Desejava sossegar meu coração
desta inquietude que o toma,
por vezes, desconfio da sua razão,
será a saudade que lhe assoma?
Sento-me na varanda da memória,
tento com ele serenamente conversar,
que me conte alguma da sua história,
para eu tentar algo para o serenar
Timidamente, o meu coração murmura,
baixinho, quase não o consigo ouvir,
diz-me, solenemente, que é uma tortura
a saudade que lhe causa este desavir
Eu, com o meu calmo discernimento,
confesso-lhe que também estou saudoso
daquela terra, que foi minha, certo tempo,
restando na minha alma um sentir doloroso
José Carlos Moutinho
10/10/19
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