segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Corre devagar, tempo!






Oh...Tempo que me transformas,
na voragem da tua corrida desenfreada,
deixaste para trás tanto que eu queria fazer!
Porque teimas em correr assim,
nessa vertigem desoladora,
se era muito mais tranquilo,
deslizares pela minha vida,
com a suavidade do meu desejo
e reter aqueles meus momentos exaltados,
que agora, não são mais que simples lembranças...
Descansa um pouco, tempo louco,
deixa-me absorver o que de bom me rodeia,
não me atires para o precipício sem retomo,
permite-me a ousadia em sonhar
um amor de forte sentido
e uma paixão desatinada,
ignorando as vozes do mundo!
Vamos unir-nos, tempo veloz,
acalma-te e juntos aproveitemos
os sorrisos, que nos acariciam a alma
e escutemos as vozes, que nos alegram o coração!
Façamos um acordo, tempo amigo,
quero amar e ser amado, numa louca utopia,
viver reais quimeras,
sentir o aroma de flores imaginadas!
Quero ver o sol, no sorriso daquela mulher
e no seu abraço, o aconchego do luar!
Então, posso desfrutar o prazer,
na volúpia dos seus beijos
e na caricia dos seus braços!

Mas tu tempo, não sejas tão célere,
prolonga esta minha felicidade,
Pelo tempo, que com o teu tempo, seja possível.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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