segunda-feira, 21 de julho de 2025

#QUE GENTE É ESTA?

Quanta loucura grassa por este nosso planeta
onde gente tão abominável
dominam a instabilidade da paz!
 
A cada dia, as notícias dos média,
autênticos momentos de tortura
são-nos mostrados nos ecrãs das TV,s!
 
Energúmenos armados de poder bacoco
e mentes perturbadas
a invadirem outros países,
cerceando a sua independência e liberdade,
a matarem impunemente
tanta gente inocente,
cujo “crime” é o de terem nascido!
 
As potências desta nossa geografia
perderam a dignidade e o respeito
pela vida de quem somente deseja viver,
ignorando o que se passa aos olhos de todos!
 
Ao que obrigaram os nossos olhos a ver…
 
Metralharem pessoas que buscam um pouco de farinha
para se alimentarem,
que, raivosamente, atiram em quem vai buscar água
para sobreviverem a uma outra morte:
a fome,
que mal fizeram as crianças, algumas recém-nascidas,
para serem mutiladas, aniquiladas como coisas,
com toda uma frieza que arrepia!?
 
Pergunto-me, ingenuamente…
se estes seres de sentimentos transviados,
olham os seus filhos,
com o mesmo olhar com que matam os filhos dos outros…
que quando pegam ao colo, um filho seu, neto
ou qualquer criança da sua família,
o carinho que nutrem por eles, será o mesmo como o que sentem pelas crianças que mandaram assassinar!?
 
E todos os países deste mundo louco,
assobiam para o lado,
Ignorando todos estes crimes,
permitindo que os genocídios se perpetuem
pelas mentes doentes, sedentas de poder,
ódio e vingança estúpida,
de gente que se acha superior aos demais,
e donos da verdade e da razão!
 
Selvajaria, direi eu, perante o que me é dado observar,
confrange-me o que se passa na Ucrânia,
na Faixa de Gaza, Cisjordânia
e em alguns países de África…
 
Eu, que até tenho a minha fé,
por vezes, formulo um desejo:
ah, se houvesse Justiça Divina…
mas…
 
José Carlos Moutinho
2025

quarta-feira, 16 de julho de 2025

# Janelas de esperança

Gostaria de escancarar as janelas da esperança
e que os caminhos desta vida
se tornassem mais floridos
e menos aguerridos,
que a estúpida guerra fosse utopia
e a paz, alvorada da felicidade!
 
Gostaria de gritar ao mundo
que acabasse a malvadez,
a atrocidade doentia fosse mentira,
que a vaidade se tornasse humildade
e a harmonia jamais fosse ilusão!
 
Ah, como eu gostaria
de nunca mais ouvir falar em mortes
causadas pelas malditas bombas,
enviadas por energúmenos dementes
imbuídos de estupidez e ânsia de poder!
 
Mas…infelizmente a realidade
afasta-se cada vez mais dos meus anseios,
os homens perderam a dignidade,
as ambições desmedidas cegaram-nos,
tornaram-nos bárbaros,
num tempo moderno e supostamente evoluído,
não pela tecnologia que mata
mas sim, pelos comportamentos sentimentais
de verdadeiros humanos!
 
Penso no futuro que a mim, pessoalmente,
já pouco incomodará, dada a minha provecta idade,
mas que me deixa preocupado e assustado
pelo que poderá causar a outros,
especialmente aos do meu sangue,
e aos meus amigos…
e…afinal, a toda a humanidade
até mesmo, pelas consequências
que trará a este tão sofrido planeta!
 
Que Haja Paz neste mundo!
 
José Carlos Moutinho
15/7/2025 
Portugal



segunda-feira, 14 de julho de 2025

#Minha mente

 
Embora o meu já longevo caminho do tempo
vá entardecendo a minha mente,
esta, porém, recusa-se a deixar de sonhar,
ainda que o cansaço insista,
vai tendo a acuidade possível
para beber na fonte das ilusões
sonhos que tenta concretizar
realizando projectos que pensava improváveis!
 
O corpo, teimoso, resiste a provocações
ditas maleitas, ignorando-as,
ou ousando esquecê-las com truques gímnicos!
 
