sábado, 21 de novembro de 2015

Poema que nunca foi meu




É na solidão que eu me encontro
e me invento através do silêncio
pelas palavras que descubro dentro do meu sentir
e lhes falo docemente, pintando-as no papel branco,
imaginando-as a mais bela tela da minha emoção,
transformo o alvo papel em paleta de múltiplas cores,
vou retirando uma a uma delicadamente
e crio palavra após palavra que se vão aconchegando
no meu anseio de poeta…

E as palavras tomam a forma do meu querer,
rimam nos versos que vão surgindo
como que por arte mágica
e fazem-se metáforas de sentimentos,
agrupam-se em estrofes de sensações
que bailam livres aos olhos de quem as lê
e fazem delas o poema dançado pela melodia
que lhes penetra fundo na alma
e pensam seu, o poema
que eu acabei de criar e já não é meu.

Observo a satisfação de quem o leu
E sorrio, feliz e realizado
Por transmitir um sentimento
em mim latente, para o/a leitor/a
o absorver com a ânsia do seu coração.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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