quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Brisa, a minha tela





Faço da brisa, tela do meu pensamento,
que esvoaça pelo espaço da minha saudade,
diluindo-se nos sons sibilados do vento,
penetrados na minha alma com acuidade!

Emoldurado por cabelos negros,
seu rosto moreno,
as minhas mãos acariciaram,
e, da sua boca perfeita, como cereja,
os meus lábios saborearam seu doce néctar!
Na emoção  que me tomava os sentidos,
eu mergulhava profundamente
no misterioso negro dos seus olhos,
perdendo-me no labirinto
de desatinadas sensações,
onde a razão era a porta da paixão
e a saída a ternura do amor!

...E continuo a fazer da brisa, a minha tela
de raras emoções e inventadas cores,
a musa eterna da minha inspiração é ela,
princesa e rainha dos meus amores!

José Carlos Moutinho

1 comentário:

  1. José Carlos,
    Cheguei por intermédio da divulgação desta poesia pela amiga Enide e li a doçura da tela, a ternura do abandono e a perfeição dos versos.
    Muito belo!

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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