terça-feira, 6 de novembro de 2012

Este vento que me fustiga





Ofereço o meu peito ao vento sem alma,
numa impetuosidade sem sentido, com raiva,
que eu recebo nesta serenidade que me acalma,
não obstante a força que me fustiga como saraiva.

Talvez seja eu que estou mais sensível,
pela fragilidade dos pensamentos
que me dominam a vontade,
controlam o meu coração cansado
e me deixam a alma em melancolia.

O passado absorve-me,
pela lembrança das emoções vividas,
em momentos que a vida me contemplou
e neste presente nostálgico, a que me dou,
doí-me a razão das alegrias perdidas

Ai...Que dor esta que tanto me aflige,
quisera ser ave noctívaga,
esvoaçando pela noite escura,
em voos iluminados pelas estrelas,
esquecer o passado que me persegue,
encontrar outro rumo ou aventura.

Agora, o vento que me grita e castiga,
Juntamente com a chuva que cai forte,
alaga o meu rosto sofrido pela sorte
e arrasta as lágrimas da minha fadiga.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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