domingo, 16 de janeiro de 2011

Asas do impossível



Agarro o sol com uma mão,
Com a outra agarro a lua,
Abraço o mundo,
Evado-me nos meus sentidos pelo Além,
Entro na consciência do inconsciente,
E voo nas asas do impossível,
Atingirei a perfeição do querer,
E poder ter e sentir,
Paz, amor e felicidade,
Verei que nesta vida,
Terrena e neste plano temos de aceitar,
A partida para uma outra dimensão,
Mais límpida, livre e pura,
Descobrirei a essência da resignação,
E serei a voz da verdade,
Em um outro espaço desconhecido
Em que ansiamos viver!

…Mas não aceitamos
Trocar aquele,
Por este nosso mundo,
Paradoxo,
De mentes em desalinho!

J.C.Moutinho

sábado, 15 de janeiro de 2011

Lembranças belas



Ainda há a Inquietude dos sentimentos,
Instantes vividos com paixão,
Que o tempo vai apagando,
Mas que a memória teima em perpetuar,
O vento era testemunha dos segredos,
Repartidos entre nós
E que ele mesmo espalhava por aí,
Dizendo a todos, os que encontrava,
Que havia gente apaixonada,
E os encantos da vida, estavam patentes,
Nas cores dos dias, mais vibrantes
E nos cheiros das flores, essências raras
Da felicidade da juventude,
Lembras-te, como era bom…
Ficarmos de mãos dadas,
Falando coisas sem sentido,
Mas que faziam sentirmo-nos bem,
Nada nos importava em nosso redor,
Que não fosse o som das baladas,
Do nosso tempo…
Dos rocks, dos twists, até dos slows,
Estar na praia, como no paraíso,
Bronzearmo-nos com o sol radiante,
Rolarmos na areia dourada, quente,
Que tempos….

J.C.Moutinho

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Êxtase



Tuas mãos deslizam pelo meu rosto
Com a suavidade das penas,
Teus lábios tocam os meus, suavemente
Encostas o teu rosto no meu peito….
Deslizas como serpente,
Acaricias meus pelos,
Que desfiam por entre os teus dedos,
Numa lânguida sensação de prazer,
Sinto o teu arfar de fêmea sedenta,
Que me deixa em êxtase,
Sou o instrumento do teu prazer,
Pensamentos em atropelo,
Galopantes desejos,
Emoções que voam,
Como asas do amor,
Somos levados numa volúpia louca,
De vontades contidas,
Que nos arrebatam os sentidos
E nos deixam prostrados,
Em deliciosa letargia,
Somos um só corpo,
Em delírio de total entrega.

J.C.Moutinho

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Uma sombra errante



Se a tristeza me invade,
Solto um grito,
Estridente selvagem e tresloucado,
Dispo os fantasmas de mim,
Corro como louco por desertos de paranóia,
Penetro em florestas de transtornos mentais,
Enrolo-me nas nuvens negras,
De emoções descontroladas,
Aspiro sôfrego o ar das flores
Que me liberta do sufoco desta tensão,
Acalma-me o silêncio do oásis,
E das árvores que me olham e não me vêem,
Porque não existo,
Sou uma sombra da loucura humana,
Que por aí se confunde,
Nos conflitos da indiferença e preconceito,
Sou um ser sem vida,
Sem sol, sem lua, sem trevas,
Sou somente uma sombra,
Errante,
Em desequilíbrio.

J.C.Moutinho

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Entro em mim



Liberto-me das memórias do tempo,
Percorro caminhos nunca antes pisados,
Atravesso chuvas de intolerância,
Penetro no zénite da paz,
Sou levitado para o amor, abraçado pelo luar,
Atinjo o clímax da estabilidade emocional
Do meu viver,
Envolvo-me nos véus da serenidade
E retorno mais feliz,
Mais tolerante e com amor,
Olho em redor de mim,
E tudo me parece mais alegre,
Mais vivo, mais vibrante, mais colorido,
Espelho da minha alma,
Libertada das amarguras,
Antes sentidas
E agora eliminadas
Entro em mim,
Descanso enfim!

J.C.Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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