segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Olhos castanhos (Fado)





O castanho dos teus olhos
É a cor do meu desejo,
Não fossem os escolhos
Eu te daria um beijo
E abraços aos molhos.

Ai bela e doce mulher
Sem ti não sei que fazer

Quando te vejo passar,
Salta o meu coração
De alegria ao ver teu olhar,
Que com muita emoção
Me fascina contemplar.

Será amor ou loucura
O que eu por ti, sinto,
É uma imensa ternura
Que grita ao meu instinto
P’ra apertar tua cintura.

Ai bela e doce mulher
Sem ti não sei que fazer

José Carlos Moutinho
“Reserv.dir.autorais”

domingo, 21 de dezembro de 2014

Silêncio da noite





Ouço o  murmurar das árvores

no silêncio relaxante da noite,

são sons de melodias arrepiantes

que me acariciam em doce açoite

e me fazem pensar na existência

do universo, nas latitudes distantes!



E na serenidade da minha esperança,

deixo-me levar no divagar pelo encanto,

que em meu redor, mostra sua pujança,

suspiro sob o luar que em mim se faz manto.



Sinto-me tão pequeno, talvez até, seja nada,

nesta grandeza que na escuridão se oculta,

sou elo da conjuntura por vezes desvairada

de imensos contrastes, onde a vaidade avulta.



Estou sereno, nos pensamentos que me falam,

sou o que sou, simples, humano, insignificante,

serei a voz da humildade e franqueza que se calam

na singeleza, que me toma ser de alma relevante.



Alvorecem-me os sonhos na luz que me ofusca,

pelo despertar de uma viagem fantástica de prazer,

sou a alegria do meu sentir, num coração que busca

tranquilidade, nos sorrisos e abraços do meu viver,

Ignoro palavras ofensivas, mesmo de gente vetusta

que a minha passagem terrena seja um feliz conviver!



José Carlos Moutinho

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Sem abrigo





O frio mordia-lhe a pele,
o vento açoitava-lhe o corpo
e arrastava os lençois de cartão,
a chuva impiedosa ensopava-lhe a alma!
Era muito triste a sina dele,
o destino prostava-o como morto,
sem dói, em total e desesperada desilusão
numa vida miserável impelindo-o a forçosa calma!

Mundo este, de desvarios e desilusões
que o arrastava pelos ventos do nada,
onde jamais encontraria o futuro
que para ele nunca existiu,
porque a luz do seu nascer
condenou-o a uma peregrinação
por caminhos de pedras agrestes,
obstáculos ao seu inexistente porvir.

José Carlos Moutinho

domingo, 14 de dezembro de 2014

Mãe querida (Fado)



Mãe, minha querida mãe
És a mais bela estrela
Que lá do alto me alumia,
Foste sempre singela
No amor que em ti havia.

Por vezes, querida mãe,
Queria ter o teu abraço
E um doce beijo também,
Mas sei que lá no espaço
Cuidas de mim muito bem.

Do teu terno sorriso
Tenho imensa saudade,
Teu rosto era bondade
Reflexo de um coração
Com muito amor e emoção.

Quando da vida eu partir
Guarda no céu, um lugar,
Porque te quero contar
O que o tempo não deixou
E a juventude calou.

José Carlos Moutinho
*Reserv.dir.autorais*

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Fado é fado (Fado)



O fado é da madragoa
ou da castiça Alfama,
será mesmo de lisboa
ou da mouraria que se ama
onde não se canta à toa?

Sem alma não há fado
Seja aqui, ali ou acolá,
Será em qualquer lado,
No sul, norte ou por cá,
Tem de ser bem cantado.

Fado não tem morada
Ri, chora, ama e canta,
Gosta de sardinhada
E vinho p’la garganta
Até de madrugada.

Fado é fado e mais nada,
É canção de paixão e amor,
É tristeza cantada
É o desejo com fervor,
Fado é fado e mais nada.

José Carlos Moutinho
*Reserv.direitos autorais*

Azul do teu olhar (Fado)





Não sei porque choras tu
Se podes ser feliz,
Talvez escondas no baú
O que teu olhar não me diz,
Por ser segredo ou tabu.

Sorri, doce morena
Com o azul do teu olhar,
Tens beleza serena
Também sabes encantar
Como a bela acuçena.

Tuas mãos de terna seda
São núvens de carícia,
Que meu coração enreda
Com o teu ar de malícia
Que tua boca segreda.

É uma loucura o teu olhar
Azul da cor do meu mar
Navego na tua maresia
Esta paixão em doce orgia

José Carlos Moutinho
*Reserv.dir.autorais*

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Lisboa querida (Fado)





Lisboa que és tão cantada
Mostra a luz da cidade,
Diz-me porque és tão amada
Minha eterna saudade
Que p’lo Tejo é beijada.

Tens um encanto especial
Nas tuas sete colinas,
És cidade sem igual
Deste nosso Portugal
No teu olhar de menina.

Gosto de estar contigo
Minha querida Lisboa,
Andar pelas ruas à toa,
Sentir teu sol amigo
No teu abraço eu revivo.

José Carlos Moutinho
Reserv.dir.autorais

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Porque teimas tu (Fado)



Porque teimas tu, mulher
Se eu já te disse tudo,
assim ninguem te quer
nem tuas mãos de veludo
farão de ti outra mulher.

Tens de mudar querida
Ser doce e carinhosa
E não tão convencida,
Porque a vida é gostosa
Simples de ser vivida.

Se um dia, mulher, pensares
Em tudo o que eu te digo
De que é melhor mudares,
Tua vida fará sentido
Andes por onde andares.

Estarei aqui à tua espera
Para te dar o meu amor,
Minha paixão é sincera
Quero-te com muito ardor
Minha doce quimera.

José Carlos Moutinho
*Reserv.dir.autorais*

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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