Chove leve, melódica e
suavemente
em murmúrios sobre os
telhados de vidro,
parecem lágrimas de saudade
de gente,
que em tempos, viveu um amor
sentido!
A chuva cai, em delicadas
gotas, como pérolas,
beijando as pétalas das mais
belas flores,
aconchegando-se nas
perfumadas alvéolas,
inventando telas de novas
cores!
E chove, suave em brilhantes
cristais,
que vão enriquecer um chão
ressequido
pela secura dos tempos de
tristes ais,
e agora se torna leito de um
rio fluído,
no proliferar das riquezas
naturais,
alegria de gentes com pão
produzido!
E este chover, que leve, docemente,
com a sua água, nos abençoa
a vida,
com suavidade cristalina em tom
plangente,
chuva que tanto é paz, como
morte escondida!
José Carlos Moutinho
Então, bem que podia cair uma chuvinha aqui com "suavidade cristalina", permita-me dizer.
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