Pai, não me lembro de
ti
Porque te foste tão
cedo...
Podias ter esperado
mais primaveras,
Para veres crescer o
cravo que plantaste!
Teria eu talvez uns
tenros dois anos
E lembro-me, Pai...
Uma pequena imagem de
ti,
Ficou perpetuada na
minha memória!
É muito pouco do
muito,
Que poderíamos ter
convivido,
Mas Deus quis-te mais
cedo...
Sei que deves
acompanhar-me
Iluminado pelo
cintilar das estrelas...
Mas eu não te vejo,
Pai!
E assim floresci na
vida,
Com o amor dobrado
Da minha mãe,
Que foi meu pai
também!
Senti falta do teu
abraço,
Que seria certamente
muito protetor,
Do teu conhecimento
da vida...
Assim sem ti,
Tive de aprender a
caminhar sozinho!
Mas olha Pai,
Em breve nos
encontraremos
E então quero todos
os abraços,
Que se perderam no
tempo,
Que não te tive!
Quero olhar-te e
dizer-te:
Pai, não te conheci
Vi-te somente no
esbatido de uma foto
Mas eu te amo!
Sabes Pai,
Até senti falta de
alguma palmada,
Que me desses por
castigo...
Mas tu te foste tão
prematuramente!
Tenho saudades do que
perdi de ti,
Ouviste-me Pai?
José Carlos Moutinho
19/3/12
lindo Poema...Parabens
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