segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

#Minha terra era pequena (Sobralinho)

A minha terra era ainda tão pequena
Quando certo dia de Junho eu nasci
Era uma manhã ensolarada e amena,
Nessa alvorada a luz do mundo eu vi

Na escassez nasci num belo palácio

Talvez por desígnio do destino,
Naquele dia foi traçado o prefácio
Da história da vida desse menino…

Com o passar do tempo a aldeia cresceu
Tal como eu que um certo dia a abandonei
cumprindo a ordem que o destino me deu

Quando voltei era vila, a minha aldeia
D’África o sol que lá longe deixei
Na saudade, minha alma é agora cheia

José Carlos Moutinho
8/3/18

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

# Intrigas


Agitaram-se as vontades de inverno
quando naquela tarde se encontraram,
ausentara-se o ambiente fraterno,
perdido da amizade que os marcaram
 
Intrigas, maldade, voz sem razão,
que em desavenças se vão transformar,
perde-se a amizade morre a emoção,
é esquecido um passado exemplar
 
Assim é a vida, estrada sinuosa
com obstáculos para ultrapassar,
fugindo sempre de gente ardilosa…
 
Então, se deste modo procedermos,
certamente a paz vamos encontrar
e com felicidade viveremos!
 

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

#Duas Metades

 Eis um poema com 8 anos e picos...


𝐃𝐮𝐚𝐬 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞𝐬

𝐌𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐦𝐢𝐦 𝐞́ 𝐬𝐞𝐫𝐞𝐧𝐚
𝐀 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐞́ 𝐢𝐧𝐪𝐮𝐢𝐞𝐭𝐚,
𝐉𝐮𝐧𝐭𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐚𝐬 𝐝𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞𝐬
𝐅𝐚𝐫𝐚̃𝐨 𝐝𝐞 𝐦𝐢𝐦 𝐮𝐦 𝐭𝐨𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐝𝐮𝐚𝐬 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞𝐬
𝐍𝐮𝐦 𝐠𝐫𝐢𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚𝐝𝐨𝐱𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐚𝐭𝐢𝐛𝐢𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞…

𝐏𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐦𝐢𝐦
𝐄́ 𝐭𝐚̃𝐨 𝐝𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐚 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞
𝐃𝐚𝐪𝐮𝐢𝐥𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐮 𝐬𝐨𝐮,
𝐂𝐫𝐞𝐢𝐨-𝐦𝐞 𝐮𝐦 𝐬𝐞𝐫 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐚𝐧𝐡𝐨
𝐃𝐮𝐯𝐢𝐝𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐬 𝐝𝐮𝐚𝐬 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐬𝐞 𝐞𝐧𝐭𝐞𝐧𝐝𝐚𝐦,

𝐓𝐚𝐥𝐯𝐞𝐳 𝐮𝐦𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐬𝐞𝐣𝐚 𝐫𝐞𝐛𝐞𝐥𝐝𝐞
𝐄 𝐚 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐨𝐛𝐞𝐝𝐢𝐞𝐧𝐭𝐞
𝐄 𝐪𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐚𝐬 𝐝𝐮𝐚𝐬 𝐬𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐭𝐢𝐧𝐚𝐦
𝐄𝐮 𝐧𝐚̃𝐨 𝐬𝐨𝐮 𝐧𝐚𝐝𝐚 𝐝𝐞 𝐜𝐚𝐝𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞
𝐒𝐞𝐫𝐞𝐢 𝐮𝐧𝐢𝐜𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐚 𝐝𝐢𝐬𝐜𝐨́𝐫𝐝𝐢𝐚
𝐝𝐚𝐬 𝐝𝐮𝐚𝐬 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞𝐬…
𝐀 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐨𝐛𝐞𝐝𝐢𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐞 𝐬𝐞𝐫𝐞𝐧𝐚 𝐞́ 𝐧𝐞𝐮𝐭𝐫𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐝𝐚
𝐏𝐞𝐥𝐚 𝐫𝐞𝐛𝐞𝐥𝐝𝐢𝐚 𝐢𝐧𝐪𝐮𝐢𝐞𝐭𝐚 𝐝𝐚 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞
𝐎𝐮 𝐯𝐢𝐜𝐞-𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚…
𝐒𝐞𝐢 𝐪𝐮𝐞 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐦𝐢𝐦 𝐦𝐞 𝐩𝐞𝐫𝐭𝐞𝐧𝐜𝐞
𝐄 𝐚 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐭𝐚𝐦𝐛𝐞́𝐦
𝐏𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐥𝐞𝐭𝐚𝐦 𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐬𝐞𝐫.

