sábado, 12 de novembro de 2022
sexta-feira, 11 de novembro de 2022
#Fantasiar
Quantas vezes deixo-me eu
ser envolvido pela emoção
ausente entre o sol e o breu
escuto a voz do meu coração
Ele bate ritmado, serenamente
clamando presença de alguém
ouço,porém,os passos de gente
nada vejo, virão, quiçá, do Além
José Carlos Moutinho
11/11/2022
quarta-feira, 9 de novembro de 2022
#Liberdade, grito eu
Dizem que hoje é dia de Liberdade...então:
Liberdade, grito eu
Não sei se ainda terei tempo
neste meu tempo que esvoaça,
mas direi que solto um lamento
nesta nossa liberdade escassa
Poder gritar qualquer baboseira
pode ser considerada liberdade,
eu que senti dureza a vida inteira,
quero sentir uma outra realidade
Acabar a vergonhosa corrupção
dos que têm arrogância e poder,
liberdade é saúde, pão, educação,
e quando existe alegria em viver
José Carlos Moutinho
25/4/19
terça-feira, 1 de novembro de 2022
#Baú fechado
Tantos anos esteve aquele
baú fechado,
quando o abri e remexi nos velhos papéis
soltou pó do tempo que os tinha guardado,
eram belas cartas de amor, confidentes fiéis
O pó obstruía a visão daquelas recordações,
enquanto o sacudia, relia as doces palavras
que me haviam enchido o peito de emoções,
quando longe de mim nas ausências te calavas
Amareleceram as cartas, talvez pela saudade,
mas as letras estavam muito vivas e presentes,
ao relê-las, meu coração sorriu de felicidade
porque nossas ilusões nunca estiveram ausentes
Perante aquele velho baú, lágrimas rolaram
pelo meu rosto cansado, o tempo não perdoou,
fora a emoção que as lágrimas extrapolaram,
mas que o meu coração saudoso, feliz aceitou
Sentado no baú que, entretanto, acabara de fechar,
fechei os olhos, viajei pela lonjura do meu viver,
sorri feliz, na minha vida existira muito “amar”
sentimento que nestes versos acabei por descrever
José Carlos Moutinho
4/10/17
In “Mar de Saudade”
quando o abri e remexi nos velhos papéis
soltou pó do tempo que os tinha guardado,
eram belas cartas de amor, confidentes fiéis
O pó obstruía a visão daquelas recordações,
enquanto o sacudia, relia as doces palavras
que me haviam enchido o peito de emoções,
quando longe de mim nas ausências te calavas
Amareleceram as cartas, talvez pela saudade,
mas as letras estavam muito vivas e presentes,
ao relê-las, meu coração sorriu de felicidade
porque nossas ilusões nunca estiveram ausentes
Perante aquele velho baú, lágrimas rolaram
pelo meu rosto cansado, o tempo não perdoou,
fora a emoção que as lágrimas extrapolaram,
mas que o meu coração saudoso, feliz aceitou
Sentado no baú que, entretanto, acabara de fechar,
fechei os olhos, viajei pela lonjura do meu viver,
sorri feliz, na minha vida existira muito “amar”
sentimento que nestes versos acabei por descrever
José Carlos Moutinho
4/10/17
In “Mar de Saudade”
domingo, 30 de outubro de 2022
#Vontade inventada
E o pensamento esmorecido
pelo desatino do tempo provocador
deixava-lhe um vazio cansado no peito...
Tentava ignorar os mumúrios viajantes
feitos de palavras ocas e sem sentido,
mas, a brusquidão do vento não permitia
provocando-lhe nervosa inquietude
Mas eis que a brisa apaziguadora
vinda nos braços dos sonhos
serenou-lhe a alma, aquietou-lhe os anseios
Agora, consciente da sua fragilidade,
Rosa olhou em sua volta,
embora receasse novos pensamentos adversos,
corajosamente, aconchegou seus medos
dentro de uma vontade inventada,
suspirou profundamente
e, resiliente, com a ousadia da ilusão
permitiu-se sair daquele estar de ausência
José Carlos Moutinho
22/10/2022
sábado, 22 de outubro de 2022
#Bom dia
Neste sentir sem sentir
enquanto o tempo passa
há a esperança no devir
e afecto de quem abraça
Se não sentes tal afecto
algo, quiçá, esteja errado
sentimento não é objecto
é bom amar e ser amado
José Carlos Moutinho
enquanto o tempo passa
há a esperança no devir
e afecto de quem abraça
Se não sentes tal afecto
algo, quiçá, esteja errado
sentimento não é objecto
é bom amar e ser amado
22/10/2022
terça-feira, 18 de outubro de 2022
#Apresentação de AMOR e GUERRA (Romance)
Há pouco mais de um ano, tive orgulhosamente o prazer de apresentar este romance,
publicado pela grande editora Guerra e Paz.
