segunda-feira, 6 de dezembro de 2021
#Vogando...
Gosto caminhar sobre folhas matizadas
imaginando-me sobre o dorso do mar
nadando, vigoroso, em largas braçadas
sentindo abraço de quem me sabe amar
Quimeras quem as não têm, uma vez?
viver sem ter sonhos é não saber viver
porque sobre utopia, direi que é talvez
o melhor para os problemas esquecer
José Carlos Moutinho
6/12/2021
domingo, 5 de dezembro de 2021
#Pergunto-me
Tantas vezes eu me pergunto
da razão desta minha saudade,
à qual, meu sentimento junto
quando lembro aquela cidade
Cidade bela de mil encantos
de nome Luanda, que carinho
onde vivi com amores tantos
e foi chão do meu caminho
Recordar é viver, velho ditado
assim recordo eu porque vivo
este saudosismo plasmado
em mim, pelo torrão querido
Luanda que me viu crescer
Angola que me acompanhou
país que não me viu nascer
mas esta paixão me deixou
José Carlos Moutinho
5/12/2021
sábado, 4 de dezembro de 2021
#Cantar ao vento
Canto ao vento poemas
pintados de fantasias,
pouco importam os temas
valem sim as alegrias
de cantar sem problemas.
Outro dia me disseram,
escuta aqui ó poeta,
os teus poemas eram
suspiros de alma inquieta,
diz lá o que te fizeram…
Respondi que minha alma
é livre como uma ave,
que ao cantar se acalma
na melodia suave
da canção estrela dalva
José Carlos Moutinho
sexta-feira, 3 de dezembro de 2021
#Perfume de acácia
...
Chegou-me o perfume de acácia
vindo nas asas da saudade
não precisei usar de perspicácia
para sentir do tempo sua celeridade
jcm
Chegou-me o perfume de acácia
vindo nas asas da saudade
não precisei usar de perspicácia
para sentir do tempo sua celeridade
jcm
3/12/2021
#Escrever, que sentir?
Escrever...
será um acto de fé
que da alma se solta
e se cola no papel alvo,
poderá, quçá, ser também,
patologia sem vacina nem cura
ou ainda uma sã loucura em desvario!
Escrever...
não sei, francamente, adjectivar
esse modo de transformar palavras
em sentimentos de exacerbadas emoções
de desespero, quietude, paixão ou amor,
ou tantas outras formas de transmitir
o que da alma do escritor,
se liberta rebeldemente
em jeito de conto, romance
ou no encantamento da poesia...
Só sei que, para mim,
escrever
é deixar-me envolver por imenso prazer,
sem explicação,
onde o silêncio em simbiose
com o bater das teclas do computador
me proporcionam felicidade
perante o texto
que se desnuda aos meus olhos
José Carlos Moutinho
22/11/2021
terça-feira, 30 de novembro de 2021
#Sentir
No suspiro do tempo
viajei por sonhos improváveis,
cruzei oceanos de ilusões
naveguei tempestades de emoções,
agora vou gastando o meu tempo
no tempo que me mantém a viver
cada momento que me pertence
enquanto o poema me fizer sentir gente
José Carlos Moutinho
21/8/2021
segunda-feira, 29 de novembro de 2021
#A Ciência e a vacina
Vivemos um tempo de medo
onde fracos aceitam a vacina
os heróis aqueles apontam dedo
valha-nos Deus que isto alucina
Uns dizem ser máfia ou do chip
que a todos controla, para quê?
Será que a Covid é de gente vip
o efeito da vacina é o que se vê
Eu que sou dos fracos já tomei
a 3ª dose, porque sou 3ª idade
creio na ciência porque bem sei
sem ela seria uma calamidade
Da vacina há o antes e o depois
no antes morria-se às dezenas
no depois mais fenecem heróis
desses à familia resta novenas
José Carlos Moutinho
29/11/2021
#INTEIRO DE NADA
sentir de momento
silenciosamente leva-os o vento
.................
