domingo, 28 de julho de 2019

Porque sou sonhador



Os sonhos voavam em pétalas inventadas
de alguma sonhada rosa
e nunca se tornavam realidade,

talvez porque os sonhos sejam improváveis
ou porque eles não existem,
e o que na verdade acontece
é a sensação da sua existência,
numa intrigante simbiose
entre o surreal e existencial!

Nada sei explicar,
porque de sonhos, nada entendo,
o que eu digo é que, tanto sonhei,
sonho e certamente continuarei a sonhar,

então, expectante,
aguardo, curioso o advir de um sonho
que me diga que eu, não sou eu.

José Carlos Moutinho
13/7/19

Ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor

sábado, 27 de julho de 2019

Os meus livros

A minha fortuna conseguida em 10 anos de teimosia, resiliência e uma montanha de sonhos...que, paradoxalmente, antes de o serem, já se realizavam em em finais de 2010.

Em jeito de parábola


Em jeito de parábola

Quisera eu que o tempo parasse, para comigo conversar um pouquinho, pois pedir-lhe-ia eu com todo o respeito e consideração que não corresse tão rapidamente, porque, --continuaria eu a dizer-lhe--, que poderia cansar-se e, qualquer pessoa ou até mesmo o tempo tão poderoso, ficaria extenuado, sem necessidade, porque afinal, viver mais serenamente sem tanta correria faria bem à saúde dos humanos e, quiçá, à do próprio tempo.
O tempo realmente parou por segundos, olhou-me fixamente, e disse-me com toda a sua altivez que eu, para ele, não tinha a importância que eu pensava dar-me, porque, --continuou o tempo--, como eu, havia muito mais gente a pedir o mesmo e ele, tempo, não tinha a força suficiente para, por ele só, conseguir andar mais devagar, porque não dependia dele, mas sim de todos nós.
Fiquei admirado a olhar para o tempo e ele voltou, desta vez, sorrindo a dizer-me que se nos preocupássemos com coisas mais importantes e ignorássemos as fúteis, o nosso tempo seria mais feliz e duradouro.
O tempo continuou o seu caminho. Restou-me ficar a olhar o tempo que partia e a pensar que eu já perdia, inutilmente, o meu tempo, parado, sem nada fazer.

José Carlos Moutinho
27/7/19

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Sol e mar da minha saudade (Áudio)


Em modo reflectivo

Quem realmente não me conhece,
diz que tenho mau feitio,
talvez, se revejam na minha pessoa,
porém, os que, minimamente, me conhecem,
tornam-se meus amigos,
será, talvez, porque gostam
da humildade e sinceridade...

A vida tornar-se-ia um tormento
se me incomodassem os juízos arbitrários,
de quem, certamente, precisará de ser julgado!

Assim, sorrindo, caminho indiferente,
todavia, resiliente pelas estradas
marginadas por preconceitos e vaidades!

E porque a vida é feita de momentos,
em estágio passageiro...
porque devo eu importar-me com futilidades,
quando a vida me oferece tantas maravilhas!?

José Carlos Moutinho
26/7/19

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Inquietude maldita

Ai, esta inquietude que me sufoca
e me afunda num negro e profundo mar,
ofereço-a a quem a desejar, em troca
por alguém que me saiba acalmar,

Se ninguém houver que se ofereça,
talvez esta angústia me faça sucumbir,
pois este sofrimento não me interessa
prefiro, serenamente, deste mundo partir

José Carlos Moutinho
25/7/19

terça-feira, 23 de julho de 2019

RUI MONIZ SOLTO OS VENTOS

Versos

Estes versos que eu invento
não são meus nem de ninguém
serão, talvez, suspiros do vento
do meu profundo sentir, também,

Se os versos não vestem poesia,
é natural, isso pertence aos poetas,
escrevo, quiçá, por simples teimosia
sem me afectar as coisas incertas,

Posso inventar coisas estranhas
que, de metáforas, são chamadas,
serão certamente simples manhas
para que as quadras sejam apreciadas

E assim com as palavras eu caminho
pelas folhas de papel ou do monitor,
crio pequenas estrofes, com carinho
para quem as ler sentir que há amor

José Carlos Moutinho
23/7/19

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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