A mente, autora dos mais variados
e inexplicáveis fenómenos,
tem a capacidade de se sobrepor
à senectude e até à dor física…
 
então, nesta minha modesta percepção
das coisas, que me são permitidas
pela minha consciência,
levo-me, serena e oniricamente
em ousado voo pelos céus da utopia
nas asas de antigos papiros
pintados por eventuais poemas,
ou, simplesmente,
de anseios, ousados e resilientes!
 
José Carlos Moutinho
13/7/2025

 


sábado, 12 de julho de 2025

#Dedico-te, poesia

 𝕿𝖆𝖑𝖛𝖊𝖟 𝖉𝖊̂ 𝖚𝖒𝖆 𝖈𝖆𝖓𝖈̧𝖆̃𝖔 𝖉𝖊 𝖛𝖊𝖗𝖉𝖆𝖉𝖊


*********************************
𝐃𝐞𝐝𝐢𝐜𝐨-𝐭𝐞, 𝐩𝐨𝐞𝐬𝐢𝐚

𝐄𝐬𝐜𝐫𝐞𝐯𝐨-𝐭𝐞 𝐞𝐬𝐭𝐚 𝐜𝐚𝐧𝐜̧𝐚̃𝐨
𝐩𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐠𝐨𝐬𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐭𝐢
𝐜𝐨𝐦 𝐩𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬 𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨
𝐝𝐢𝐳𝐞𝐫-𝐭𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐬𝐭𝐨𝐮 𝐚𝐪𝐮𝐢

𝐐𝐮𝐞𝐫𝐨 𝐚𝐠𝐫𝐚𝐝𝐞𝐜𝐞𝐫-𝐭𝐞 𝐚 𝐫𝐢𝐦𝐚
𝐚 𝐥𝐢́𝐫𝐢𝐜𝐚, 𝐜𝐨𝐦 𝐝𝐞𝐯𝐨𝐜̧𝐚̃𝐨
𝐦𝐞𝐭𝐚́𝐟𝐨𝐫𝐚 𝐝𝐚 𝐭𝐮𝐚 𝐞𝐬𝐭𝐢𝐦𝐚
𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐞𝐯𝐨 𝐜𝐨𝐦 𝐞𝐦𝐨𝐜̧𝐚̃𝐨

𝐒𝐞𝐢 𝐪𝐮𝐞 𝐧𝐚̃𝐨 𝐬𝐨𝐮 𝐩𝐨𝐞𝐭𝐚
𝐞𝐦𝐛𝐨𝐫𝐚 𝐭𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐩𝐨𝐫 𝐯𝐞𝐳𝐞𝐬
𝐪𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐦𝐞 𝐝𝐚́ 𝐧𝐚 𝐯𝐞𝐧𝐞𝐭𝐚
𝐚𝐭𝐞́ 𝐜𝐨𝐧𝐬𝐢𝐠𝐨 𝐜𝐨𝐦 𝐫𝐞𝐯𝐞𝐳𝐞𝐬

𝐂𝐨𝐦 𝐜𝐚𝐫𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐭𝐞 𝐝𝐞𝐝𝐢𝐜𝐨
𝐞𝐬𝐭𝐚𝐬 𝐪𝐮𝐚𝐝𝐫𝐚𝐬 𝐜𝐨𝐦 𝐟𝐮𝐥𝐠𝐨𝐫
𝐩𝐨𝐢𝐬 𝐝𝐞 𝐭𝐢 𝐣𝐚𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐚𝐛𝐝𝐢𝐜𝐨
𝐝𝐞 𝐮𝐬𝐚𝐫-𝐭𝐞 𝐜𝐨𝐦 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐨 𝐚𝐦𝐨𝐫

𝐄́𝐬 𝐚́𝐠𝐮𝐚 𝐩𝐮𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐫𝐢𝐨
𝐦𝐚𝐫 𝐝𝐚 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐢𝐥𝐮𝐬𝐚̃𝐨
𝐩𝐨𝐞𝐬𝐢𝐚, 𝐞́𝐬 𝐦𝐞𝐮 𝐝𝐞𝐬𝐚𝐟𝐢𝐨
𝐥𝐮𝐚𝐫 𝐝𝐞 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐢𝐧𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨

𝐉𝐨𝐬𝐞́ 𝐂𝐚𝐫𝐥𝐨𝐬 𝐌𝐨𝐮𝐭𝐢𝐧𝐡𝐨
𝟏𝟐/𝟕/𝟐𝟎𝟐𝟓
𝐏𝐨𝐫𝐭𝐮𝐠𝐚𝐥

sexta-feira, 11 de julho de 2025

# Oh! Palavras lindas

Já nada sei das palavras caladas
que deixaram de me contar
dos momentos de sorrisos
e dos suspiros das paixões
 
Já não sei se é por displicência,
ou se é pelo cansaço dos anos,
sei, isso sim, que perdi a informação
que sempre recebera,
e que me apaziguava a inquietude dos dias
 
Claro que as palavras continuam lá,
sempre silenciosas
e prontas a responderem silenciosamente,
quando a elas nos dirigimos…
e por esta mesma razão,
não me conformo,
que comigo se tenham abstido de responder,
ainda que fosse por gestos sentidos
e pela amizade que nos une,
há longos anos…
…pelo menos é esse o meu pensamento,
que entre nós exista, realmente, amizade,
porque da minha parte,
confesso, de coração radiante,
sempre senti um carinho imenso por elas,
as palavras, claro…
 
Porque nesta incerteza que me abala,
e me deixa, também, calado,
com palavras caladas,
o que acontecerá,
será um triste monólogo silencioso
 
Oh! Palavras lindas…
se estão zangadas comigo, por favor façamos as pazes,
e voltemos à nossa relação de camaradagem…
sem vós, não poderei jamais escrever!!
 
José Carlos Moutinho
11/7/2025 
Portugal



quinta-feira, 10 de julho de 2025

# Vamos lá sorrir, a vida é célere

Tanta anormalidade vejo eu
neste mundo onde vivemos
até já ouvi o que é teu é meu
à época que outrora tivemos

Que vale mais cair em graça
do que ser muito engraçado
talvez isso seja uma chalaça
ou um tema para triste fado

Houve casos de homenagem
a quem nem achava merecer
quem recebeu foi a coragem
quem escrevia era por prazer

Há, portanto, grande confusão
nas manifestações de hipocrisia
já não sabemos o que é razão
valha-nos, pois, a nobre poesia
 
Pouco vale ter dom p’ra poesia
sequer é preciso saber poemar
ChatGpt escreve de noite e dia
basta qualquer “poeta” solicitar
 
José Carlos Moutinho

10/7/2025

# Aconchego das palavras

Retenho momentos na minha memória
que guardo em silêncio dentro de mim
embora o passado já não faça história
recordações são flores do meu jardim
 
Que o esquecimento jamais seja futuro
tenho essa esperança na minha viagem
se não houver mudança enquanto duro
assim, enfrento eu a vida com coragem
 
Na longa distância entre agora/passado
ficou todo um caminho de crescimento
terá havido ausência no rumo pensado
mas o afecto foi sempre o maior alento
 
Se algum vez aconteceu o tal desapego
não o reconheci como sendo vibrante
pois até mesmo a solidão foi aconchego
paternidade fez-me um ser importante
 
José Carlos Moutinho 
Portugal

segunda-feira, 7 de julho de 2025

#MELANCOLIA (Vídeo)

# Melancolia

Numa certa tarde de melancolia
perguntei ao passado,
notícias do meu outro tempo,
mas o passado, porque já o era,
calou e não me respondeu
 
Desanimado, recorri à memória
que sei ter guardado instantes do tempo,
que agora desejo relembrar
 
E a minha mente, já cansada
pela longa viagem vivida,
serenamente, foi-me oferecendo
pedacinhos simpáticos daqueles momentos
onde eu tivera a felicidade de ter estado
 
Então, de coração mais calmo,
a melancolia foi esmorecendo
dando espaço à nostalgia,
que me ia recordando muito,
do que me parecia esquecido
 
