Apetece-me escrever sem
parar
numa avidez febril de
loucura,
as palavras baralham-se no
ar
buscando uma assertiva
postura.
São trapalhadas sem nenhum
nexo
que vão desfilando p’lo alvo
papel,
não sei se sou eu que
escrevo ou o reflexo
da minha mente, que corre em
tropel.
Afáveis, as letras fazem
poema
cantando o amor em tão belo
tema,
que acalma o meu desejo de
escrever…
Olho fascinado aqueles
versos
que de mim se soltaram
dispersos,
fico feliz sem a razão
saber…
José Carlos Moutinho
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