terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Cosmos insatisfeito



Flutuam poeiras no céu azul,
Escondem partículas de sonhos,
Que vagueiam no espaço vazio,
Fugindo das desilusões!
O sol atinge o seu clímax,
Irradia calor que afaga esperanças;
Cintilam raios como flechas de cupido,
Solta-se o amor em cristais;
No horizonte o céu prolonga o mar
Que desperta do seu sono fugaz
E se agita em ondas suaves de carícias
Que beijam as areias douradas,
E delicadamente desfazem-se em espuma
De alegria e prazer da vida!
Cheira a fantasias vindas do nada,
Em pétalas de flores imaginadas,
De mágicas fragrâncias,
Abraçadas a alvoradas por inventar!
O Cosmos corre veloz pela Via Láctea,
Ignora as estrelas que lhe sorriem,
Procura outras galáxias,
Insatisfeito, quer o inexistente
E esquece, displicente,
A beleza nele contida
E as maravilhas em seu redor.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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