quarta-feira, 7 de agosto de 2024

#DESPIDO DOS SONHOS

#Viver é uma arte

 

Viver é uma arte
 
Saber viver é uma arte
imprevisivelmente ocorrem situações
com que somos confrontados
 
E é nestes casos que temos de ser inteligentes
podemos parecer até, cobardes
mas isso fica no conceito dos valentões
porque termos o discernimento
para recuarmos em certos momentos
demonstramos neste gesto, simples,
imensa racionalidade
 
Quantas vezes, por insignificantes motivos
pessoas que se atacam brutalmente
como se a razão estivesse plasmada na violência
quando a serenidade é o caminho da paz?
 
Por isso, digo, na acalmia do meu pensar
que, viver é uma arte, é sabedoria,
é recuo e avanço nas atitudes do quotidiano
é calar perante a ofensa,
para se vencer com o silêncio das palavras
 
Confesso que,
no percurso desta existência que me abraça
já fui mais de reacção do que de passividade,
porém, o tempo…
ah…o tempo, este companheiro de todos os instantes
tem sido o mestre que me vai ensinando
indicando-me acções e os passos a seguir
 
Viver é uma arte,
é um privilégio
é felicidade
é também sofrer
mas pode ser paixão
e muito amor!
 
José Carlos Moutinho 
7/8/2024

terça-feira, 6 de agosto de 2024

#ESTOU OU NÃO DE FÉRIAS?

 

Estou ou não de férias?
 
Há algum tempo que estou de férias
e agora que agosto chegou continuo de férias
porque de férias está o meu silêncio
que na quietude do meu sentir
se acomodou na serenidade das minhas emoções
 
Mas… estou de férias… porém, só fisicamente
porque os meus pensamentos não as têm
habituaram-se desde sempre a recusar o descanso
 
Embora eu os aconselhe a sossegarem,
Irritam-se perante a hipocrisia do meu pedir,
porque eu sei (sabem eles)
que pensamentos jamais descansam
no remoinho do tempo
 
Portanto só estou de férias a 50% da ociosidade…
 
E pergunto-me, assim, com ares inocentes
se escrever e pensar fazem parte das férias
ou, pelo contrário, estão ausentes delas?
 
Então, nesta minha divagação pelo recesso
em que, sinceramente, até me confundo
entre o pensar sereno e o fazer ressudado…
 
já não sei se realmente estou de férias
ou se continuo a laborar em ideias
e estas não fazem parte daquele lazer
 
Assim…
em que ficamos, ou melhor, em que fico eu,
que tem esta dúvida:
estou ou não de férias?
 
José Carlos Moutinho 
6/8/2024

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

#Filosofar ou não

 
Nos suspiros do tempo
quando os sorrisos da vida
iluminam os caminhos da felicidade…
 
Há encontros e desencontros
amores e desamores
paixões e frustrações…
 
…porque a felicidade é uma composição
de momentos substantivados e adjectivados
…a vida é a conjugação
de alegrias, tristezas, mágoas e desilusões
 
Assim, quando os sorrisos se proporcionam
há que, jamais, deixá-los esmorecer
porque é no sorrir e no abraço
que existe a fonte cristalina
do encanto e do prazer da vida
 
Obviamente, que, como tudo,
viver é uma batalha constante,
vencê-la é um árduo combate,
que, infelizmente, nem sempre se sai vencedor
porque há quem tenha o infortúnio
da mágoa, da dor e do sofrimento!
 
Confortam-nos, todavia, as glórias que vamos obtendo,
ao deixarmos marca nesta nossa passagem por aqui,
e a alegria e a mais profunda felicidade
de que, seres vindos de nós, sejam a nossa continuidade
 
José Carlos Moutinho 
 1/8/2024

 


 

 

sábado, 27 de julho de 2024

#dança comigo

Porque a vida é uma dança...
amigos vamos dançar
com este poema de José Carlos Moutinho,
DANÇA COMIGO

(Musicado por IA)



sexta-feira, 26 de julho de 2024

#Por falar em sentimentos

 

Por falar em sentimentos
 
Os sentimentos devem ser estranhos
se os analisarmos assim, calmamente
têm atitudes e sentires tão tamanhos
que atordoam o mundo e muita gente
 
Dizem sentir paixão e até muito amor
e depois procedem de modo contrário
afiançam que amizade é bela como flor
atraiçoam, chamando ao amigo, otário
 
Temos ainda aquele de imensa emoção
garantindo uma profunda solidariedade
jurando até que a verdade é a sua razão
porém…oh, tremenda e bizarra falsidade
 