Curiosamente, revivi a minha adolescência,
quando, inocente, eu imaginava o amor
como algo inatingível,
só acessível aos arrojados
que usavam palavras bonitas
e, quiçá, atrevidas…
mas que as meninas gostavam de escutar
deixando-se conquistar
 
Chegou-me, também, nesta viagem mental
a lembrança das paixões,
dos amigos e das farras de garagem…
 
Recordei ainda, a alegria sentida
nas areias douradas das praias,
pela contemplação dos corpos esbeltos
das raparigas e da sua beleza…
 
Então…
 
…Achei que já bastava o que havia recebido
no retorno ao outro meu tempo,
frustrado, porém, mas presente na realidade de agora,
fechei o baú velho, empoeirado, mas valioso,
para quando acontecer outra tarde melancólica
e saudosa, eu volte a abri-lo,
carinhosamente.
 
José Carlos Moutinho 
6/7/2025



domingo, 6 de julho de 2025

# Versos à toa, ou não


Soubesse eu escrever sobre o amor
deixaria aqui no facebook uma carta
não das ridiculas sem qualquer valor
mas sim, um texto de emoção farta

Como não sei, escrevo duas estrofes

como as ridiculas, sem nenhum valor
porém, são serenas, sem apostrofes
para mostrar que talvez saiba d'amor

José Carlos Moutinho
6/7/2025

sábado, 5 de julho de 2025

# Que será, será...

Será que nasci para a poesia
ou a poesia nasceu para mim
pois era jovem e sequer sabia
que poesia é um eterno festim

Hoje faço quadras, até rimadas

tentando achar a raiz do sentir
sei que as palavras são amadas
escrevendo-as gosto de as ouvir

José Carlos Moutinho
5/7/2025

#Brincando com coisas sérias

 Brincando com coisas sérias

....
Escrevo porque gosto e para que gostem
a melhor maneira de sabermos é dizerem
se não sentimos o que realmente sentem
jamais o saberemos se nunca o disserem

Pode ficar a dúvida e levar-nos a desistir
de publicar nosso sentimento em poesia
escrevemos com a felicidade de um sorrir
gostamos de respostas feitas com alegria

José Carlos Moutinho
Qualquer data e hora

quarta-feira, 2 de julho de 2025

#Vontade

 

Dúvidas adormecidas nos sonhos despertos
são atalhos de caminhos por percorrer,
anseios perdidos nas improbabilidades
 
E quando a luz da realidade
ilumina os mares da ansiedade
e os acalma na maresia do sentir,
há todo um querer, quase displicente,
em navegar por rumos jamais navegados
 
Mas, se a vontade se deixar imergir
em oceanos obscuros sem sorrisos
nem esperanças
será, certamente, engolida pela frustração
 
Há sempre, em cada dia,
deste calendário
imparável do nosso tempo,
momentos de salvação
aninhados em catarse de emoções
 
Amanhã é futuro desconhecido,
perturbador, quando visto numa perspectiva
redutora da existência
imbuída de imensa expectativa
 
Hoje, urge viver o presente,
os dias são átomos esvoaçantes
que se perdem nos braços dos meses,
e estes, tais colibris,
vão beijando os anos,
que, por sua vez,
esmorecem inexoravelmente.
 
José Carlos Moutinho

PORTUGAL




sexta-feira, 27 de junho de 2025

# Sem que desejes

Quantas vezes, sem que desejes
encontras pedras no teu caminho
desvia-te delas e jamais as deixes
que te magoem como espinhos

Se procurares tens tantas opções
que te permitem fugir das dores
são momentos feitos de emoções
que surgem como as belas flores

Foi neste repente que aconteceu
esta curta viagem pelas palavras
nascidas autênticas, tal como eu
permitindo dizeres o que calavas
 
José Carlos Moutinho 
27/6/2025

quinta-feira, 26 de junho de 2025

#Interrogações

Porque chora o vento
se ele tem toda a liberdade
de poder viajar por onde desejar
sem que nada, nem ninguém o proíba?
 
