Encostei-me na soleira da
porta do paraiso,
escutei melodias de embalar,
doce ilusão,
que chegavam nas asas da
brisa, como aviso,
para que minha alma,
sorrisse com emoção!
Expus o meu peito ao vento
cálido dos anseios,
Aspirei fragrâncias do tempo
do meu porvir,
Abracei-me aos sons de poéticos
chilreios,
E aquietei-me na serenidade
do meu sentir!
Nos campos que se estendiam
a perder de vista,
Senti-me feliz pela visão
que eu contemplava
Por poder absorver o
colorido da natureza, artista
Abracei toda aquela beleza
que me fascinava!
Viajei por entre nuvens e
brumas do pensamento,
Sentia em mim as suaves
brisas da felicidade,
Era somente eu, sem ambições,
com sentimento,
Que fazia das utopias,
jardins da realidade
E ignorava as palavras
cansadas de alguém,
Pois a vida deve ser vivida
sem ansiedade!
Encostei-me na soleira da
porta do paraíso…
E despertei com a alvorada
do meu sorriso!
José Carlos Moutinho
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