sexta-feira, 3 de março de 2023

#om dia...

Poder admirar o sol em cada dia
privilégio a que damos pouco valor
Viver e ser feliz é como bela poesia
a vida com sol tem mais alegria e calor

José Carlos Moutinho
3/3/2023

quarta-feira, 1 de março de 2023

#Há dias e dias

 

Há dias cansados pelas amarguras
outros pelas ausências caladas,
alguns esmorecidos por rupturas
mais raros, alguns cheios de nadas!
 
Há também muitos de alegrias cantadas
por sereias do mar do meu pensamento
que passeiam pelas areias molhadas
em orgias de total deslumbramento!
 
O tempo veste-se do que quisermos
porque a vida é um teatro de marionetes
que colocamos aonde pudermos…
 
Com otimismo se enganam tristezas,
soltemos gargalhadas e foguetes
acabemos de vez com as fraquezas.
 
José Carlos Moutinho 
2/3/17

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

# Aquele meu Rio Tejo

Pelo cantar das águas correntes
daquele belo rio da minha infância
navegavam meus anseios fulgentes
no sorriso sonhador da esperança

Mas o rio, transparente e cristalino
olhava-me com um olhar benevolente
eu, jovem fascinado, ainda menino
mergulhava nas suas águas, temente

Certo dia, longe nadei eu, temerário
buscar a bola que uma criança soltara
nadei contra a corrente, autoritário
as forças fraquejaram, quase lá ficara

Devo a vida a um jovem adolescente
que me ajudou a nadar até a margem
e, também, àquele meu rio, excelente
que perdoou minha arrojada coragem

José Carlos Moutinho
28/2/2023

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

# Que sei eu?!

Que sei eu das palavras abrutalhadas
daquelas que dizem o que não sentem?
Sei somente das palavras à verdade abraçadas
daquelas que agarram sentires e não mentem!

Que sei eu de sentimentos descontrolados
daqueles tais que nos deixam perplexos?
Sei somente dos que nos emocionam exaltados
nestes tempos de falsidades e complexos!

José Carlos Moutinho
27/2/2023

#Correm velozes

 

...
Por entre o agitar dos tempos
correm velozes os pensamentos,
umas vezes felizes outros em lamentos,
a vida é, também, feita de contratempos,
conseguir ultrapassar as contrariedades
é obrigação dos passageiros deste Universo,
ainda que sejam imensas as dificuldades
a dignidade vence qualquer caminho adverso

José Carlos Moutinho 
17/11/17

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

# Este mundo

São brisas, são flores, são cardos, são nadas
são sentires que a vida inventa, silenciosos
são ventos, são choros, são águas estagnadas
caminhos feitos de atalhos, incertos, perigosos

Sorrisos desassossegados pelos sussurros
olhares frios e gritos que rasgam quietudes
abraços inventados com a força de murros
neste mundo perdido ausente de virtudes

José Carlos Moutinho
24/2/2023

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

#Lucubração

 

Já caminhei sobre pedras frias
em dias ensolarados de sorrisos
até disse o que tu não querias
entre murmúrios, beijos e risos

Tantas vezes os dias escureciam
quando se perdiam as vontades
nas paixões onde jamais cabiam
os amores, inventadas verdades
 
Era, porém, nas belas alvoradas
no despertar de todas emoções
que realidades entusiasmadas
acordavam amor nos corações
 
José Carlos Moutinho
23/2/2023

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

#Monólogo

Escrevo como se poeta fosse
porque o sonho me comanda
nesta inquietude tão precoce
nascida certo dia lá na banda

Era ainda tão jovem inocente
que fazia com sonhos, versos
num tempo tão complacente
de sentimentos algo dispersos

José Carlos Moutinho
17/2/2023

#Poesia

 Quase nove anos depois...


Poesia...
O que é a poesia?
Serão palavras bonitas em versos de fascínio,
Talvez metáforas de encantamento,
Já sei...
são estrofes livres, sem rima,
Não...
creio que devem ser sonetos,
Com métrica rígida
E fonética bem acentuada!

…Estou na dúvida, se não serão quadras
com rimas cruzadas ou emparelhadas,
Bom...
Talvez seja tudo isso
Ou nada, mesmo nada!
O que eu sei…
É o aqui deixo escrito,
Que obviamente será controverso,
Pelos que se arrogam iluminados
Pela sabedoria literária!

Assim sendo, creio que a poesia
Não é nada mais…
Que o divagar pelos caminhos das ilusões
Que consegue entrar no mais profundo
Da essência de cada um
Deixar uma mensagem,
Que lhes faça brotar da sua alma
Algo que lhes desperte os sentidos
E encontrar o prazer e o gostar
Daquilo que leu!