E qual a razão que, ao contrário do vento,
que sopra, irrita-se, inflama-se, grita e chora,
a suave brisa, acaricia, beija, murmura e acalma…
 
será que a Brisa existe, somente para contrariar o vento?
 
Mistérios ou talvez não,
Já que são situações meteorológicas
que todos conhecem
no dia a dia do soprar dos tempos…
 
Por outro lado,
existem fenómenos da humanidade
que, esses sim, confundem e talvez sejam inexplicáveis
aqueles que berram, tumultuam, descompõem, ofendem,
provocam arruaças e tropelias, sempre descontentes
com o mundo e com eles próprios
depois…
ah…depois…felizmente,
há os de alma grande, de coração jubilante,
de pura amabilidade, simpatia, cortesia
de abraço sempre pronto e sorriso de amizade,
que servirão, sem dúvida,
para o equilíbrio da balança comportamental!
 
Nesta minha Introspecção meditativa,
sem preocupação pelo correr do tempo
nem sob pressão de alguém interrogador,
levo-me, ave voadora e solitária,
pelos céus do pensamento…
 
e…penso, penso…
sobre a razão da nossa existência
desde o nascer até ao fenecer,
qual é, afinal, o verdadeiro propósito da nossa missão,
no percurso pelas horas, dias e anos desta vida…
e de “só” termos determinado prazo
para realizarmos, o que, na maioria das vezes, não realizamos
porque, talvez, acreditemos
que teríamos muito mais para conseguir?
Isto sim, são para mim, obviamente,
mistérios indesvendáveis,
porque, como leigo, de alma crítica e curiosa,
e simples caminhante pela estrada desta vida
tento encontrar respostas,
que, a existirem,
certamente, só as encontrarei numa outra caminhada
quiçá, bem longe, do pó desta vida.
 
José Carlos Moutinho
22/6/2025 
Portugal

sexta-feira, 20 de junho de 2025

#TENHO SAUDADES (Vídeo)

#De repente...


Podes dizer tudo que te aprouver
mesmo que nada seja verdade
nunca poderás pensar ou dizer
que em mim morreu a saudade

Ainda que te atrevas a contrariar
todas as minhas emoções sinceras
resta dizer-te que não sabes amar,
pois vives, perdido em quimeras

Aceita com humildade o que digo
perde esse teu tom crítico e jocoso
saber viver, ter por perto um amigo
é um caminho sério e maravilhoso
 

José Carlos Moutinho

20/6/2025

quinta-feira, 19 de junho de 2025

#Tenho saudades

Tenho saudades das suaves e cálidas brisas
dos dias de acalmia beijados pelas emoções
 
Tenho saudades dos abraços sinceros
dos amigos desprendidos de preconceitos e vaidades
 
Tenho realmente muitas saudades
de outros tempos, tão recentes,
mas que, dolorosamente, me parecem longínquos
 
Se, por alguma razão, de ordem sentimental
pensarmos que…
o que é bom em determinado momento
o será para sempre nos dias que nos abraçam
e que por nós passam, indeléveis e silentes,
estamos, absolutamente, enganados
 
Nada é o que foi!
Ainda que esse FOI, tenha sido ontem
o HOJE é tão displicente e frio
que perturba até,
os ânimos da menor sensibilidade
 
A cada instante do dia a dia,
deparamos com total indiferença
daqueles que outrora se diziam amigos,
alguns haviam, que se intitulavam de admiradores,
quantas vezes, porém,
ultrapassando os limites do bom senso
numa descarada e hipócrita bajulação!?...
 
Mudam os tempos, mudam as ideias
os comportamentos perdem o valor de antanho
procede-se conforme a ocasião e a conveniência
com total despudor
e sem a menor preocupação de consciência
 
Claro que os tempos são outros
as guerras devem, certamente, perturbar as mentes frágeis
que se deixam levar pela facilidade
“do deixa para lá, que se lixe…
o que importa é que eu esteja bem”….
 
Confesso que abomino os comportamentos de tanta gente,
que fazem parte desta vivência em que me insiro
e eu, que de alma entristecida, permito-me ter saudades
daqueles outros tempos
onde a amizade, a palavra, a dignidade eram valores
inestimáveis.
 