𝐒𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐞́ 𝐚𝐥𝐞𝐠𝐫𝐢𝐚 𝐞 𝐟𝐞𝐥𝐢𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞
𝐀 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐞́ 𝐧𝐨𝐬𝐭𝐚𝐥𝐠𝐢𝐚 𝐞 𝐬𝐚𝐮𝐝𝐚𝐝𝐞
𝐄 𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐞́ 𝐬𝐚𝐮𝐝𝐚𝐝𝐞
𝐀𝐧𝐮𝐥𝐚 𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐞́ 𝐟𝐞𝐥𝐢𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞
𝐎𝐮 𝐯𝐢𝐜𝐞-𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚…

𝐐𝐮𝐞 𝐬𝐞𝐫𝐞𝐢 𝐞𝐮 𝐞𝐧𝐭𝐚̃𝐨, 𝐧𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐟𝐥𝐢𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞𝐬
𝐓𝐚𝐥𝐯𝐞𝐳 𝐧𝐚𝐝𝐚 𝐨𝐮 𝐭𝐚𝐥𝐯𝐞𝐳 𝐭𝐮𝐝𝐨,
𝐒𝐞 𝐞𝐮 𝐩𝐞𝐧𝐬𝐚𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐧𝐚̃𝐨 𝐞𝐱𝐢𝐬𝐭𝐞 𝐞𝐦 𝐦𝐢𝐦, 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞𝐬
𝐋𝐞𝐯𝐚𝐫-𝐦𝐞-𝐞𝐢 𝐚 𝐩𝐞𝐧𝐬𝐚𝐫 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐮𝐦 𝐭𝐨𝐝𝐨
𝐍𝐨 𝐭𝐨𝐝𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐮 𝐬𝐨𝐮 𝐚𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥…

𝐂𝐫𝐞𝐢𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐞́ 𝐟𝐞𝐢𝐭𝐚 𝐝𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐫
𝐄 𝐚 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞 𝐭𝐚𝐦𝐛𝐞́𝐦,
𝐏𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐦 𝐦𝐢𝐦 𝐧𝐚̃𝐨 𝐞𝐱𝐢𝐬𝐭𝐞𝐦 𝐦𝐞𝐭𝐚𝐝𝐞𝐬,
𝐒𝐨𝐮 𝐮𝐦 𝐬𝐞𝐫 𝐮𝐧𝐨 𝐢𝐧𝐝𝐢𝐯𝐢𝐬𝐢́𝐯𝐞𝐥 𝐞 𝐮𝐧𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐚𝐥

𝐉𝐨𝐬𝐞́ 𝐂𝐚𝐫𝐥𝐨𝐬 𝐌𝐨𝐮𝐭𝐢𝐧𝐡𝐨
𝟔/𝟏𝟐/𝟏𝟓

#A FORÇA DE AMAR

 Do meu romance 𝐀 𝐅𝐎𝐑𝐂̧𝐀 𝐃𝐄 𝐀𝐌𝐀𝐑,

ficção acontecida na cidade do Porto...este pedacinho da sua história:

..."Sentados à mesa de trabalho, tendo como companheiros, um copo com whisky, Álvaro começou por dizer:
- Lembras-te Serafim, que eu te contei ter-me envolvido com uma rapariga lá do Norte, não te lembras?
- Recordo-me perfeitamente e tu se bem te lembras, repreendi-te por te meteres em aventuras, sendo casado e com 3 filhos
- Sim e tinhas muita razão, mas não resisti aos meigos olhares dela, no restaurante onde almoçávamos – continuava Álvaro concentrado na sua história e com esperança de que o amigo lhe desse alguma sugestão para sair deste imbróglio sentimental"...

