segunda-feira, 3 de janeiro de 2022
domingo, 2 de janeiro de 2022
#Desencontros
com as palavras fugidias,
que teimam, obstinadamente,
em recusar os meus sentires,
há momentos em que as compreendo,
por que eu mesmo me desentendo
na minha intenção de as alinhar
em pensamentos pintados de poesia,
ou mesmo de simples prosa!
É, então, que, nessas situações
e abraçado pelo silêncio,
eu me concentro e dialogo silenciosamente
com as palavras,
solicitando delas as sua compreensão...
só assim...
no interregno dos desentendimentos,
é que encontramos a harmonia
e a boa vontade das estrofes,
que, carinhosamente, se deixam agrupar
em versos pintados de metáforas,
ou, simplesmente agasalhados por rimas
que, em tecidos finos,
cobrem os singelos caracteres
vestindo a nudez do poema
ou a inquietude do romance!
Jamais discuto com as palavras,
elas são a essência da razão,
eu sou, somente,
o seu servo que, abusivamente,
as uso à sua revelia
porque sei que elas, também,
jamais discutem comigo!
José Carlos Moutinho
sábado, 1 de janeiro de 2022
#Outro ano que começa
*********
Outro ano que começa
Mais um ano que começa
diz o calendário gregoriano
não sei se me alegre ou esmoreça
afinal é fato do mesmo pano
Mudou mês e dia é verdade
mas isso acontece todos anos,
todavia, creio, em boa realidade
que andamos todos aos enganos
Simples pretexto para comemorar
como se algo alterasse nossa vida,
talvez seja uma maneira de soltar
a amargura há muito reprimida
José Carlos Moutinho
sexta-feira, 31 de dezembro de 2021
#Revista Kametsa - Perú
REVISTA KAMETSA – PERU
É sempre com prazer que vejo os meus
poemas publicados em revistas internacionais.
A "REVISTA KAMETSA" - Perú,
elaborou um dossier dedicado à poesia portuguesa.
https://revistakametsa.wordpress.com/.../mar-sonoro.../
José
Carlos Moutinho, nació en Sobralinho, Portugal.
Hay 14 libros editados: “Cais da Alma”, “Angola, del Tejo a Kwanza”- romance,
«De la angustia de las palabras» – Poesía, “Cantos de la eternidad” – Poesía,
“Calmas márgenes” – Poesía, “Hojas poéticas” – Poesía, “Triangle of Memories” –
romance / narrativa, “Calemas” – Poesía, “Teias do tempo”, “Recuerdos tropicales”
– Historias en inglés, “Pueblo del Paraíso – Romance, “La fuerza del amor” –
Romance, “Mar de Saudade” – Poesía, «Amor y guerra» – Romance. Participó en más
de 45 Colecciones / Antologías. Premiado en las 3 obras presentadas en el
Concurso Internacional de Lengua Portuguesa de 2017 para ACADEMIA DE LETRAS,
CIENCIAS Y ARTES DE PONTE NOVA / BRASIL – ALEPON; 2º lugar en el poema *
Lonjura do tempo *; Mención de Honor por el poema * Canto do Sabiá *; 3º
clasificado con el cuento * Cazador profesional *
***
No intentes
No intentes detener el tiempo
porque nunca lo lograrás,
terminarás sintiendo
profunda frustración!
Pero si piensas con calma
déjate llevar por él
tratando de aceptar tu voluntad,
debes conocer su fuerza implacable
para llevarse todo y a todos con él!
Sin embargo, si tiene el privilegio
de ser escuchado a través del tiempo,
tal vez generosamente
escucharte y cálmate
su vertiginoso vórtice,
para darte la emoción
que lo controlaste por un momento.
Sin embargo, si insistes en dominarlo,
cree que, tal vez, se enojará
y no te des más momentos
cuando sentiste la ilusión
que lo controlaste!
Pero el tiempo …
y obviamente
No me refiero al tiempo
soplando vientos y brisas
lluvias y tormentas
sol y luz de luna, día y noche …
pero a aquél terrible
inexorable, silencioso y veloz
que ignora vientos y brisas,
el cronológico,
que nos marcó
con un principio, un medio
y nos dará un final decisivo.
***
Si la esperanza moría
Y si de repente
la esperanza morir …
¿Qué quedará en la esencia del sentimiento?
Quizás un extraño vacío
o desesperación inquietante
por la pérdida de la ilusión pertinente
que previamente había iluminado sus deseos
¿Sucedió algo misterioso?
para la serenidad y el alivio
compromisos hechos
en una época de emociones soñadas?
