domingo, 5 de fevereiro de 2012

Solidão serena




Quando me penso no vazio do sentir,
Levo-me vagueante por entre vales
De sonhos perdidos,
Em noites de insónias,
Quando as palavras se faziam ocas,
Nos sons da garganta oprimida,
Pela desilusão daqueles instantes
De esmorecida paixão,
Que se afogara em pântanos de mentiras
E nem os nenúfares valeram!

Agora no abraço que me dou,
No aconchego das magnólias que me rodeiam
E nos aromas que me envolvem,
Vejo-me na solidão serena,
Da paz almejada!

E a minha mente deixa-se levar
No secreto desejo,
De palavras feitas amor,
Pela transparência cristalina,
Da luz que brota do âmago
Infinito da minha alma.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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