Se interessar...aguardo o seu pedido...




quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

#Dia de S. Valentim (dos namorados)

 

E nosso dia, minha namorada
deixo-te um beijo com ternura
apesar de vivência cansada
o meu coração sente fervura

É um dia como outro qualquer
neste nosso viver em correria
por seres importante, mulher
levou-me a fazer esta poesia
 
Que nosso namoro seja eterno
neste nosso viajar pelo tempo
mesmo que ele seja moderno
sempre o vivemos com alento
 
José Carlos Moutinho
14/2/2024

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

#Sonhar

 Sonhar,

Não há idade para sonhar, verdade
o sonho não tem peso nem preço
que se sonhe ficção ou realidade
sonhar é viver neste mundo travesso

#A FORÇA DE AMAR

 

Excerto do PREFÁCIO de Ana de Albergaria a A FORÇA DE AMAR 

A “Força de Amar” será, sem dúvida, a maior força da natureza Humana. 

Quando um escritor nos consegue levar, sem sentirmos cansaço ou desinteresse, pelos múltiplos atalhos e veredas do quotidiano de quem ama, então estamos perante um livro, ou uma história, que consegue entrar na nossa própria história, por simbiose perfeita com a similitude às relações e sentimentos que estabelecemos entre nós. 

José Carlos Moutinho, já nos habituou à centralidade do “Ser Humano”, nas suas obras. Aqui, renova essa centralidade e vai mais além, ao tecer um romance com múltiplos romances, uma história com múltiplas histórias – interligadas entre si, direta ou indiretamente, por uma força maior. 

“Força de Amar” leva-nos assim à diversidade complexa, e ao mesmo tempo simples de tão natural que é, do que é existir em relação com o “outro”; do que é “Amar” na contemporaneidade de novos valores, neste, também ainda novo, século XXI.



# Ignorar o óbvio

Sim, realmente escrevo por teimosia
porque o jardim à beira mar plantado
por onde eu navego palavras e poesia,
está a tornar-se cada vez mais agitado

Porém, resiliente, louco como o poeta

vou tentando ignorar o óbvio presente
para conseguir, ousado, chegar à meta
tento evitar que esta vontade se ausente

José Carlos Moutinho
9/2/2024

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

#Sem respostas

Trago no meu peito
Um mundo de perguntas
Que em nenhum tempo
consegui obter respostas,
 
são dúvidas, mágoas e queixumes
que as tardes de Inverno inventaram
e que as Primaveras calaram
escondendo-as nas pétalas das flores
que secaram nos dias matizados do Outono!
 
E as mágoas, queixumes e dúvidas
permanecem no meu peito
apesar de se sentirem afogueadas
pelo calor, não se permitem responder-me!
 
Quedo-me num dilema que me faz perdido
Sem saber se as respostas virão
Ou se são somente ideias minhas em desatino
Sem direito ao conhecimento
Porque, simplesmente, não existem!
 
Não sei de nada,
Já nem sei, verdade, se senti algo
Ou se o meu peito se descontrolou
Quiçá, por alguma brisa passageira
Vinda nas asas de algum sonho
Que a mim chegou nos braços de um desejo
Pela imagem de uma bela mulher
 

José Carlos Moutinho




quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

#Afecto, puro sentimento

 

Num desejado mundo tecido pelo afecto, a amizade é a linha dourada que une corações. É uma dança delicada de dar e receber, um laço que se fortalece em cada sorriso compartilhado, em cada palavra de conforto, em cada gesto de bondade.
 