Histórias de vida, sempre actuais
e em particular para quem teve a felicidade de ter vivido em Angola.
domingo, 16 de outubro de 2022
# Duas simples quadras#
Sou anseio levado em pensamento
caminhante pelos percursos da vida
sou a verdade sem constrangimento
repudio os receios com uma cantiga
Com as palavras invento histórias
podem ser fingidas ou verdadeiras
umas de agora outras de memórias
importante é que tenham maneiras
José Carlos Moutinho
16/10/2022
caminhante pelos percursos da vida
sou a verdade sem constrangimento
repudio os receios com uma cantiga
Com as palavras invento histórias
podem ser fingidas ou verdadeiras
umas de agora outras de memórias
importante é que tenham maneiras
José Carlos Moutinho
16/10/2022
#IL MIO PAVIMENTO# (O meu chão)
O MEU CHÃO
este meu poema foi traduzido para italiano, pelo amigo Matteo de Matteo De Marzo:Il mio pavimento
Su questa terra che calpesto,
che mi porta dolori e gioie
di questa vita fatta di sangue, sudore e amore,
di profumi di bellissimi
di fiori della speranza di nuove vite cammino, grato, sentendo il tuo battito! Cerco di inventare parole per questa terra, che mi accoglie nei momenti di delusione, mi abbraccia nella mia tristezza,
Mi sorride nella mia gioia e felicità
e ne trovo solo una, semplice, tuttavia, molto significativa nel suo valore.
Sei MAGNIFICA, terra,
per quello che offri a questo mondo,
che ti guarda e ti calpesta senza considerazione
e tu gentilmente ripaghi, il pane della vita, il vino della festa, i profumi dei fiori che incantano
gli alberi che ci rinfrescano, con la grandezza delle loro ombre!
Tu sei la terra dove giaccio stanco, sarai nel giudizio finale,
il mio letto dove ti farò mio compagno, nell'eternità del mio ultimo sonno!
José Carlos Moutinho
sábado, 15 de outubro de 2022
#Filosofando
Por entre as pedras de ilusões
caminhei resiliente e audaz
tantas foram minhas emoções
que descrevê-las sou incapaz
Porém, muitas foram as marés
que no meu mar se levantaram
enfrentei-as sem admitir revés
as fraquezas as ondas levaram
Mas o tempo comigo foi feliz
jamais me causou dissabores
os senãos foram-me tão subtis
no meu sentir só havia amores
Todavia, tudo passa, inexorável
meu caminhar alonga-se alegre
o tempo meu vai sendo aceitável
até que finitude nele se albergue
José Carlos Moutinho
15/10/2022
sexta-feira, 14 de outubro de 2022
#Os meus poemas
Mais um poema que resiste ao tempo...
Os meus poemas são pedaços da minha lua,
que iluminam as palavras que a minha alma escreve
são as minhas ilusões beijadas
pelo papel onde se inserem!
Os meus poemas,
são letras levadas pelo vento
para onde me possam ler,
com eles vão os meus anseios
para além do meu ser
em emoções que se perdem no infinito!
Os meus poemas têm no teu olhar o sentimento,
do meu beijo da saudade em ti;
a ausência das palavras cantadas,
são tristeza que os meus poemas choram!
Os meus poemas são o murmúrio doce
das águas que beijam o leito do rio,
na corrida para o mar!
Os meus poemas podem ser inventados ou vividos
com ou sem musa,
mas todos brotam
do mais profundo do meu sentir!
Os meus poemas...
podem não ser bons poemas,
mas são o vibrar da minha paixão,
de amor entre a alma e o coração.
José Carlos Moutinho
26/7/11
Os meus poemas são pedaços da minha lua,
que iluminam as palavras que a minha alma escreve
são as minhas ilusões beijadas
pelo papel onde se inserem!
Os meus poemas,
são letras levadas pelo vento
para onde me possam ler,
com eles vão os meus anseios
para além do meu ser
em emoções que se perdem no infinito!
Os meus poemas têm no teu olhar o sentimento,
do meu beijo da saudade em ti;
a ausência das palavras cantadas,
são tristeza que os meus poemas choram!
Os meus poemas são o murmúrio doce
das águas que beijam o leito do rio,
na corrida para o mar!
Os meus poemas podem ser inventados ou vividos
com ou sem musa,
mas todos brotam
do mais profundo do meu sentir!