Assim, a poesia não tem que ser hermética,
Creio mesmo que deva ser fluida e aromatizada
Para que todos, mas mesmo todos,
Sintam-se viajar pelo lirismo,
Navegar pelos mares revoltos das utopias,
Ou ainda pelos caminhos tortuosos da dor!

Mas se gostarem...
E se sentirem acariciados pelo que leem
Inundando-lhes a alma de prazer…
ISSO É POESIA!!!

José Carlos Moutinho
11/5/14

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

#Alento

Sob as folhas matizadas do tempo,
descanso fadigas, guardo memórias
e pelas asas da brisa suspiro alento
recordando minhas velhas histórias

José Carlos Moutinho
15/2/2023

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

#Vivam...


 

# Tardes mornas

quando a brisa soprava silêncios
que adormeciam os pensamentos
respirava-se serenidade,
com o quente anoitecer
despertavam os sentidos
que se perdiam em doces devaneios

José Carlos Moutinho
13/2/2023

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

#Bom dia

 Ouço ao longe o sibilar do vento
como se por mim, ele chamasse
também poderia ser um lamento
de alguém que por aqui passasse

José Carlos Moutinho
9/2/2023

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

#Pensamento

 ...
Sabes bem que o tempo é fugaz
mas nessa fugacidade há um mundo
só teu, onde podes mostrar ser capaz
de viver todo o teu sentir mais profundo

José Carlos Moutinho
7/2/2023

#Minha terra era pequena (Sobralinho)

 

A minha terra era ainda tão pequena
Quando certo dia de Junho eu nasci
Era uma manhã ensolarada e amena,
Nessa alvorada a luz do mundo eu vi
 
Na escassez nasci num belo palácio
Talvez por desígnio do destino,
Naquele dia foi traçado o prefácio
Da história da vida desse menino…
 
Com o passar do tempo a aldeia cresceu
Tal como eu que um certo dia a abandonei
cumprindo a ordem que o destino me deu
 
Quando voltei era vila, a minha aldeia
D’África o sol que lá longe deixei
Na saudade, minha alma é agora cheia
 
José Carlos Moutinho 
8/3/18

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

#Quatro Estrofes

 
Deixem-me sonhar quimeras
ainda que a idade seja tardia
já sofri demasiadas esperas
minha vontade agora ousadia

Bem sei que sonhar é ilusão
também viver, luta constante
que se conquista com paixão
quem quer seguir em diante

Serei sonhador até ao tal dia
que, frágil, já não dominarei
assim, visto palavras poesia
que com alma cheia cantarei

De modo singelo aconteceu
estas 4 estrofes de fantasia
que meu pensamento teceu
com prazer e muita alegria
 
José Carlos Moutinho
6/2/2023

sábado, 4 de fevereiro de 2023

#quadra

 ...
Quando nas horas vazias de pensamentos
o Sol lasso se esconde nos braços do ocaso
cresce a nostalgia em silêncio de lamentos
recordando que na vida há sempre prazo

José Carlos Moutinho
4/2/2023

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

#Dia feliz, gente amiga

A vida é uma passagem
que, célere, por nós passa
é uma fascinante miragem
quando o tempo nos abraça

José Carlos Moutinho
2/2/2023

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

#Palavras soltas

 Um poema "velhinho" talvez actual

Solto palavras sem nexo,
Que voam no dorso do vento para destino incerto
Talvez em busca da brancura do papel
Para nele se tornarem frases de amor;
Só sei que elas, agora nada me dizem,
São retalhos do tempo passado
Que se querem afirmar no tempo de agora,
Talvez na ilusão de que mudarão algo
Neste mundo, sem palavras de amor,
Mas de acções de guerra, sem palavras;

Diálogos que se perderam nas vontades
E se tornaram frios nas inimizades;

Palavras, sem rosto, nem expressão,
Na frieza do papel em que estão inseridas,
Que só serão sinceras e carinhosas,
No abraço amigo, apertado e fraterno;

Palavras ditas olhadas nos olhos,
São palavras afectivas, sem serem escritas!

Espero pois, que as minhas palavras
Que voaram com o vento,
Tenham chegado a um bom porto
E encontrado o papel e a cor da paz e alegria;

Se assim acontecer, as minhas palavras
Antes sem nexo,
Serão palavras de profundo amor.

