A minha canoa de memórias
ainda navega
Por aquela tarde de verão,
de sol esmorecido,
no mar de uma emoção de
total entrega,
do amor que um dia, na praia,
havia nascido.
Lembrar o passado pode ser
nostálgico,
mas se há lembrança, existiu
alegria,
neste contexto tudo me
parece lógico,
por isso lembrei-me fazer
esta poesia
Os olhos dela tinham encanto
que fascinava,
de negras íris, como a bela
turmalina,
quando na rua caminhando,
ondulava,
na espuma das ondas da minha
adrenalina.
Os seus longos cabelos
negros de azeviche,
esvoaçando ao sabor das
velas da minha ilusão,
deixavam-me extasiado, como
se fosse fetiche,
deslizando ao sabor do vento
da minha paixão.
A minha memória recusa-se
apagar esta história,
que marcou os trilhos da
estrada da minha vida,
aquela mulher será para
sempre, a minha glória,
gravada em poesia de
felicidade sentida.
José Carlos Moutinho
Sem comentários:
Enviar um comentário