Sim…foi “ontem” que
despertei
de um longo sono, arrastado
pelo tempo
…Até “ontem”
Quando, inesperadamente,
abri os olhos,
agarrei a caneta,
deixei a minha alma voar
livre,
como andorinha na Primavera
e, como milagre,
essa Primavera surgiu em mim,
através das palavras que fui
pintando
com as mais belas cores,
simples, mas intensas de
sentimento!
Alguém disse que eram poemas,
a mim soavam-me a gritos de
liberdade,
uma liberdade que eu sentia
ter estado ancorada
no meu peito, durante tantos
anos,
e, “ontem”…
sim, “ontem” soltou-se
e navegou pelas folhas de
papel
como se aquelas, fossem
ondas do mar imenso
que havia em mim, desde a
juventude;
Eu…que procurei
equilibrar-me da emersão
após o naufrágio de tanto
tempo,
remei como podia,
com versos rimados
e tímidas metáforas,
e, os tais poemas ou gritos
de liberdade,
fizeram-se canoas,
deixaram-se levar pelas
utopias da vida,
construíram realidades!
Encontrámos o nosso Porto de
Abrigo,
no “Cais da Alma”
meu primeiro livro.
José Carlos Moutinho
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