segunda-feira, 14 de setembro de 2015
É melhor desistires
Não sei mais o que fazer
se devo deixar-te ou não,
o amor que dizes ter
não é mais que pura ilusão,
assim, quero-te esquecer
Não adianta insistires,
escuta o que eu te digo,
chega de tanto mentires,
és pra mim um perigo,
será melhor desistires
Vou seguir meu caminho
Mesmo contra tua vontade,
Deixas-me em desalinho
que me causa ansiedade,
Adeus…com um beijinho
José Carlos Moutinho
domingo, 13 de setembro de 2015
Se não me quiseres
O sopro suave da brisa
é a caricia do teu beijo
não sejas tão indecisa
sabes que eu te desejo
Vem a mim, vem sem receio
meu coração pensa em ti
és o meu doce devaneio
o que eu sinto, jamais senti
Será paixão, ilusão ou amor
só sei que me faz bem
vejo em ti a mais bela flor
podes ser meu jardim também
E se não me quiseres
talvez eu venha a sofrer
mas é bom saberes
que por isso não irei morrer
José Carlos Moutinho
sábado, 12 de setembro de 2015
Sei o que fui e sou
Já fui chão duro de desânimo
e mar sereno da minha
quietude,
também já fui temporal de
ansiedade
e brisa sentida da minha
acalmia,
fui mar agitado de revolta
e areia refrescante do meu
discernir,
fui onda agitada do
descontentamento
e maresia perfumada de
afecto,
já fui árvore seca de esperança
e florido jardim de
felicidade,
fui mais do que desejei e
sonhei,
também fui frustração do
inalcançável,
já fui sorriso e abraço
e indignação perante a
falsidade,
fui sol iluminado de
franqueza
…sou luar eterno de
sensibilidade…
Já fui...já fui...tanta
coisa
e tanto ainda me falta ser,
Talvez o tempo que me falta
me traga o que ainda não fui…
Sei que o que fui
me orgulha de o ser.
José Carlos Moutinho
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
Fosse eu, uma folha...
Ah…fosse eu folha solta ao
vento
esvoaçando livremente pelo
infinito
sondando pensamentos tão diversos
e moldasse a felicidade nas
almas tristes…
Fosse eu folha matizada de
sonhos,
desenhado por cheiros de abraços
sinceros,
perfumado por coloridos
sorrisos de verdade
e modificasse as infelizes mentes
transviadas…
Se realmente eu fosse folha
voadora
que navegasse os céus da
fraternidade
voasse os mares azulados da
concórdia
e metamorfoseasse
sentimentos desvirtuados…
Se…na verdade eu fosse
utopicamente a folha
que me imagino e lograsse o
que minha mente deseja,
leva-me a pensar se sou uma
quimera ou um louco
que vive na simbiose deste
mundo belo e desvairado
ou…um ingénuo sonhador que
voa como uma folha.
José Carlos Moutinho
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
E escrevo afinal...
Pergunto-me por que escrevo
eu,
se me perdi pelos caminhos
do trabalho
e quase no final de mim, o
que me deu
para abraçar a poesia e
mostrar o que valho?
Nem sei se eu escrevo mal ou
bem,
o que sei é que entrego às
palavras
o sentir da alma e do
coração também…
e as palavras gritam-me
emoções caladas.
Assim, escrevo eu simples versos,
algumas vezes rimados com
amor
outras de sentimentos tão
diversos,
mas sempre com muita garra e
ardor…
Começou por brincadeira este
escrever,
que em tons de quadras foi
crescendo
pelo papel branco do meu dom
e querer…
Escrevo afinal, para que me
possam ir lendo.
José Carlos Moutinho
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
Gosto de navegar
Gosto de navegar...
Navegar entre afagos de
braços
que nos apertam docemente em
abraços,
Gosto de navegar...
Fazendo dos meus dedos,
remos de ternura
e sentir em meu peito a
ondulação do afecto
e o beijo suave da branca
espuma do sentimento,
Gosto sim, de navegar...
Navegar pelo sol irradiado
de um sorriso
e sentir a brisa suave das
palavras
que me acariciam
em murmúrios de carinho,
Sim… gosto de navegar…
Navegar pelos encontros de
sincera amizade
onde os temas se agasalham de
luar
perfumados de maresia
colorida de sal,
Ah…como eu gosto de navegar…
Navegar...Pelas marés
serenas,
com temporais longe do meu
velejar…
E eu, na acalmia do meu
sentir
navegando sobre um mar chão,
possa içar as velas brancas
da paz,
Gosto sim, de navegar…
Navegar sem parar…
Até encontrar um porto de
abrigo
onde eu possa reflectir e entender
a razão das tempestades
no mar da vida.
José Carlos Moutinho
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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