempo e no espaço…
Foi então que, tomei noção da situação,
deixei de me sentir envolvido pela nostalgia
e conscientemente admiti que…
nem eu era o jovem que passara naquela rua
nem a rua era a mesma que me acolhera!
 
Tudo mudara!
A rua, a cidade o país…
o meu mundo transformara-se
simplesmente em saudade.
 

José Carlos Moutinho

7/2/2021

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Viajante da utopia

 

Sou ave viajante pela utopia
levo nas asas sonhos e anseios
comecei muito jovem pela poesia
hoje já voo por outros meios

O meu voar sempre foi sereno
mesmo quando o vento soprava
fiz da esperança o meu terreno
onde plantei o que eu inventava

Agora pouco voo, sinto-me calmo
aproveito com paixão meu tempo
aconchegando palavras a palmo
pois do pensamento sou detento
 
A utopia ainda me acompanha
sonhar será o céu do meu voar
é esta a minha maneira estranha
de, com palavras a todos abraçar
 
José Carlos Moutinho
 
 6/2/2021

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

#Online e não só

 


Não sei o que aconteceu
aos belos dias de ilusão
parece que tudo pereceu
resta esta triste escuridão

já não há mãos para apertar
nem braços para abraçar
nem tertúlias para declamar
muito menos para ouvir cantar
 
espero novos dias de encanto
porque assim será o natural
há que terminar este quebranto
para um lançamento presencial
do AMOR e GUERRA, anseio tanto
transformado em coisa surreal
que me valha, pois, algum santo
para eu poder tornar isto real
 
livrarias com o meu romance
exposto nas suas prateleiras
vendem online, como chance
eu envio com boas maneiras
 
confinar ou desconfinar é lei
temos que civicamente acatar
e eu que me confino, já não sei
quando é que isto vai terminar
 
José Carlos Moutinho

5/2/2021

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

#Amor e Guerra (Romance)

SINOPSE 

              A Angola colonial, a par das desigualdades e dos conflitos subterrâneos, era também um paraíso. Quem chegava era apanhado por um estranho feitiço para o resto da vida. O rumor longínquo da guerrilha assombrava essa aparente harmonia. A guerrilha funciona – é da sua natureza! – pela surpresa. As gigantescas matas cerradas não permitiam a penetração das tropas chegadas de Portugal e eram perfeitas para a ocultação dos guerrilheiros.

              Nas cidades, porém, iludia-se a guerra: vivia-se freneticamente o dia-a-dia. Praias, vida nocturna, bares e restaurantes conferiam às cidades, em particular a Luanda, um cosmopolitismo sedutor. Luanda tinha feitiço. A guerra, granadas e minas, era lá longe. A música das G3 e das AK não chegava aos ouvidos da cidade.

              Amor e Guerra segue um personagem mobilizado para Angola. Encontrará fatalidades, incertezas e paixões. Eis uma história de vida num paraíso cheio de inóspitas armadilhas. Será que o amor, o incansável amor, vence sempre todas as barreiras? 

2021

 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Não chores



Não...não chores as dúvidas
porque certezas ninguém as tem
há, pois, tantas emoções divididas
se chora, se ri e se ama também

A vida é uma montanha por escalar
pé ante pé vai-se subindo devagar,
chegar ao cume demorará tempo
por vezes, com alegria ou lamento

Por mim, cuja montanha é minha
subia com precisão, mas lentamente
agora resta-me ter muita calminha,
contemplar o horizonte serenamente

José Carlos Moutinho

1/2/2021

domingo, 31 de janeiro de 2021

Pergunto me

Os meus livros

 Quero aqui confessar que...

          Gosto imenso de escrever, fruto de uma paixão adormecida despertada ao fim de décadas.

          Obviamente que é um prazer imenso quando me adquirem as minhas modestas obras. Vendê-las é a minha obrigação, para que, pelo menos, eu não tenha prejuízo, no investimento efectuado! Neste campo sou persistente e, talvez, irritante no conceito de alguns pela minha insistência em os divulgar. Porém, se não for eu a fazê-lo, quem o fará? As coisas não caem do céu, há que ser divulgadas com honestidade. O que proponho para ser adquirido é o resultado do meu trabalho intelectual, sério, criado com emoção e com intenção de agradar a quem os adquire.

          Todavia, com toda a sinceridade e sem a mínima demagogia, o meu sucesso e maior felicidade estão na apreciação comentada por quem lê os meus livros.

A minha gratidão a quem me permitiu ter chegado aos 14 títulos publicados!



sábado, 30 de janeiro de 2021

Inteiro de nada

Se de ti fores inimigo

 

De que serve a força dos teus braços
se não consegues segurar o invisível
que sequer deixa quaisquer traços
mas força-te a aceitar o inverosímil
 
só a consciência está na tua cabeça
a negligência e o fácil são o perigo
em que a irresponsabilidade tropeça
se nem para ti e os teus fores amigo
 
José Carlos Moutinho

29/1/2021

sábado, 23 de janeiro de 2021

Consciência é necessária

 

Ai esta caminhada que dói
pelos meandros da espera
neste tormento que nos rói
e que a tantos a vida altera

dúvida, anseio, dor e morte
causado por este vendaval
que nos joga roleta da sorte
só juízo acabará com o mal

José Carlos Moutinho

23/1/2021

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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