sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Chove suavemente





Chove leve, melódica e suavemente
em murmúrios sobre os telhados de vidro,
parecem lágrimas de saudade de gente,
que em tempos, viveu um amor sentido!

A chuva cai, em delicadas gotas, como pérolas,
beijando as pétalas das mais belas flores,
aconchegando-se nas perfumadas alvéolas,
inventando telas de novas cores!

E chove, suave em brilhantes cristais,
que vão enriquecer um chão ressequido
pela secura dos tempos de tristes ais,
e agora se torna leito de um rio fluído,
no proliferar das riquezas naturais,
alegria de gentes com pão produzido!

E este chover, que leve, docemente,
com a sua água, nos abençoa a vida,
com suavidade cristalina em tom plangente,
chuva que tanto é paz, como morte escondida!

José Carlos Moutinho

1 comentário:

  1. Então, bem que podia cair uma chuvinha aqui com "suavidade cristalina", permita-me dizer.

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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