domingo, 7 de outubro de 2012

Doce divagar





Mas porque correm tão céleres as horas
se a minha alma se inquieta com a ausência dela?
Acalmem-se minutos, na dor da minha saudade,
parem um pouco e tragam-me a minha amada,
que se faz longe no meu pensamento!

Extasio-me com o seu sorriso,
que em memória, penetra o meu ser
e se aconchega no meu coração!

Vagueio-me por campos de solidão,
onde oscilam as flores da minha nostalgia,
pelo sopro da brisa,
que me invade o desejo
de a ter nos meus braços!

Quero-a no meu porto de abrigo
e ser a âncora da sua felicidade!

Vem mulher do meu sonhar,
afaga o meu sentir,
deixemos a ilusão!

Naveguemos por mares de sorrisos,
sulcaremos as ondas de emoções exaltadas,
beijemos o sol que nos aquece a paixão
e acordemos nos braços da alvorada,
no despertar da realidade.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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