Os meus poemas...
podem não ser bons poemas,
mas são o vibrar da minha paixão,
de amor entre a alma e o coração.
José Carlos Moutinho
26/7/11
quinta-feira, 13 de outubro de 2022
quinta-feira, 6 de outubro de 2022
#Redondilha menor
Nesta redondilha
sorrio ao mundo
com esta partilha
de sentir profundo
Que se calem vozes
da vulgar descrença
em tempos atrozes
maldade é doença
José Carlos Moutinho
6/10/2022
sorrio ao mundo
com esta partilha
de sentir profundo
Que se calem vozes
da vulgar descrença
em tempos atrozes
maldade é doença
José Carlos Moutinho
6/10/2022
segunda-feira, 3 de outubro de 2022
# Minha terra era pequena
A minha terra era ainda tão pequena
Quando certo dia de Junho, nasci
Era uma manhã ensolarada e amena,
Nessa alvorada a luz do mundo eu vi
Na escassez nasci num belo palácio
Talvez por desígnio do destino,
Naquele dia foi traçado o prefácio
Da história da vida desse menino…
Com o passar do tempo a aldeia cresceu
Tal como eu que um certo dia a abandonei
cumprindo a ordem que o destino me deu
Quando voltei era vila, a minha aldeia
D’África o sol que lá longe deixei
Na saudade, minha alma é agora cheia
José Carlos Moutinho
Quando certo dia de Junho, nasci
Era uma manhã ensolarada e amena,
Nessa alvorada a luz do mundo eu vi
Na escassez nasci num belo palácio
Talvez por desígnio do destino,
Naquele dia foi traçado o prefácio
Da história da vida desse menino…
Com o passar do tempo a aldeia cresceu
Tal como eu que um certo dia a abandonei
cumprindo a ordem que o destino me deu
Quando voltei era vila, a minha aldeia
D’África o sol que lá longe deixei
Na saudade, minha alma é agora cheia
José Carlos Moutinho
8/3/18
domingo, 2 de outubro de 2022
# Fui tanto de tão pouco de mim
Fui vento voado pelo deserto do tempo
e sol matizado por exóticas cores,
fui perfume de terra molhada
e cacimbo nas noites tardias,
fui kissanje dos entardeceres dos batuques
e areia das praias morenas da Ilha de Luanda,
fui o olhar de encanto pelas quitandeiras
e o fascínio do seu pregão: olha o cacuso, senhora,
fui incrédulo ao ver criança nas costas da mãe
e fui sorriso do gesto humilde daquele nobre povo,
fui coração feliz nas rebitas
e admirador da enigmática Welwitschia,
fui o viajar pela lonjura das picadas de chão vermelho
e apaixonado pela tropicalidade
fui...
felicidade que se matizou em saudade,
saudade se que se colou no meu peito.
José Carlos Moutinho
in "MAR DE SAUDADE"
e sol matizado por exóticas cores,
fui perfume de terra molhada
e cacimbo nas noites tardias,
fui kissanje dos entardeceres dos batuques
e areia das praias morenas da Ilha de Luanda,
fui o olhar de encanto pelas quitandeiras
e o fascínio do seu pregão: olha o cacuso, senhora,
fui incrédulo ao ver criança nas costas da mãe
e fui sorriso do gesto humilde daquele nobre povo,
fui coração feliz nas rebitas
e admirador da enigmática Welwitschia,
fui o viajar pela lonjura das picadas de chão vermelho
e apaixonado pela tropicalidade
fui...
felicidade que se matizou em saudade,
saudade se que se colou no meu peito.
José Carlos Moutinho
in "MAR DE SAUDADE"
sexta-feira, 30 de setembro de 2022
#Palavras rimadas
Quando eu não tiver mais
memória,
não sentir a brisa que passa serena
não conseguir contar a minha história,
é porque deixei de ser actor nesta cena
Com pensamento sereno gosto divagar
por caminhos que se julgam estranhos,
todavia, são próprios do nosso viajar
felicidade em momentos tamanhos
A vida é-nos oferecida sem a pedirmos,
temos, porém, que a aceitar com amor
e com carácter impoluto nos despirmos
das atitudes que causem danos e dor
Sinto, sem saber explicar, esta vontade
de escrever versos que possam desagradar,
há talvez, em mim, um sentir a verdade
de pelas palavras rimadas me encantar
não sentir a brisa que passa serena
não conseguir contar a minha história,
é porque deixei de ser actor nesta cena
Com pensamento sereno gosto divagar
por caminhos que se julgam estranhos,
todavia, são próprios do nosso viajar
felicidade em momentos tamanhos
A vida é-nos oferecida sem a pedirmos,
temos, porém, que a aceitar com amor
e com carácter impoluto nos despirmos
das atitudes que causem danos e dor
Sinto, sem saber explicar, esta vontade
de escrever versos que possam desagradar,
há talvez, em mim, um sentir a verdade
de pelas palavras rimadas me encantar
José Carlos Moutinho
sexta-feira, 23 de setembro de 2022
#Há dias e dias
Há dias cansados pelas
amarguras
outros pelas ausências caladas,
alguns esmorecidos por rupturas
mais raros, alguns cheios de nadas!