José Carlos Moutinho
12/6/11

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

#DELIRIOS DA PAIXÃO (Vídeo)

# Delírios da paixão

Sorriem,
olhos nos olhos,
tocam-se,
anseiam-se,
entrelaçam-se,
corações galopantes
em corropio de emoções,
mãos ansiosas que acariciam
a textura escaldante das coxas,
lábios que se roçam incandescentes!
Acoplam-se os corpos exaltados
em movimentos de vaivém
ao ritmo suave do sentir,
o sangue efervesce nas veias
em exacerbada arritmia,
soltam-se sussurros guturais em doce resfolegar!

Elevam-se pela encosta da montanha,
em delirante excitação,
agora em ritmo desatinado,
bocas coladas num sôfrego beijo
de sufocante delírio,
agitam-se num estremecer incontido,
ultrapassam as escarpas do êxtase,
atingem o cume da montanha,
em relaxante e suado clímax,
Serenam!

José Carlos Moutinho
2012
In "Erotismus

sábado, 21 de janeiro de 2023

#Orgulho

 Fará agora, em Fevereiro, 12 anos que iniciei esta minha caminhada feita de livros, começando com Cais da Alma, poesia, terminando,((provisoriamente) em Amor e Guerra, romance.
Em breve, Sonho ou Ilusão, de poesia fará parte deste meu orgulho de 15 títulos.



quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

#Devaneio e quimera

 Nas areias da praia
invento tardes solarengas
em dias de nostalgia,

e com os pensamentos em ebulição
construo castelos de nada,
crio rios de águas paradas e invisíveis,
pinto nuvens escondidas pelas montanhas
e imagino um mar imenso que,
numa estonteante miragem
se agita aos meus olhos
em ondulantes cavalgadas
sobre o dorso cintilante
daquele mar que eu imaginei,
mas que, certamente, nem existe,

e quando me sentir cansado
e saciado pela criação das minhas obras,
caminharei de pés descalços,
pela espuma da saudade
ao encontro do desconhecido
até me perder em novos pensamentos,
sob o luar que vai chegando,
e ao qual permito criar uma imagem de mim
reflectida nas areias
da minha praia imaginada
 
José Carlos Moutinho
16/4/19

 

domingo, 15 de janeiro de 2023

#AQUELA MÁQUINA

#Que Escola vamos ter

 Talvez porque seja oportuno...o problema vem de longe!

Que Escola vamos ter

Sou de um tempo, velho tempo
Em que a Escola tinha dignidade,
Hoje tudo muda tal como o vento
Onde tudo acontece, menos verdade

Que Escola vamos ter
É a pergunta do tema mensal
E a resposta quem a poderá dizer,
Só alguém do sistema governamental

Penso eu, porém, que certamente
Nem eles saberão responder à questão,
É tal a balburdia que se vê constantemente
Que francamente não creio em nenhuma solução

Vem ministro, sai ministro, cada cabeça
Uma sentença, que nada resolve efectivamente
Piora o ensino, fecha Escola tal como peça
De um triste teatro sem futuro decente

Eu que disto nada entendo, fico confuso
Sobre o futuro da juventude que virá,
Muda a ortografia, num autêntico abuso
Dos responsáveis que andam ao Deus dará

Sendo assim, meus amigos nada mais digo
Só sei que nada sei da Escola deste tempo,
Já muito procurei entender, mas não consigo,
Por isso deixo-me levar sereno, pelo vento

José Carlos Moutinho
1/10/16

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

#...

 ...
Tantas vezes sinto-me condor
levando os meus sonhos pelos céus
quantas vezes sou eu, simples voador
a pensar-me aconchegado nos braços teus

José Carlos Moutinho
9/1/2023

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

#OS MEUS POEMAS# vídeo

#Os meus poemas

 

Os meus poemas são pedaços da lua
que ilumina as palavras que a minha alma escreve,
são as minhas ilusões beijadas
pelo papel onde se inserem!
 
Os meus poemas,
são letras levadas pelo vento
para onde me possam ler,
com eles vão os meus anseios
para além do meu ser
em emoções que se perdem no infinito!
 
Os meus poemas têm no teu olhar o sentimento,
do meu beijo da saudade em ti;
a ausência das palavras cantadas,
são tristeza que os meus poemas choram!
 
Os meus poemas são o murmúrio doce
das águas que beijam o leito do rio,
na corrida para o mar!
 
Os meus poemas podem ser inventados ou vividos
com ou sem musa,
mas todos brotam
do mais profundo do meu sentir!
 
Os meus poemas...
podem não ser bons poemas,
mas são o vibrar da minha paixão,
de amor entre a alma e o coração.
 
José Carlos Moutinho
26/7/11

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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