Por isso, e somente porque assim penso
que sentimentos são grandes aldrabões
tantas vezes, ao pensar nisso, fico tenso
quando enfrento imensas contradições
 
Bom…vamos lá a considerar a parte boa
não é regra os sentimentos serem maus
há esperança e fraternidade que destoa
têm ainda generosidade perante o caos
 
E com estes versos sobre os sentimentos
numa brincadeira sadia e alegre, ou não
deixei displicentemente os pensamentos
de quem escreve realmente com emoção
 
José Carlos Moutinho
26/7/2024

Portugal

quinta-feira, 25 de julho de 2024

#Inventar amor

 Inventar amor
 
Ah, poeta de alma grande e inquieta
que calas as tuas mágoas
e gritas as dores do mundo
 
Liberta do teu peito
essa desilusão incontida
que te perturba e inibe teu sorriso
 
Faz de cada verso um caminho
da rima, constrói um marco de luz
na estrofe colocas toda a alegria
que a felicidade exalará pelo poema
 
Mas, poeta, jamais cales o grito
de liberdade e da resiliência
porque tu és a voz dos silenciados
 
Poeta, grande poeta,
do teu silêncio nasce a palavra
através da tua inspiração,
és o sorrir dos amargurados
a luz dos esquecidos
 
Ah, poeta,
ainda que na tua humildade queiras ignorar,
és a força da razão,
porque em poucas palavras libertas a verdade
clamas pela serenidade e paz
acutilas a hipocrisia e o cinismo
repeles a maldade e a vaidade…
 
…com essa tua singela e inata propriedade
de inventar amor, com a beleza da tua escrita
 

José Carlos Moutinho


quinta-feira, 18 de julho de 2024

#Quadras soltas

QUADRAS SOLTAS (Vídeo)
musicado por IA
Quadras soltas

Verso
Solto o poema como um poeta
despreocupado com o seu tema
não corro para atingir uma meta
muito menos para criar esquema

Verso 2
De um sonho improvável faço rio
que corra em caudais de fantasia
juro que pretendo que meu brio
seja a apologia na eventual poesia

Chorus
Se algum dia houver a tal imaginação
prometo que farei das palavras, mar
nas ondas soltarei a minha emoção
escrevendo maresia no meu navegar

José Carlos Moutinho

Portugal

quarta-feira, 17 de julho de 2024

#She passes gracefully


𝗖𝘂𝗿𝗶𝗼𝘀𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲:
𝗘𝘀𝘁𝗲 𝗺𝗲𝘂 𝗽𝗼𝗲𝗺𝗮 𝘁𝗿𝗮𝗱𝘂𝘇 𝗶𝗱𝗼 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗶𝗻𝗴𝗹ê𝘀, 𝘁𝗼𝗰𝗮𝗱𝗼 𝗲𝗺 𝗺𝗲𝗹𝗼𝗱𝗶𝗮 𝗰𝗼𝘂𝗻𝘁𝗿𝘆 𝗽𝗲𝗹𝗮 𝗜𝗔

𝕰𝖑𝖆 𝖕𝖆𝖘𝖘𝖆 𝖌𝖗𝖆𝖈𝖎𝖔𝖘𝖆

𝕹𝖔𝖘 𝖘𝖊𝖚𝖘 𝖘𝖚𝖆𝖛𝖊𝖘 𝖕𝖆𝖘𝖘𝖔𝖘
𝖌𝖗𝖆𝖈𝖎𝖔𝖘𝖆 𝖊𝖑𝖆 𝖕𝖆𝖘𝖘𝖆
𝖊𝖘𝖖𝖚𝖊𝖈𝖊𝖓𝖉𝖔 𝖔𝖘 𝖋𝖗𝖆𝖈𝖆𝖘𝖘𝖔𝖘
𝖈𝖆𝖒𝖎𝖓𝖍𝖆 𝖈𝖔𝖒 𝖌𝖗𝖆ç𝖆
𝖗𝖊𝖈𝖔𝖗𝖉𝖆𝖓𝖉𝖔 𝖔𝖘 𝖆𝖇𝖗𝖆ç𝖔𝖘
𝖖𝖚𝖊 𝖈𝖆𝖑𝖆𝖗𝖆𝖒 𝖆 𝖉𝖊𝖘𝖌𝖗𝖆ç𝖆