Si … si la esperanza moría
tal vez todo fue muy diferente
menos desafíos, menos provocaciones
más sentido común, más armonía
tal vez incluso más solidaridad
y porque no…
mucha más generosidad humana?
Ahí está, entonces, la duda
entre sentir esperanza
y la perdida de ese sentimiento,
uno sería más libre …
menos egoísta, menos soñadora
más triste o más feliz …
tantas preguntas cuya respuesta
sin duda estará en el pensamiento
de los que intentan andar por el camino
de la luz que se puede desenredar
¡esta pregunta!
Mar
sonoro: Dossier de poesía portuguesa
quinta-feira, 30 de dezembro de 2021
# Vem, 2022, sorrindo...
junta-te a 2020, teu anterior companheiro
que venha 2022 com sorrisos, sem enredos
estamos fartos deste bicho cangalheiro
José Carlos Moutinho
quarta-feira, 29 de dezembro de 2021
#AMOR e GUERRA
escrito pela saudade com emoção
Amor e Guerra, de texto profundo
romance, o meu orgulho e paixão
José Carlos Moutinho
# Que bom seria
fossem no caudal do ano que parte
e dos rios nascidos em pedras duras
viesse harmonia que una e não aparte
Que esta pandemia de loucos se vá
morra na essência das suas mutações
queremos alegria e felicidade por cá
desejamos libertar as nossas emoções
José Carlos Moutinho
#Bom Ano de 2022 para todos
enquanto voamos em pensamentos
como 2021 está a chegar ao fim
que 2022 traga excelentes eventos
BOM ANO, PARA TODOS!
jcm.
terça-feira, 28 de dezembro de 2021
segunda-feira, 20 de dezembro de 2021
# Sextilha
na suavidade da brisa do meu sentir,
a essência da minha alma é ciente
da felicidade que me faz sorrir
com poesia de emoção veemente
como afirmativa do meu existir
José Carlos Moutinho
#Bom dia...Boas Festas
quero, pois, um forte abraço
não daqueles sem emoção
mas dos verdadeiros enlaços
Claro que este abraço é virtual
a distância a isso nos obriga
tem, porém, força de um real,
se afectividade sincera nos liga
José Carlos Moutinho
domingo, 19 de dezembro de 2021
#Natal... Natalidade ou desigualdade?
Natal, significa a natalidade
de um homem, ser superior,
alguém lembrará a realidade
dessa época criada pelo amor?
Humildade, paz e solidariedade
foram algumas das sugestões
de Jesus, a toda a comunidade,
hoje,porém, são outras emoções
As virtudes foram-se perdendo
em desmedida e crua ambição,
os afectos é o que se vai vendo
neste louco mundo de perdição
Fosse agora este nosso tempo
vivido com simplicidade e amor,
talvez houvesse mais sentimento
para darmos à vida mais louvor
José Carlos Moutinho
quinta-feira, 16 de dezembro de 2021
# Se Natal fosse pão
e amor…
talvez houvesse um outro sentir
nesta data religiosa,
mas...o pão escasseia em tantos lares
e a abundância é desperdiçada
em futilidades…
Todavia, se o Natal fosse pão
e amor…
e se se pensasse no significado da data,
a distribuição de bens fosse solidária,
acabasse com a fome que contrai estômagos
e com o frio que morde o corpo dos infelizes,
que as luzes do fausto
iluminasse a todos por igual,
se os abraços fossem de fraternidade
então poder-se-ia gritar alegremente
É Natal, irmãos, comemoremos!
Mas...a realidade é outra, bem diferente
desinteressadamente desumanizada,
mais fria pela indiferença
e, quiçá, pela vaidade,
valorizam-se as coisas materiais
em detrimento dos sentimentos!
Mas é Natal
com ou sem pandemia
com ou sem confinamento
com ou sem amor
será sempre Natal
eternamente Natal!!!
Aleluia, irmãos!
José Carlos Moutinho
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021
sábado, 11 de dezembro de 2021
#Eternamente finita
Um dia...talvez,
consiga fazer dos versos
sentimentos que a todos toque
com aquela sensibilidade de pureza
que poderia existir na humanidade
se esta fosse diferente...
um dia...talvez,
frustrado pelo meu fracasso
de não ter conseguido meus intentos,
esqueça as palavras que me abandonaram
no momento em que eu mais precisava delas
para conseguir entrar na alma de quem as leu,
então...em absoluto desânimo,
eu mesmo me abandonarei a mim próprio,
farei das palavras âncoras
e mergulhá-las-ei no mais profundo
do meu mar de desilusões!
