quinta-feira, 29 de setembro de 2011

As mãos




As mãos deslizam sobre o papel,
Inventando palavras de amor,
Das mãos, surge arte com o cinzel,
Delas, carícias soltam-se, com ardor.

Mãos que afagam delicadas flores,
São carinhosas ou agressivas,
Seguram nos abraços os amores,
São rugosas as mãos e sofridas.

Podem as mãos calar uma vida
Na inconsciente perda da razão
As mãos comovem-se na despedida,

Poemas saem das mãos, em palavras
Quando ditadas pelo coração...
As mãos, essas amigas caladas!

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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