𝕮𝖆𝖇𝖊𝖑𝖔𝖘 𝖘𝖔𝖑𝖙𝖔𝖘 𝖆𝖔 𝖛𝖊𝖓𝖙𝖔
𝖇𝖊𝖑𝖔 𝖘𝖔𝖗𝖗𝖎𝖘𝖔 𝖗𝖆𝖘𝖌𝖆𝖉𝖔
𝖑𝖊𝖛𝖆 𝖓𝖔 𝖕𝖊𝖓𝖘𝖆𝖒𝖊𝖓𝖙𝖔
𝖓𝖔𝖛𝖔 𝖗𝖚𝖒𝖔 𝖙𝖗𝖆ç𝖆𝖉𝖔
𝖖𝖚𝖊 𝖑𝖍𝖊 𝖙𝖗𝖆𝖌𝖆 𝖔 𝖆𝖑𝖊𝖓𝖙𝖔
𝖖𝖚𝖊 𝖏𝖚𝖑𝖌𝖆𝖛𝖆 𝖆𝖈𝖆𝖇𝖆𝖉𝖔

𝕰 𝖆𝖘𝖘𝖎𝖒 𝖆𝖑𝖊𝖌𝖗𝖊 𝖊 𝖆𝖓𝖘𝖎𝖔𝖘𝖆
𝖌𝖚𝖊 𝖔 𝖘𝖊𝖚 𝖈𝖆𝖒𝖎𝖓𝖍𝖆𝖗
𝖕𝖊𝖗𝖋𝖚𝖒𝖆𝖉𝖆 𝖈𝖔𝖒𝖔 𝖆 𝖗𝖔𝖘𝖆
𝖈𝖔𝖒 𝖔 𝖈𝖔𝖗𝖆çã𝖔 𝖆 𝖕𝖆𝖑𝖕𝖎𝖙𝖆𝖗
𝖑á 𝖛𝖆𝖎 𝖊𝖑𝖆 𝖑𝖎𝖓𝖉𝖆 𝖊 𝖈𝖔𝖗𝖆𝖏𝖔𝖘𝖆
à 𝖕𝖗𝖔𝖈𝖚𝖗𝖆 𝖉𝖊 𝖖𝖚𝖊𝖒 𝖆𝖒𝖆𝖗

𝕽𝖊𝖋𝖗ã𝖔
𝕮𝖔𝖒 𝖊𝖘𝖕𝖊𝖗𝖆𝖓ç𝖆 𝖘𝖊 𝖊𝖓𝖈𝖔𝖓𝖙𝖗𝖆 𝖔 𝖆𝖒𝖔𝖗
𝕬 𝖋𝖆𝖙𝖆𝖑𝖎𝖉𝖆𝖉𝖊 𝖓ã𝖔 𝖘𝖊𝖗á 𝖊𝖙𝖊𝖗𝖓𝖆, 𝖊𝖒 𝖉𝖔𝖗

𝕵𝖔𝖘é 𝕮𝖆𝖗𝖑𝖔𝖘 𝕸𝖔𝖚𝖙𝖎𝖓𝖍𝖔

terça-feira, 16 de julho de 2024

#Daquele Rio

#Angola dos batuques

 Um poema de saudade, com 7 anos...

Angola dos batuques
Angola,
estás tão longe!
Já não ouço o murmurar
das ondas do teu mar
nem sinto o perfume das acácias,
há tanto tempo que não vejo
o teu maravilhoso pôr-do-sol
nem sinto o cheiro de terra molhada!
Ai quanta lonjura nos separa, Angola,
ainda não esqueci o vermelho
dos teus caminhos
nem o verde esperançoso da tua flora
tampouco a tua fauna
dos meus deslumbramentos!
Sabes, Angola,
por vezes…
vejo-me a pensar nostalgicamente
e sinto na minha pele a humidade
das tuas noites de cacimbo,
revejo as gloriosas alvoradas
que transportavam perfumes
vindos das longinquas matas!
Ai, Angola da minha saudade,
gosto tanto de ti
que te levarei comigo para a eternidade!
Gostaria de voltar a abraçar-te
uma vez mais…só uma
para te trazer definitivamente
na minha alma…
Escuta-me Angola, com atenção…
(Ainda me lembro tão bem
das rebitas nos musseques)
Quero que me dedilhes no quissanje
acompanhado pelo reco-reco,
maracas e marimbas e os eternos batuques,
um merengue de despedida
para que eu possa exorcizar esta dor de saudade
e quando eu tiver que partir
não levar comigo esta dor!
José Carlos Moutinho
18/5/17
Portugal.
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor




sábado, 13 de julho de 2024

#Belas e solidárias são as palavras

 𝑩𝒆𝒍𝒂𝒔 𝒆 𝒔𝒐𝒍𝒊𝒅𝒂́𝒓𝒊𝒂𝒔 𝒔𝒂̃𝒐 𝒂𝒔 𝒑𝒂𝒍𝒂𝒗𝒓𝒂𝒔

𝑷𝒂𝒍𝒂𝒗𝒓𝒂𝒔 𝒆𝒕𝒆𝒓𝒏𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒔𝒆 𝒄𝒂𝒍𝒂𝒎 𝒑𝒆𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒂 𝒐𝒇𝒆𝒏𝒔𝒂 𝒆 𝒂𝒕𝒆́ 𝒐 𝒂𝒎𝒐𝒓, 𝒑𝒐𝒊𝒔 𝒂𝒔 𝒑𝒂𝒍𝒂𝒗𝒓𝒂𝒔 𝒋𝒂𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒇𝒂𝒍𝒂𝒎 𝒂𝒊𝒏𝒅𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒊𝒏𝒕𝒂𝒎 𝒑𝒂𝒊𝒙𝒂̃𝒐 𝒐𝒖 𝒅𝒐𝒓 𝑨𝒕𝒊𝒕𝒖𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒕𝒂́ 𝒏𝒂 𝒃𝒐𝒄𝒂 𝒅𝒆 𝒒𝒖𝒆𝒎 𝒇𝒂𝒍𝒂 𝒑𝒆𝒍𝒐 𝒄𝒂𝒓𝒂𝒄𝒕𝒆𝒓 𝒅𝒆 𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒆 𝒆́ 𝒑𝒐𝒔𝒔𝒖𝒊́𝒅𝒐 𝒑𝒐𝒓 𝒊𝒔𝒔𝒐 𝒂 𝒑𝒂𝒍𝒂𝒗𝒓𝒂 𝒔𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝒔𝒆 𝒄𝒂𝒍𝒂 𝒐𝒇𝒆𝒓𝒆𝒄𝒆𝒏𝒅𝒐 𝒂𝒎𝒊𝒛𝒂𝒅𝒆 𝒂𝒐 𝒐𝒇𝒆𝒏𝒅𝒊𝒅𝒐 𝑫𝒊𝒛 𝒐 𝒅𝒊𝒕𝒂𝒅𝒐: 𝒒𝒖𝒆𝒎 𝒄𝒂𝒍𝒂 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒆𝒏𝒕𝒆, 𝒎𝒂𝒔 𝒏𝒂̃𝒐 𝒑𝒐𝒅𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒆𝒔𝒕𝒂𝒓 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒆𝒓𝒓𝒂𝒅𝒐 𝒔𝒊𝒍𝒆̂𝒏𝒄𝒊𝒐 𝒆́ 𝒂 𝒇𝒐𝒓𝒄̧𝒂 𝒅𝒂 𝒓𝒂𝒛𝒂̃𝒐 𝒅𝒆 𝒈𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒒𝒖𝒆 𝒑𝒓𝒆𝒇𝒆𝒓𝒆 𝒊𝒈𝒏𝒐𝒓𝒂𝒓 𝒐𝒇𝒆𝒏𝒔𝒂...𝒄𝒂𝒍𝒂𝒅𝒐 𝑱𝒐𝒔𝒆́ 𝑪𝒂𝒓𝒍𝒐𝒔 𝑴𝒐𝒖𝒕𝒊𝒏𝒉𝒐 13/7/2024

#Perfumes e sentires

quinta-feira, 11 de julho de 2024

#Se eu fosse rei

# Serenidade e paz

Há silêncios escondidos nas faldas do tempo
que calam os gritos, nos dias tempestuosos
e sorriem na acalmia dos suspiros
 
Quantas vezes aqueles instantes silenciosos
são o mitigar de dores sofridas
pelas atitudes vindas nos ventos das discórdias?
 
Nesta conflitualidade de sentimentos
com a qual esta nossa sociedade se debate
leva a que, por vezes, se silencie a verdade
e se omita a realidade
para que a paz não seja alterada
 
Este comportamento, porém,
pode fazer passar a ideia de cobardia
ou de fragilidade
de quem tem a enorme coragem
de se remeter, com inteligência
 e displicência ignorando a provocação
 
Assim, é no silêncio,
que esta postura comportamental
se eleva, com toda a dignidade
pelas mais altas e etéreas galáxias
da serenidade e paz
 
José Carlos Moutinho





Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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