Há desalento na caminhada que se previa airosa, sorridente e longa,
porém, os ventos contrários da emulação, dificultam o prosseguimento.
 
José Carlos Moutinho
19/6/2025

Portugal

segunda-feira, 26 de maio de 2025

# Despertar de memórias

Quando as memórias despertam
neste tempo louco de agora
trazem-nos uma lufada de fresca brisa
que alimenta a saudade dos corações
e, quiçá, acalme os espíritos cansados
pela panóplia de contrariedades e vícios
transeuntes de uma vivência castigada
dos tempos que se vão vivendo
 
Sentimentos escondidos em becos de breu
a verdade a cair das escancaradas janelas da mentira
o moral obscuro e perturbado pela hipocrisia
 
Há um absoluto desequilíbrio
entre o ser e o ter
as mãos crispam-se descontroladas e agressoras
 
Os braços perderam a capacidade de abraçar
as palavras fáceis de pronunciar pela gentileza
tornaram-se vulcões de impropérios e desatinos
 
Quase tudo se metamorfoseou neste planeta
o mal tomou preponderância perante o bem
o sorriso fechou-se em escárnio e provocação
 
…não está, ainda, muito longe
um outro tempo onde imperava a dignidade
e o de bem querer ao seu semelhante
e de saber respeitar para ser respeitado
de amar para ser, simplesmente, amado
de dar, sem se preocupar em receber
de viver com a consciência serena
e receber a chegada de cada aurora
com a esperança feliz de mais um dia de vida
 
José Carlos Moutinho
26/5/2025 
Portugal



domingo, 25 de maio de 2025

#5 livros

 Os meus mais recentes livros publicados, que tenho em stock,

para quem desejar pedi-los:




#Neste mesmo instante, pensei!

Estou aqui, neste momento,
a pensar que já me preocupei
com o que alguns, de mim diziam,
talvez até, tivessem alguma razão
ou talvez não…
Mas, pensando bem, pergunto-me:
com que direito têm esses tais
de me analisarem ou comentarem
sobre o que sou ou o que faço,
ou se escrevo bem ou não,
se tenho muitos ou poucos livros publicados?

Quem são eles,
(continuo no meu pensamento)
para se arvorarem de juízes
e sabichões, julgando-me,
achando-se mais, do que na verdade são?

…E continuando neste meu pensamento
solitário e sereno,
sorrio à presunção de alguns
donos do saber e da arrogância,
que, quantas vezes,
deturpam o léxico desta nossa difícil língua,
enchem-se de prosápia,
sentam-se na cátedra da ignorância
e disparatam sabedoria pelos ares…

Então, desde há algum tempo
a este meu tempo calmo, de agora,
deixei, em absoluto de me preocupar
com o ruído dessas vozes contrárias
às tranquilas brisas, que sopram, doces,
na minha seara de palavras simples,
que poderão respirar poesia, suspirar prosa
ou serem, simples sentires perdidos
nas utopias do meu pensamento.

José Carlos Moutinho
25/5/2025

quinta-feira, 22 de maio de 2025

#viajando pela memória

VIAJANDO PELA MEMÓRIA
José Carlos Moutinho
Portugal.

Quando os meus dias se acinzentam,
cansados,
sento-me nas escadas do tempo
que por mim passou,
e recuo até onde a lonjura,
minha parceira,
me ofereceu tantos e tantos devaneios
em abraços de felicidade!

Deixo-me levar na leveza dos meus pensamentos,
suspiro lembranças que as horas não esqueceram,
recordo instantes de ilusão,
viajo pelos espaços que foram meus abraços,
penso-me a beijar quem gostaria de ter beijado,
caminho sobre as pedras da minha juventude
que me contam histórias de mim,
já esquecidas…

No jardim onde as acácias vermelhas eram rainhas,
havia um banco, onde eu me sentava
nos momentos de instropecção,
voltei a estar sentado nesse mesmo banco,
e aspirar o perfume doce das belas acácias,
sonhando com as paixões, que eram só minhas,
que se perderam, porém, dentro da minha essência!

