Faço da brisa, tela do meu
pensamento,
que esvoaça pelo espaço da
minha saudade,
diluindo-se nos sons
sibilados do vento,
penetrados na minha alma com
acuidade!
Emoldurado por cabelos
negros,
seu rosto moreno,
as minhas mãos acariciaram,
e, da sua boca perfeita,
como cereja,
os meus lábios saborearam seu
doce néctar!
Na emoção que me tomava os sentidos,
eu mergulhava profundamente
no misterioso negro dos seus
olhos,
perdendo-me no labirinto
de desatinadas sensações,
onde a razão era a porta da
paixão
e a saída a ternura do amor!
...E continuo a fazer da
brisa, a minha tela
de raras emoções e
inventadas cores,
a musa eterna da minha
inspiração é ela,
princesa e rainha dos meus
amores!
José Carlos Moutinho
José Carlos,
ResponderEliminarCheguei por intermédio da divulgação desta poesia pela amiga Enide e li a doçura da tela, a ternura do abandono e a perfeição dos versos.
Muito belo!