Pudesse eu soltar as amarras
àqueles que se aprisionam
em suas próprias mentalidades,
pudesse eu oferecer a luz do sol
aos que se escondem
no breu da inquietude
e os libertasse das suas angústias…
pudesse eu...
ter o poder que não tenho
além da minha própria vontade
em desejar ter esse poder...
ai, esta utopia que me ilude
e me faz pensar ser o que não sou
neste conturbado mundo
de realidades
e demasiadas quimeras,
onde se chora e se ri
se é feliz ou infeliz
ou se é metade de cada
quiçá, inteiro de nada
e se vive simplesmente!
José Carlos Moutinho
30/1/2021
sábado, 27 de novembro de 2021
#Sei que vai mudar
Sei que o vento norte vai mudar
E soprará para leste, para bem longe daqui
E levará certamente o descontentamento
E quando voltar, agasalhado pela brisa
Sei que trará o colorido que com ele partiu
Envolto em nuvens cansadas pelo desalento
Mas se o vento não se metamorfosear
Em serenos sorrisos
Talvez o mar cante maresia
E estimule a vontade de pintar
Um poema com versos de amor
Abraçados a metáforas de sonhar
José Carlos Moutinho
E soprará para leste, para bem longe daqui
E levará certamente o descontentamento
E quando voltar, agasalhado pela brisa
Sei que trará o colorido que com ele partiu
Envolto em nuvens cansadas pelo desalento
Mas se o vento não se metamorfosear
Em serenos sorrisos
Talvez o mar cante maresia
E estimule a vontade de pintar
Um poema com versos de amor
Abraçados a metáforas de sonhar
José Carlos Moutinho
in "Mar de Saudade"
sexta-feira, 26 de novembro de 2021
quinta-feira, 25 de novembro de 2021
#Sou...
Não, não sou um Criador...
sou um modesto escrevinhador
que, alucinado, me julgo poeta
mas que, passada essa loucura,
na acalmia silenciosa do meu sentir
e na solidão dos meus pensamentos
desperto para a realidade,
sentindo-me, simplesmente...
um ser passageiro
neste mundo de contrastes e ilusões,
aonde um dia eu cheguei despido de tudo
e partirei num outro dia vestido de nada!
José Carlos Moutinho
25/11/2021
quarta-feira, 24 de novembro de 2021
#Trompetas do tempo
Partilho coisas minhas aqui a quem quiser, graciosamente.
(para os que gostam do que escrevo)
(para os que gostam do que escrevo)
Adquirindo os livros que escrevo, haverá também partilha entre o autor e o leitor. Pensem nisso...
Trompetas do tempo
Tocavam as trompas da esperança
uivavam os espíritos desavindos
a realidade jamais esquece a bonança
os bons sentimentos são bem vindos
Até choveu naquele triste dia
porque o sol partira desalentado
então, lembrei-me de que a poesia
pode ajudar a esquecer o passado
Falei com o poeta que me disse
não te apoquentes com o tempo
então, esperei que o Sol abrisse
e ao poeta deixei agradecimento
José Carlos Moutinho
terça-feira, 23 de novembro de 2021
#Carinho de te querer
Há angolanos que não entendem esta minha saudade de Angola e criticam-me, mas isso é problema deles...
Deixo mais um poema a Angola, com as fotos dos livros que a têm (Angola) na sua essência.
Carinho de te querer
Não um sou saudosista doente
mas há em mim doce saudade
de um tempo onde fui presente
e vivi com alegria e felicidade
Refiro-me a Angola, obviamente,
terra de cheiros, cores e encantos
que tudo nos dava graciosamente
desde o sol, o mar e belos cantos
Luanda foi minha cidade querida
mas por toda a Angola eu passei,
caminhos de pó, margem florida
beleza tanta, assim me apaixonei
Terra abençoada que sabe sofrer
agruras dos poderes e do tempo,
tenho por ti carinho de te querer
estás sempre no meu pensamento
Não nasci em ti, ó terra fascinante,
vivi, porém, momentos importantes
que pela minha adolecência pujante
foram futuro de decisões relevantes
José Carlos Moutinho
segunda-feira, 22 de novembro de 2021
#Luanda...