E nessa dança, a dignidade é o ritmo constante, a batida silenciosa que ressoa em cada movimento, em cada passo. É a quietude no olhar de quem sabe o seu valor, a força tranquila de quem se mantém firme na tempestade.
 
E por falar em liberdade? Ah, a liberdade é a música que embala essa dança. É a melodia doce e suave que flui como um rio, envolve e eleva, permitindo que cada um se mova no seu próprio ritmo, consiga seguir o seu próprio caminho. É o vento que sopra suavemente, acariciando os rostos e agitando os cabelos, sussurrando canções de possibilidades infinitas.
 
Assim, afecto, amizade, dignidade e liberdade dançam juntos, colorindo o jardim da vida. Poderão, no poema, serem separados por estrofes, mas entrelaçados em cada linha, presentes em cada palavra. Pois esses valores são, indubitavelmente, poesia da existência, a canção do ser.
 
José Carlos Moutinho 
7/2/2024

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

#Consciência, sentimentos e liberdade

 

Num mundo de cores e sons, desperta a consciência,
um sussurro suave na quietude da existência;
sentimentos fluem como um rio em constante mudança,
reflectindo a luz da vida, em cada onda estranha.
 
Liberdade é o pássaro que no céu encontra seu lar,
é a canção do vento, é o desejo de voar;
é a escolha de ser, de amar, de criar,
é a coragem de sonhar, de lutar, de errar.
 
Respeito é a ponte que une corações distantes,
é reconhecer no outro, reflexos cintilantes;
é ouvir com empatia, é falar com bondade,
é a essência da humanidade, é a verdadeira liberdade.
 
Consciência, sentimentos, liberdade e respeito,
são as notas da canção que no peito temos direito;
cada um é um fio na tapeçaria da vida,
juntos, tecem a melodia da jornada compartilhada.
 
José Carlos Moutinho 
3/2/2024

#SONHO OU ILUSÃO

 Excerto da Nota Literária da minha amiga Luísa Ramos ao SONHO OU ILUSÃO:

“Ficção? Realidade? Sonho? Fantasia? O que importa? O importante é que acreditaram que era verdade e viveram um grande amor…”. Sayuri Suto Salvador. Este pensador afirma, que a realidade se confunde com a ficção – muitas vezes – e é precisamente isso, que se encontra no poeta, Moutinho: uma lucidez digna de registo, e um gosto inegável pelo trabalho de texto, como comprovam os mais variados recursos de estilo desde a hipálage à antítese, passando pela anástrofe e acabando no eufemismo.
Rosas são flores. Ruas são espaços. Lagoas são águas e tudo É…!
Tal como afirma José Carlos Moutinho o mundo tem que ser um espelho líquido onde o homem se consiga ver movediço para que se prossiga em busca da “Ilha Desconhecida” – que sem existir há, porque ela é a metáfora do SONHO de qualquer HOMEM de bem, que teima em escrever dizendo, que o UNIVERSO vai-se consertar à força da escrita lapidar de muitos dos poetas de vanguarda.
Parabéns, POETA.
Luísa Ramos
𝕹ã𝖔 𝖘𝖊𝖎 𝖘𝖊 𝖘𝖊𝖗𝖊𝖎 𝖕𝖔𝖊𝖙𝖆, 𝖙𝖔𝖉𝖆𝖛𝖎𝖆, 𝖍á 𝖊𝖒 𝖒𝖎𝖒, 𝖎𝖓𝖘𝖎𝖘𝖙𝖊𝖓𝖙𝖊, 𝖚𝖒𝖆 𝖎𝖓𝖖𝖚𝖎𝖊𝖙𝖚𝖉𝖊 𝖖𝖚𝖊 𝖒𝖊 𝖒𝖊 𝖔𝖇𝖗𝖎𝖌𝖆 𝖆 𝖘𝖔𝖑𝖙𝖆𝖗 𝖆𝖘 𝖕𝖆𝖑𝖆𝖛𝖗𝖆𝖘...𝖘𝖊 𝖘ã𝖔 𝖕𝖔é𝖙𝖎𝖈𝖆𝖘 𝖔𝖚 𝖘𝖎𝖒𝖕𝖑𝖊𝖘 𝖘𝖚𝖘𝖕𝖎𝖗𝖔𝖘 𝖉𝖊 𝖕𝖔𝖊𝖘𝖎𝖆, 𝖋𝖗𝖆𝖓𝖈𝖆𝖒𝖊𝖓𝖙𝖊 𝖓ã𝖔 𝖘𝖊𝖎...𝖉𝖊𝖎𝖝𝖔 𝖆𝖔 𝖈𝖗𝖎𝖙é𝖗𝖎𝖔 𝖉𝖊 𝖖𝖚𝖊𝖒 𝖒𝖊 𝖑ê!



sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

#Seria o vento?

Ouvi longe o silvo do vento
suave, como caricia de beijo,
seria talvez um chamamento
ou quiçá um sentir de desejo

Agora que passou, pergunto

seria mesmo o som do vento
não sei, talvez outro assunto
só sei que fiquei mais atento

José Carlos Moutinho
2/2/2024

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

#Nos traços do tempo

 Nos traços de tempos vividos
abrigam-se anseios perdidos
e nas noites de sono cansado
despertam sonhos deste fado

Os pensamentos esmorecidos
que por falésias do temporal
descem ataviados e atrevidos
oferecem belas cores de coral

Depois, na acalmia das marés,
e caladas as areias da saudade
não haverá quem bata os pés
em gritaria de viva a liberdade
 
Ainda que chova em torrente,
que possa encharcar emoções
viva-se o momento presente,
a vida é um ninho de ilusões
 
José Carlos Moutinho
30/1/2024



terça-feira, 30 de janeiro de 2024

#Divulgação

 𝐒𝐨𝐦𝐨𝐬 𝐭𝐚𝐧𝐭𝐨𝐬...𝐨𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐝𝐞 𝐀𝐧𝐠𝐨𝐥𝐚 𝐯𝐢𝐞𝐦𝐨𝐬, 𝐜𝐞𝐫𝐭𝐨 𝐝𝐢𝐚, 𝐢𝐧𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐝𝐚 𝐞 𝐟𝐫𝐮𝐬𝐭𝐫𝐚𝐝𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞...𝐩𝐨𝐫 𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐫𝐚𝐳𝐚̃𝐨...𝐞 𝐩𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐦 𝐭𝐚𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐧𝐨́𝐬, 𝐢𝐧𝐞𝐱𝐨𝐫𝐚𝐯𝐞𝐥𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐟𝐢𝐜𝐨𝐮 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐚𝐧𝐡𝐚𝐝𝐚 𝐧𝐚 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐚 𝐚𝐥𝐦𝐚 𝐚 𝐒𝐀𝐔𝐃𝐀𝐃𝐄, 𝐥𝐞𝐯𝐨𝐮-𝐦𝐞 𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐞𝐯𝐞𝐫 𝐞𝐬𝐭𝐞𝐬 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨𝐬, 𝐬𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐚𝐬 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐚𝐬 𝐯𝐢𝐯𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐚𝐬, 𝐝𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐦𝐚𝐧𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐬𝐢𝐦𝐩𝐥𝐞𝐬, 𝐬𝐞𝐦 𝐜𝐨𝐧𝐨𝐭𝐚𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬 𝐩𝐨𝐥𝐢́𝐭𝐢𝐜𝐚𝐬 𝐨𝐮 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚𝐬 𝐫𝐚𝐳𝐨̃𝐞𝐬, 𝐪𝐮𝐞 𝐧𝐚̃𝐨 𝐨 𝐠𝐫𝐚𝐧𝐝𝐞 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐩𝐚𝐢𝐱𝐚̃𝐨, 𝐝𝐢𝐫𝐞𝐢 𝐦𝐞𝐬𝐦𝐨 𝐝𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞𝐦𝐩𝐫𝐞 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢 𝐩𝐨𝐫 𝐚𝐪𝐮𝐞𝐥𝐚 𝐢𝐦𝐞𝐧𝐬𝐚 𝐞 𝐦𝐚𝐫𝐚𝐯𝐢𝐥𝐡𝐨𝐬𝐚 𝐀𝐧𝐠𝐨𝐥𝐚!

