sexta-feira, 20 de março de 2020

Tempos de inquietação

Democraticamente a liberdade 
foi, provisoriamente, cerceada, 

e porque a cidade dorme 
o medo passeia-se provocador 
pelas ruas desertas 
tentando insinuar-se perante os mais frágeis 
que, resilientes enfrentam provações,

o silêncio produz um som estranho, 
que penetra insistentemente, os pensamentos 
transformando-os em onda simbiótica 
de acalmia, inquietação 
e muita esperança, 
imbuídas numa profunda fé!

E a cidade, apesar de a alvorada 
ter nascido há algum tempo, 
mantém-se em sonolência, 
só o medo continua a vaguear pelas ruas, 
agora menos desertas, 
saudosas do bulício!

Há no ar uma invisível nuvem 
de solidariedade e humanização, 
levando, certamente a muita reflexão, 
que, infelizmente, acabará, 
talvez, quando a cidade acordar 
e a desumanização retornar!

José Carlos Moutinho 
20/3/2020 

Proibido o plágio 
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85 
dos direitos de autor

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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