Saí um certo dia de Luanda,
mas Luanda não saiu de mim,
a saudade não me abranda
cidade tão linda, meu jardim
Tinhas perfume e maresia,
uma bela baia, ilha do cabo,
teu encanto era pura poesia
Luanda, eternamente eu gabo
José Carlos Moutinho
22/11/2021
#Hoje, só hoje
Não...
Hoje não quero ouvir
o chilreio dos pássaros,
nem sequer o rumor
das folhas secas de Outono,
tampouco desejo escutar
o vento que passa silvando...
Porque hoje,
talvez só mesmo hoje,
sinto em mim o perfume da Primavera,
ouço o grasnar das gaivotas
que voam alegremente
vestidas de espuma
e penso no Verão que já se foi
sorrindo-me ao coração,
esqueço o Inverno que há-de vir
porque me entristece a alma...
Hoje sinto-me assim,
perdidamente perdido
em meus pensamentos
José Carlos Moutinho
21/10/16
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
domingo, 21 de novembro de 2021
sábado, 20 de novembro de 2021
#Meta conquistada
Fui caminho de terra batida
pedra cansada na longa estrada
fui cume na montanha da vida
pensei-me sol na noite acordada,
nunca senti minh’alma perdida
sempre controlei a caminhada
com discernimento, sem corrida
fiz dela uma meta conquistada
José Carlos Moutinho
20/11/2021
sexta-feira, 19 de novembro de 2021
#4 dos meus livros
A quem interessar algum destes meus últimos livros publicados, façam o favor de me fazerem chegar essa intenção.
São 3 romances e 1 de poesia.
#Gosto de brincar com as palavras
Com as palavras gosto de brincar
embaralho-as como cartas de jogar
outras vezes faço poemas de amar,
com elas até fiz versos para cantar
As palavras são dóceis como o mel
misturo-as a jeito e não há recusa,
então, docemente colo-as no papel
quietas, nenhuma delas me acusa
Faço com as palavras o que quiser
certo dia, escrevi uma carta de amor,
num outro mês um poema qualquer
e sempre me aceitaram, com ardor
Se mostrar o meu descontentamente
fazendo uso das palavras, zangado
elas calam-se, mas tão serenamente
que eu mesmo tenho de ficar calado
José Carlos Moutinho
18/11/2021
quinta-feira, 18 de novembro de 2021
# Coisas do momento
Gosto do ceu, das nuvens, do mar
dos sorrisos e abraços apertados,
gosto do sol, da brisa e do luar
dos vestidos coloridos e decotados,
da natureza e dos pássaros a voar
também gosto de peixes grelhados,
não gosto de ver o tempo a passar
deixam-me os silêncios cansados
José Carlos Moutinho
dos sorrisos e abraços apertados,
gosto do sol, da brisa e do luar
dos vestidos coloridos e decotados,
da natureza e dos pássaros a voar
também gosto de peixes grelhados,
não gosto de ver o tempo a passar
deixam-me os silêncios cansados
José Carlos Moutinho
18/11/2021
#Toda forma de amar
Quando se ama tudo se transforma,
na mente do apaixonado(a)tudo é belo,
mesmo que julguem fora de norma,
o mais importante é o sentir singelo
Eu penso e digo sem me cansar,
viver e sentir um verdadeiro amor,
é como voar em emoções sem parar
pelas caricias da volúpia, doce torpor
Quem amor, não sente de verdade
não sabe como é o encanto da vida,
amar é brisa, que abraça felicidade
é onda no mar da paixão incontida
Falar de amor é sentir o fogo do vulcão
invadindo profundamente o nosso ser,
ignorar o fútil, libertar alma e coração
sorrir sem razão e cantar, sublime viver
José Carlos Moutinho
(Escrito intemporal)
terça-feira, 16 de novembro de 2021
domingo, 14 de novembro de 2021
#Viagem de instante
A vida pode, até, ser uma graça,
quando a levamos airosamente,
aceitar o bem e o mal que passa
porque não se vive eternamente
O que ontem, acaso, foi excelente
hoje poderá ser pouco interessante,
sorrir sempre evitando o desalento
porque a vida é viagem de instante
Ainda que a tua vida seja brisa
conta sempre com ventos revés,
de repente o momento catalisa
ondas, em inexplicáveis marés
José Carlos Moutinho
14/11/2021
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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