𝐒𝐞 𝐯𝐨𝐬 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐞𝐬𝐬𝐚𝐫, 𝐩𝐞𝐜̧𝐚𝐦-𝐦𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐨𝐬 𝐞𝐧𝐯𝐢𝐚𝐫𝐞𝐢 𝐜𝐨𝐦 𝐭𝐨𝐝𝐚 𝐚 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐚𝐦𝐢𝐳𝐚𝐝𝐞 𝐞 𝐠𝐫𝐚𝐭𝐢𝐝𝐚̃𝐨.
𝐏𝐫𝐞𝐜̧𝐨𝐬 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐨 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐜𝐢𝐚𝐢𝐬!



segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

#Poesia em Folhas de Chá. Espinho, 27.1.2024


 

#Outras horas

 Outras horas


Já nada sei daquelas horas passadas
num tempo que se perdeu no tempo,
agora as horas vividas são marcadas
por tormentos, mágoas e sofrimento

Assim, sinto saudades das outras horas
que foram vividas em paz e muito amor,
tudo era diferente até na cor das amoras
mesmo assim, caminhemos com humor

José Carlos Moutinho
29/1/2024

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

#PARABÉNS, LUANDA, pelos teus 448 anos de existência e de encantamento

#Pensamento solto

 Tardes preguiçosas,
coladas à alma do meu pensamento
que vagueia por céus azulados,
pontilhados de minutos de felicidade,
disseminados em horas de incertezas,
vividos sobre ondas de paixões,
desfeitas na espuma das desilusões!
 
E o pensamento solta-se,
sem amarras, segue o seu curso,
atravessando nuvens de liberdade,
selecionando os bons instantes,
olvidando os menos vibrantes,
na busca do horizonte da felicidade!
 
Deixo-me levar no espirito do meu pensar,
por vales, montanhas e mares sem parar,
esta força que me impele com a certeza,
de encontrar um mundo, com mais beleza! 
 
Saio do corpo que me subjuga os sentidos,
deixo-me levar na quimera dos sonhos,
isenta de dores e queixumes sofridos,
procurarei utopias em jardins risonhos!

José Carlos Moutinho

domingo, 21 de janeiro de 2024

#Palavras ao vento

Por entre as folhas do tempo
voaram, muitos dos meus sonhos
criados no silêncio do pensamento
em noites de prazeres risonhos
 
Depois secaram as folhas de então
até os sonhos deixaram de ser
passou a haver menos ilusão
oniricamente deixaram de acontecer
 
José Carlos Moutinho 
21/1/2024

#ESTE MEU SENTIR O MUNDO

#Aldeia do Paraíso

 𝐒𝐄𝐑𝐀́ 𝐃𝐄𝐌𝐀𝐆𝐎𝐆𝐈𝐀, 𝐝𝐢𝐫𝐚̃𝐨 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐧𝐬, 𝐩𝐨𝐫𝐞́𝐦, 𝐝𝐢𝐫𝐞𝐢 𝐝𝐨 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐬𝐢𝐧𝐜𝐞𝐫𝐨 𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐫, 𝐪𝐮𝐞, 𝐦𝐚𝐢𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐩𝐫𝐚𝐳𝐞𝐫 𝐞𝐦 𝐯𝐞𝐧𝐝𝐞𝐫 𝐨𝐬 𝐦𝐞𝐮𝐬 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨𝐬, 𝐞́ 𝐚 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐩𝐫𝐨𝐟𝐮𝐧𝐝𝐚 𝐞𝐦𝐨𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐦 𝐦𝐢𝐦 𝐬𝐞 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐚𝐧𝐡𝐚, 𝐚𝐨 𝐬𝐚𝐛𝐞𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐢𝐫𝐞𝐢 𝐬𝐞𝐫 𝐥𝐢𝐝𝐨. 𝐄𝐬𝐬𝐚 𝐞́ 𝐚 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐠𝐥𝐨́𝐫𝐢𝐚. 𝐄́ 𝐮𝐦𝐚 𝐬𝐞𝐧𝐬𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐪𝐮𝐞, 𝐜𝐞𝐫𝐭𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐬𝐨́ 𝐚 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐭𝐞𝐦 𝐩𝐚𝐢𝐱𝐚̃𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐚 𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐞𝐣𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐚𝐫𝐭𝐞, 𝐧𝐚̃𝐨 𝐦𝐨𝐫𝐫𝐚 𝐧𝐨 𝐟𝐮𝐧𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐠𝐚𝐯𝐞𝐭𝐚.

