Um dia...não sei quando,
talvez amanhã ou depois, não
sei
farei um poema de exaltação
à vida,
direi versos com rimas ou
talvez sem elas,
inventarei metáforas que
sejam as mais belas
das águas serenas do meu rio
farei nascer melodias
que fascinem todos aqueles
que me lêem todos os dias,
do sol retiro a luz que
ilumine cada um dos meus amigos,
não só os amigos de agora,
mas também os mais antigos…
se não agradar a todos, é
porque talvez eu seja um ser normal
se alguém houver entre esses
que me achem um pouco natural,
talvez eu me faça brisa
ignorando os vendavais do tempo
e corra mundos no silêncio
de mim e do meu pensamento,
olhando os reflexos do meu
sentir eu sorria com descaso
aos que se acham sol mas que
se escondem no ocaso,
tentarei compreender todos
que de mim se omitam
dar-lhes-ei um abraço de
amizade para que sintam
que a minha amizade é
verdadeira sem rodeios
em toda a minha vida nunca
usei outros meios
e se não entenderem esta
minha mensagem
é porque encontraram alguma
barragem…
deixem deslizar as águas do
vosso rio,
a vida de cada um é um
delicado fio
que oscila frágil e indefeso
ao vento
tal o poema que aqui vos
apresento.
José Carlos Moutinho
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