quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Saudades de Luanda e Angola





Tenho saudades de ti, Luanda
recordo-te, Angola
por tantos momentos bons que me ofereceste
com a tua gentil grandeza…
Ainda sinto os teus cheiros
impregnados de fragrância da terra húmida,
tenho em mim, o teu calor
infiltrado na minha essência,
os meus olhos ainda retêm aquelas cores,
Ah…as cores deslumbrantes do pôr do sol
que perpetuamente se colaram nas minhas retinas,
tenho saudades do vermelho do teu chão,
por onde tanto viajei, encantado
porque a tua flora luxuriante
que circundava as picadas do meu tempo
tinham a magia de me fascinarem…
No meu corpo ficou a maresia da saudade
das tuas águas, que tantas e tantas vezes
me afagaram,
na minha alma estão aconchegadas as melodias
quentes, misteriosas dos batuques,
dos sons agudos do kissange
e dos graves da marimba e do reco-reco!

Ah…Luanda aonde eu cresci,
Angola que tão bem conheci,
sei que não são iguais ao que eram,
mudaram mais do que eu gostaria,
tu, Luanda, perdeste a acalmia
que a minha memória guardou, saudosa,
deixaste fenecer a serenidade social,
tens outra vida, outra agitação,
mesmo assim, jamais sairás do meu coração…
A ti, Angola desejo-te paz total
e que a prosperidade seja constante
aliada à justiça, sem preconceitos, pela liberdade!

Estarás sempre na minha alma, Luanda
por tudo que me deste
e pelo que de mim fizeste…
vives nos meus pensamentos, Angola
por tanta beleza que me permitiste contemplar
pela tua generosidade e bondade do teu povo
e especialmente pela sua humildade

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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