𝐎𝐛𝐫𝐢𝐠𝐚𝐝𝐨. 𝐃𝐢𝐯𝐮𝐥𝐠𝐨 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐮𝐦 𝐝𝐨𝐬 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐦𝐞 𝐝𝐞𝐫𝐚𝐦 𝐢𝐦𝐞𝐧𝐬𝐨 𝐩𝐫𝐚𝐳𝐞𝐫 𝐜𝐫𝐢𝐚𝐫.:
𝗔𝗟𝗗𝗘𝗜𝗔 𝗗𝗢 𝗣𝗔𝗥𝗔𝗜𝗦𝗢
Excerto da
SINOPSE
História de três famílias, das muitas que fugindo de uma vida sem futuro, ou por insatisfação da que tinham, partiram certo dia de Portugal, em busca de novos horizontes, de novas e melhores condições ou de outras aventuras, na terra promissora que era Angola.
Ilustrações do saudoso amigo Costa Araújo!
Se interessar, enviem-me mensagem....



sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

 

Aquela porta
Aquela porta esteve tanto tempo fechada
que ao abri-la, ouvi-a chorar as suas dores
com um profundo lamento de alma cansada,
ausência da luz solar e do perfume das flores
que se perderam no tempo de vida passada
Ao entrar na sala escurecida pela solidão
escutei o silêncio vazio que amedrontava,
seria pela ansiedade ou talvez pela emoção
que me levava a descobrir o que eu desejava
encontrar numa casa fechada pela escuridão
Escancarei de par em par as janelas de madeira
pintadas de vermelho amadurecido pelo tempo,
agora com luz por toda a casa, melhor maneira
de procurar o que eu tinha no meu pensamento,
vasculhei tudo calmamente, parecia brincadeira
Móveis muito antigos, papeis velhos, amarelecidos
espalhados pelo chão frio esquecido das horas,
havia também louças pintadas por desconhecidos,
tapetes e alcatifas bordados com cores de amoras,
castigados pela idade que os deixara assim polidos
Eu pensava encontrar coisas misteriosas de assustar
ao entrar naquela casa de porta há muito fechada,
porém, com pena minha nada consegui encontrar,
percorri a sala, os quartos, cozinha e toda a fachada,
sai dali, totalmente frustrado, jurei não mais lá voltar
José Carlos Moutinho



#Amor e Guerra (Romance)

 Este livro é uma fonte de cristalina água de lembranças, de quem um dia passou , viveu ou nasceu em Angola, antes de 1975.


terça-feira, 16 de janeiro de 2024

#Amor e Guerra (Divulgação)


 

#O poema e o fadista

O poema e o fadista

Canta com voz magoada
o fado em tom de balada
do poema que o poeta fez,
trina a guitarra amiga
viola segue a cantiga
a melodia toma vez.

O fado é a alma do poema,
do poema nasce o tema
solta tua voz, fadista
enche a sala de emoção
com a letra da canção
mostra tua veia artista.

Eu que fadista não sou
e às palavras não me dou
escuto fascinado
a voz do poema cantado
que na minha alma poisou
e me deixou enlevado.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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