segunda-feira, 17 de março de 2014

Onírica volúpia


Abraço-me aos anseios
que respiram das minhas ilusões,
deixo-me levar por caminhos
de devaneios e utopias,
desejando não despertar para a realidade!
Semicerro os olhos,
escuto docemente os sons de violino
tocados pelo seu coração apaixonado
que voluptuosamente invadem o meu sentir
extasiado pelos seus perfumes
quentes de paixão!
Em bailado com os meus pensamentos,
deslizo num rodopio de valsa delirante
pelos salões do meu prazer,
iluminado pelas cintilantes luzes
transmutadas em filigranas douradas!

Desperto enfim, desta onírica volúpia
acalmo minhas emoções
com o sorriso que ela me oferece
no retrato suspenso na parede branca
do meu quarto.

 José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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