sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Fonte da imaginação





Da fonte da minha imaginação

nascem fios de  pétalas de poesia,

que correm nas veias como uma canção

e perfumam meus dias de nostalgia.



São instantes delicados do inventar

que me levam a sonhar quimeras

e a fazer das palavras verbo amar,

se as saudades me tecem esperas.



Deslizam por mim caudais de versos

que eu enredo  juntos, ou então dispersos

e componho um lindo poema de amor…



P’las margens das águas da fantasia

meus sonetos e eu, em total sinergia,

florimos metáforas com fulgor.



José Carlos Moutinho

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Olhar e pensamento







Os meus pensamentos vão para além
da lonjura da minha visão,
O alcance do meu olhar
termina aonde começa a ilusão do pensamento!
Juntos, olhar e pensamento
constroem castelos de utopias
com imagens inventadas
de jardins repletos de flores raras
cujas pétalas são núvens coloridas,
que fazem do céu o mais belo caleidoscópio!

Imaginam azuis e serenos mares
com miragens de áridos desertos,
transformam a maresia em ar da vida,
com as inóspitas e áridas areias
metamorfosearam-se pérolas!

Continuando entrelaçados pelo devaneio
o olhar e o pensamento meus,
viajavam por galáxias desconhecidas,
Das estrelas fizeram lustres
Irradiando luz da paz sobre a terra escurecida!

Quimeras…
Somente quimeras e ilusões
que a mente consegue prodigiosamente criar,
quando no silêncio da nossa alma
conseguimos despojar-nos da realidade
que corre da fonte da nossa essência.

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Percurso de vida




Era eu muito pequeno quando parti
para muito longe de onde eu era feliz,
não era alegria, mas tristeza o que senti
seria talvez meu destino que assim quis.

Da minha mãe, a saudade fez-me chorar,
Ah…meu Deus, Tu sabes bem como eu chorei,
lágrimas que minha alma pedia a implorar
o amor daquela a quem amar, eu jurei…

Foi-se o tempo encurtaram-se distâncias
a alegria renasceu nas alternâncias,
o menino cresceu, só, fez-se homem…

Ignorou ofertas que os vicios consomem…
Honrou o percurso que encetou p’la vida
hoje é pai e avô tem sua missão cumprida.

José Carlos Moutinho

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Romântico ou sonhador






Caíam do céu azulado e brilhante
quimericas pétalas de ilusões
que tocavam o chão num instante
porque era imenso o calor das paixões.

Serão fantasias d’alma que sonha,
daí não vem mal ao louco mundo,
eu sou a fonte da utopia risonha
essência do meu sentir profundo.

Serei um antiquado romântico
ou talvez ridiculo sonhador,
que beija a maresia do  Atlântico;

Certo tenho, que jamais mudarei
quero continuar com este fulgor,
até ao dia que sonhar, eu deixarei.

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Febril loucura





Apetece-me escrever sem parar
numa avidez febril de loucura,
as palavras baralham-se no ar
buscando uma assertiva postura.

São trapalhadas sem nenhum nexo
que vão desfilando p’lo alvo papel,
não sei se sou eu que escrevo ou o reflexo
da minha mente, que corre em tropel.

Afáveis, as letras fazem poema
cantando o amor em tão belo tema,
que acalma o meu desejo de escrever…

Olho fascinado aqueles versos
que de mim se soltaram dispersos,
fico feliz sem a razão saber…

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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