Há em mim, agora que me desnudo,
uma emoção simbiótica
de catarse e exorcização
que me encanta, acalma e faz sorrir minha alma,
pois este meu tempo, que agora é o meu,
compensou-me de tudo que não realizei
no outro tempo, que deixou de ser meu.

quarta-feira, 21 de maio de 2025

#Deleite de um sonho

 DELEITE DE UM SONHO

Deslizavam como sombras na noite
porque o sol dos pensamentos findara,
escondiam-se no medo do afoite,
ainda a alvorada não despertara
As sombras não eram mais do que ilusão
de mentes cansadas por frustrações
que faziam da noite sua ocasião
para libertarem suas emoções
São mistérios que se desconhecem
nesta vida passageira e terrena
de um planeta onde as coisas acontecem…
Não obstante, como tudo tem um fim,
a noitada das sombras acabou,
para deleite do sonho de mim



terça-feira, 20 de maio de 2025

#HÁ UM SILÊNCIO


 

#ASAS DO VENTO EM DESVARIO

 ASAS DO VENTO EM DESVARIO
José Carlos Moutinho
Portugal.

Os ventos agitavam as asas em desvario,

provocando um redemoinhar de sentimentos,
levantavam do chão negro do asfalto
alguns papeis pintados de desabafos,
que descontrolados esvoaçavam
como borboletas desavindas!

E no redemoinho inusitado,
inventaram-se quietudes
tentando serenar os silvos ventosos
que teimavam em perturbar!

Só depois que o sol se fez presente,
trazendo nos seus braços o aconchego
de um fim de tarde matizado de sorrisos,
é que o soprar desatinado
se vestiu com as cores do zéfiro!

Depois na acalmia do entardecer,
quando a tarde cedeu o lugar à noite
e na meditação floresceram abraços
que docemente foram oferecidos
a quem deambulasse pelas ruas dos sonhos
e que trouxesse em si o luar, fez-se festa!

E fez-se festa até à alvorada…
Com os desabafos dos papeis pintados,
coloridos pelos sorrisos do sol
terminando nos braços,
oferecidos em afectuosos abraços
pelo luar, vindo no carinho da noite.

segunda-feira, 19 de maio de 2025

#Dançavas

 DANÇAVAS
José Carlos Moutinho
Portugal

Vi-te dançar...

deslizavas pela pista de dança
com a graciosidade de uma flor
cujas pétalas bailavam ao vento...

sorrias...
com um sorriso aberto e cintilante
como se tivesses o mundo a teus pés,
e, rodopiavas elegante e segura,
umas vezes com a suavidade da ternura
outras num ritmo de paixão…

e dançavas…alegre e feliz
talvez por que deixasses para trás
um ano velho sem saudades
e quisesses abraçar o novo que chegava
com a felicidade dos teus anseios...

e dançavas...
volteando pela sala iluminada
tal ninfa, sorridente e feliz
sobre as águas dos teus sonhos…

e sorrias
e dançavas
e encantavas.



sábado, 17 de maio de 2025

# Emoções e pensamentos

Do berço das emoções
libertam-se os pensamentos
que sorriem ao mundo, alguns,
outros, que se levam por aí, em desatino,
 
são instantes, tantas vezes
simples hiatos de segundos,
que influem, inexoráveis, nos comportamentos,
 
quando, por acaso, se metamorfoseiam
em atitudes de alguma irracionalidade,
criam situações que podem levar
aos mais inesperados actos!
 
Porém, quando esses mesmos instantes
têm a fragrância do amor,
tudo é diferente, apaixonante
e revelador de que o ser humano
até tem, realmente, o sentir
que da humanidade, dita normal,
é pertença!
 
Sentimentos são pérolas
que das ostras das almas
se mostram ao mundo,
com o brilho da simplicidade
e com a cor vibrante da vida
 
A vida sem emoções
seria, certamente, amorfa,
sem qualquer átomo de felicidade,
talvez fosse como viver na escuridão,
onde o Sol se ausentasse
a cada dia do nosso respirar.
 
José Carlos Moutinho 
Portugal

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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