Um dia...talvez,
nada mais será igual,
porque os sentimentos
e os afectos tornaram-se efémeros,
embora a humanidade
seja, eternamente, finita!
José Carlos Moutinho
11/12/2021
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
sexta-feira, 10 de dezembro de 2021
quinta-feira, 9 de dezembro de 2021
#Vida
porque as dores os escondem
se a vida se torna trapalhada
evitem-se males que rondem
É montanha de grande altitude
cujo sopé tem a base da razão
viver sempre em prol da atitude
eleva a vida ao cume de emoção
Sorrir é um jeito de amar a vida
porque melancolia é escuridão
nos afectos está alegria sentida
que se liberta feliz, do coração
José Carlos Moutinho
quarta-feira, 8 de dezembro de 2021
#Saudades, Mãe
#Emotiva inquietude
leva-me, obsessivo, a escrever
incógnita de sensação sentida
tatuada no papel do meu saber
Ah, soubesse eu desvendar tal
poder gritar alto e em bom som
se este sentir é bem ou um mal
ou simplesmente um certo dom
Sem resposta tento aquietar-me
sempre com a palavra pintada
no papel, para jamais olvidar-me
de que poesia é paixão ancorada
José Carlos Moutinho
5/12/2021
terça-feira, 7 de dezembro de 2021
#Ai, esses bonecos (Stickers)...
colocam bonecos sem graça,
qual será a razão da história
para que escrita não se faça?
Táo belo é um simples GOSTO
ao comentar poema ou prosa,
acabariam com esse desgosto
escrevendo a palavra graciosa
Quem, porventura, não gostar
o mais lógico é nada escrever
assim, fica o autor sem saber
a quem o texto não agradar
Então, pensem, gente amiga
e escrevam sempre sem parar
vida com alegria é uma cantiga
que nos ensina a todos a amar
José Carlos Moutinho
7/12/2021
#Curiosidades
Só porque mudam os tempos
terão que mudar as atitudes,
ou estas teriam iguais intentos
mesmo em tempos de quietudes?
José Carlos Moutinho
segunda-feira, 6 de dezembro de 2021
#Vogando...
Gosto caminhar sobre folhas matizadas
imaginando-me sobre o dorso do mar
nadando, vigoroso, em largas braçadas
sentindo abraço de quem me sabe amar
Quimeras quem as não têm, uma vez?
viver sem ter sonhos é não saber viver
porque sobre utopia, direi que é talvez
o melhor para os problemas esquecer
José Carlos Moutinho
domingo, 5 de dezembro de 2021
#Pergunto-me
Tantas vezes eu me pergunto
da razão desta minha saudade,
à qual, meu sentimento junto
quando lembro aquela cidade
Cidade bela de mil encantos
de nome Luanda, que carinho
onde vivi com amores tantos
e foi chão do meu caminho
Recordar é viver, velho ditado
assim recordo eu porque vivo
este saudosismo plasmado
em mim, pelo torrão querido
Luanda que me viu crescer
Angola que me acompanhou
país que não me viu nascer
mas esta paixão me deixou
José Carlos Moutinho
sábado, 4 de dezembro de 2021
#Cantar ao vento
Canto ao vento poemas
pintados de fantasias,
pouco importam os temas
valem sim as alegrias
de cantar sem problemas.
Outro dia me disseram,
escuta aqui ó poeta,
os teus poemas eram
suspiros de alma inquieta,
diz lá o que te fizeram…
Respondi que minha alma
é livre como uma ave,
que ao cantar se acalma
na melodia suave
da canção estrela dalva
José Carlos Moutinho
sexta-feira, 3 de dezembro de 2021
#Perfume de acácia
Chegou-me o perfume de acácia
vindo nas asas da saudade
não precisei usar de perspicácia
para sentir do tempo sua celeridade
jcm
#Escrever, que sentir?
Escrever...
será um acto de fé
que da alma se solta
e se cola no papel alvo,
poderá, quçá, ser também,
patologia sem vacina nem cura
ou ainda uma sã loucura em desvario!
Escrever...
não sei, francamente, adjectivar
esse modo de transformar palavras
em sentimentos de exacerbadas emoções
de desespero, quietude, paixão ou amor,
ou tantas outras formas de transmitir
o que da alma do escritor,
se liberta rebeldemente
em jeito de conto, romance
ou no encantamento da poesia...
Só sei que, para mim,
escrever
é deixar-me envolver por imenso prazer,
sem explicação,
onde o silêncio em simbiose
com o bater das teclas do computador
me proporcionam felicidade
perante o texto
que se desnuda aos meus olhos
José Carlos Moutinho
Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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