domingo, 2 de maio de 2021

#Até sempre, MÃE

 

 

Alguns anos se passaram
desde que partiste, mãe querida,
ficou em mim esta saudade
que me faz viver na tua lembrança
chorando a escusa dos beijos que não te dei
e dos abraços
que eu não tinha tempo para receber
quando querias dar-mos…
 
agora minha doce mãe,
peço-te desculpa das minhas ausências
porque sei que sempre me perdoaste
mesmo quando evitava
ouvir os teus queixumes!

Mas tu, mãe querida,
sempre, mas sempre, estiveste no meu coração
e eu sentia em mim a tua protecção invisível
em todos os movimentos da minha vida!

Os anos têm acumulado na minha alma
esta doce saudade,
do teu sorriso, do teu carinho,
do pão que recusavas à tua boca
para me dares,
quando, num certo tempo,
as dificuldades eram mais que muitas,
triste sorte de quem nascera neste pobre país!

Agora aqui, nesta distância das memórias,
escrevo-te estas singelas palavras,
imbuídas de profundo amor
e recordo o doloroso momento
da tua partida, aliás, serena,
e do teu rosto lindo, sorridente,
numa despedida feliz…
sim, creio que partiste feliz
nas asas de um passarinho de amor!

Até um dia, minha "eterna" velhota,
aceita o meu abraço de ternura
e um beijo doce,
como se eu ainda estivesse no teu ventre,
 
não ligues às lágrimas que deslizam
neste momento pelo meu rosto,
são de paixão e profundo amor,
minha querida e doce MÃE.

José Carlos Moutinho


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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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