terça-feira, 10 de março de 2015

Diz-me tu, poeta





Deixa-me tu poeta, que tão bem escreves,
que te pergunte e a mal tu não me leves
a razão de andar por atalhos, a poesia…
Tu que te escondes na tua simplicidade
e do sentimento tens a cor da humildade,
diz-me por que há tanta escrita sem valia.

Não é por rimar que se faz um poema,
até na rima há que entender o esquema,
assim se classifica de pobre ou rica, a rima,
versos com ar de eruditos que por aí vejo,
levam-me a pensar se serão por gracejo,
ai…como é dificil  respirar neste árido clima.

Tu, poeta, que tens em ti o florir das palavras,
inventas quimeras e utopias nas tuas lavras,
és música nos versos que de ti são melodia…
Diz-me o que se passa, estarei eu enganado
ou enganado está, quem escreve tão errado,
por que assim não entendo mais de poesia.

Se a sinceridade fosse da poesia, companheira,
poetas inventados, teriam de mudar de carreira,
a poesia é sentimento da alma ou da realidade,
é história em poucas palavras, mas com sentido
não é um jogar de estrofes em contexto perdido…
A poesia deve ser respeitada, pois é a verdade.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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