quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Olhar e pensamento







Os meus pensamentos vão para além
da lonjura da minha visão,
O alcance do meu olhar
termina aonde começa a ilusão do pensamento!
Juntos, olhar e pensamento
constroem castelos de utopias
com imagens inventadas
de jardins repletos de flores raras
cujas pétalas são núvens coloridas,
que fazem do céu o mais belo caleidoscópio!

Imaginam azuis e serenos mares
com miragens de áridos desertos,
transformam a maresia em ar da vida,
com as inóspitas e áridas areias
metamorfosearam-se pérolas!

Continuando entrelaçados pelo devaneio
o olhar e o pensamento meus,
viajavam por galáxias desconhecidas,
Das estrelas fizeram lustres
Irradiando luz da paz sobre a terra escurecida!

Quimeras…
Somente quimeras e ilusões
que a mente consegue prodigiosamente criar,
quando no silêncio da nossa alma
conseguimos despojar-nos da realidade
que corre da fonte da nossa essência.

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Percurso de vida




Era eu muito pequeno quando parti
para muito longe de onde eu era feliz,
não era alegria, mas tristeza o que senti
seria talvez meu destino que assim quis.

Da minha mãe, a saudade fez-me chorar,
Ah…meu Deus, Tu sabes bem como eu chorei,
lágrimas que minha alma pedia a implorar
o amor daquela a quem amar, eu jurei…

Foi-se o tempo encurtaram-se distâncias
a alegria renasceu nas alternâncias,
o menino cresceu, só, fez-se homem…

Ignorou ofertas que os vicios consomem…
Honrou o percurso que encetou p’la vida
hoje é pai e avô tem sua missão cumprida.

José Carlos Moutinho

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Romântico ou sonhador






Caíam do céu azulado e brilhante
quimericas pétalas de ilusões
que tocavam o chão num instante
porque era imenso o calor das paixões.

Serão fantasias d’alma que sonha,
daí não vem mal ao louco mundo,
eu sou a fonte da utopia risonha
essência do meu sentir profundo.

Serei um antiquado romântico
ou talvez ridiculo sonhador,
que beija a maresia do  Atlântico;

Certo tenho, que jamais mudarei
quero continuar com este fulgor,
até ao dia que sonhar, eu deixarei.

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Febril loucura





Apetece-me escrever sem parar
numa avidez febril de loucura,
as palavras baralham-se no ar
buscando uma assertiva postura.

São trapalhadas sem nenhum nexo
que vão desfilando p’lo alvo papel,
não sei se sou eu que escrevo ou o reflexo
da minha mente, que corre em tropel.

Afáveis, as letras fazem poema
cantando o amor em tão belo tema,
que acalma o meu desejo de escrever…

Olho fascinado aqueles versos
que de mim se soltaram dispersos,
fico feliz sem a razão saber…

José Carlos Moutinho

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Mar que me marulha





Navego serenamente nas águas
deste mar imenso que marulha em mim,
escondo nas ondas as minhas mágoas
para que não precipitem o meu fim.

Faço remos com a minha coragem,
deixo-me ondular ao sabor do vento,
dos reflexos do sol, teço miragem
e lá vou eu pelo mar a meu contento.

Meu peito enche-se de belas fantasias
na ânsia do porto de abrigo de alegrias,
navego-me feliz contra vendavais…

A vida é chorar é sorrir é cantar
num tenaz oscilar sobre ondas do mar,
quero um dia fundear na acalmia do meu cais…

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

Ver esta publicação no Instagram

Live Planeta Azul Editora

Uma publicação partilhada por Planeta Azul Editora (@planetazuleditora) a