Há também muitos de alegrias cantadas
por sereias do mar do meu pensamento
que passeiam pelas areias molhadas
em orgias de total deslumbramento!
O tempo veste-se do que quisermos
porque a vida é um teatro de marionetes
que colocamos aonde pudermos…
Com otimismo se enganam tristezas,
soltemos gargalhadas e foguetes
acabemos de vez com as fraquezas.
outros pelas ausências caladas,
alguns esmorecidos por rupturas
mais raros, alguns cheios de nadas!
Há também muitos de alegrias cantadas
por sereias do mar do meu pensamento
que passeiam pelas areias molhadas
em orgias de total deslumbramento!
O tempo veste-se do que quisermos
porque a vida é um teatro de marionetes
que colocamos aonde pudermos…
Com otimismo se enganam tristezas,
soltemos gargalhadas e foguetes
acabemos de vez com as fraquezas.
José Carlos Moutinho
quinta-feira, 22 de setembro de 2022
#Coisas do silêncio
Quis calar o silêncio em mim
rebeliou-se e comigo gritou
que as coisas não eram assim
tinha o direito de falar e falou
Mas eu que do silêncio gosto,
por vezes gosto de o provocar
acho graça vê-lo mal disposto
quando o instigo a comigo falar
José Carlos Moutinho
22/9/2022
rebeliou-se e comigo gritou
que as coisas não eram assim
tinha o direito de falar e falou
Mas eu que do silêncio gosto,
por vezes gosto de o provocar
acho graça vê-lo mal disposto
quando o instigo a comigo falar
José Carlos Moutinho
22/9/2022
#Pensar em poesia
Deixa que passe o tempo
alegra-te por o sentires passar
não te zangues com o sopro do vento
porque tens a sorte de ainda por aqui estar
alegra-te por o sentires passar
não te zangues com o sopro do vento
porque tens a sorte de ainda por aqui estar
22/9/2022
quarta-feira, 21 de setembro de 2022
terça-feira, 20 de setembro de 2022
#Imaginação
Sobre ondas de sentimentos
galgam emoções inquietas
que sopradas pelos ventos
são cantadas pelos poetas
Utopias em mentes soltas
brisas que exalam perfume
nem sequer marés revoltas
conseguem inventar ciúme
Navegar na solidão do tempo
inventando maresias de amor
é como o oscilar de catavento
vagueia sem rumo nem temor
Na imaginação de um poema
pintei na singeleza de uma tela
estes versos sem ter um tema
e, se calhar uma grande balela
José Carlos Moutinho
20/9/2022
segunda-feira, 19 de setembro de 2022
sábado, 17 de setembro de 2022
#Ninguém como destinatário
Que mal te fizeram as palavras
para as tratares de modo tão rude?
Podes dedicar-te a outras lavras
porque é muito feia a tua atitude
Foi um conselho simples de amigo
para que outros não te critiquem
sabes bem que não sou teu inimigo
só para que contigo não impliquem
José Carlos Moutinho
17/9/2022
#É assim
Levo-me tranquilamente nas asas do tempo
esperando que o vento não se aborreça
vou sorrindo e caminhando sem tormento
assobiando e cantando antes que escureça
jcm
17/9/2022
esperando que o vento não se aborreça
vou sorrindo e caminhando sem tormento
assobiando e cantando antes que escureça
jcm
17/9/2022
sexta-feira, 16 de setembro de 2022
quinta-feira, 15 de setembro de 2022
terça-feira, 13 de setembro de 2022
#Cantaram-me
Certo dia cantaram-me as saudades
melodias de um tempo encantado
ignorava mentiras lembrava verdades
como se quisesse recordar o passado
Tom suave, tipo slow do nosso tempo
e eu dançava na imaginação de então
mas, como tudo, foi-se com o vento
deixou-me esta nostalgia no coração
Mas em mim vive eterna a saudade
que no cintilar do sol também da lua
lembra-me a cessão de uma realidade
que já não é minha nem sequer tua
José Carlos Moutinho
13/9/2022
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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