quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020
Poema sem nome...só para divertir
Escrevo estes versos
como quem vai ver o mar
piso caminhos dispersos
até me sentar a observar
perguntam o que observo eu
e eu respondo que nada
porque se eu não sou ateu
olho o céu de voz silenciada
e dirão vocês outra vez
mas estás silencioso porquê
e eu que nem sou chinês
replico é vontade do freguês
ah...mas isso é um disparate
repetirão certamente todos vós
o que tu estás é no engate
corei e fiquei até sem voz
José Carlos Moutinho
13/2/2020
Introspecção
O mais difícil não é escrever livros, mas sim, conseguir que sejam editados por alguma editora que, minimamente, os divulgue através dos meios livreiros.
Porém, para mim, simples desconhecido, o mais importante, é a presença e o calor das pessoas que me cercam aquando do lançamento de um livro.
Ver uma sala repleta é a consagração de um autor e uma garantida prova de amizade ou de apreciação pelo que escrevemos.
Depois, é a continuidade dessa manifestação de amizade ou de aceitação pela minha escrita, nos pedidos que me são feitos à posteriori ou pela minha divulgação..
A minha maior satisfação é saber-me em casa de cada amigo/a ou simples leitor. Sinceramente, sem demagogia.
Bem Hajam, a minha gratidão a todos que têm estado comigo, sem vós, há muito que teria arrumado a caneta ou...o teclado!
É bom recordar
Em 2015, foi a minha primeira passagem pela RTP África, no programa Bem Vindos, entrevistado pela excelente jornalista Claudia Leal...é bom recordar
E...pronto!
Não te escrevo mais
teu silêncio é doentio,
nem sei se são normais
as atitudes do teu feitio,
talvez volte a escrever
não para ti, sua ingrata,
haverá quem saiba ler
e não seja tão insensata
José Carlos Moutinho
13/2/2020
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020
Garina
Tinhas perfume de manga
e cor doce de chocolate,
adornavas-te com missanga
pintavas os lábios de escarlate
Tinhas gingar de bailarina
e sorriso de sol nascente,
foste a mais bela garina
de olhar profundo e ardente
José Carlos Moutinho
12/2/2020
terça-feira, 11 de fevereiro de 2020
Tempo de juventude
As margens corriam contra mim,
quando eu, ignorando a sua acalmia,
passava por elas vertiginosamente
numa correria inconsequente
e rebeldia sadia,
ou talvez não…
Não importavam as consequências
se a loucura era prazer,
e as estradas negras de asfalto
ou vermelhas de pó,
livres,
para se gozar a vida,
porque o tempo,
sempre o tempo…
corria mais depressa que eu
e o carro que me gritava,
no roncar do seu motor
mais, mais
levava-me a desejar vencer
a corrida contra aquele tempo,
tempo de juventude,
de exaltadas emoções,
de paixões, amores
e frustrações,
de perdas e ganhos
choros e risos,
abraços e beijos…
era a vertigem vivida
num tempo sem tempo,
era alegria, felicidade
que trouxe a saudade
à memória
José Carlos Moutinho
6/2/2020
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020
Sorrir à vida
Deixem-me sorrir à vida
ainda que o dia se acinzente
a felicidade é para ser sentida
sempre que se caminhe em frente
Porque se hoje o tempo chora
amanhã será outro dia, virá o sol
há que viver alegremente cada hora
navegar confiante em busca do farol
José Carlos Moutinho
10/2/2020
domingo, 9 de fevereiro de 2020
sábado, 8 de fevereiro de 2020
Paradoxos
Há jardins no céu
perfumados por nuvens alvas
e oásis no mar
coloridos por miragens,
há luares encantados
em pensamentos vadios
e voos perdidos de gaivotas
em dias de bonança,
há obstáculos em caminhos
vencidos facilmente pela coragem
e vaidades exacerbadas
em mentes entorpecidas,
há simplicidade latente
em brisas incógnitas
e presunção em desvario
nos ventos da insignificância,
há de tudo e de nada
neste mundo de tanto e pouco,
onde o tanto pode ser tão pouco,
e o pouco pode ser tanto,
num paradoxo incomensurável.
José Carlos Moutinho
8/1/2020
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020
Mente viajante
Por vezes, sinto-me levitar,
não...não é o corpo,
esse, pesado, aquieta-se
na cadeira que o sustém,
falo da minha mente que voa
em digressões sem destino,
ondula simplesmente por aí,
em pensamentos, quiçá, perdidos,
em busca de nada,
porque nada lhe ocorre
a não ser que se sente perdida
e viaja, solta, vadia
em toda a sua propriedade única,
de livre pensadora,
então, arvora-se, autoritária,
independente e, até, possessiva,
ignora-me,
recusa-se ao meu chamamento
e percorre o mundo,
eu, impotente e resignado
continuo sentado
na cadeira que suporta
a minha fragilidade humana,
subjugada por uma mente desobediente
José Carlos Moutinho
3/2/2020
Meus livros vendidos
Embora tenha 12 livros publicados, só Nove (9) foram feitos em Portugal (os outros 3 foram editados pela Amazon)
Fui contar quantos exemplares foram vendidos daqueles NOVE (9) livros e...wow...
concretamente 5.358...e continuo pobrezinho (bolas...)
Simples quadra
...
os ventos rugem, o tempo passa
dores que vêm, sorrisos que vão
mas a vida, creiam, é uma graça
se a vivermos com muita emoção
José Carlos Moutinho
7/2/2020
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020
Tão pequenos
Somos tão pequenos,
tão pouco, neste universo,
na vida somos simples acenos
de um poema com um só verso
teu corpo efémero, passageiro
de um tempo que não controlas,
deixarás obra se fores obreiro,
e viajarás um dia, de charola's
José Carlos Moutinho
6/2/2020
Sinto-me
Já não sei de mim,
perdi-me entre os meus sentimentos,
que me concedem a graça
desta emoção que me abraça
os pensamentos,
sei que não sei de mim,
sinto-me simplesmente,
deixo-me levar neste enlevo
com que o meu tempo
me segura
José Carlos Moutinho
6/2/2020
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020
Escrevo tudo e nada
Descontraído escrevo tudo e nada
achando que sou poeta ou escritor
pois tenho uma força determinada
que faz pensar-me um escrevinhador
Então escrevo em desatino sem parar
são quadras, sonetos, estrofes livres
faço metáforas, tento rimar
nascem temas alegres alguns tristes
Aos poucos vai aparecendo o poema
assim como um milagre inesperado
vou pintando este meu belo sistema
Sem preconceito nem sequer vaidade
Também escrevo cantigas e fado
Fazendo-me sentir realizado
José Carlos Moutinho
24/1/2020
terça-feira, 4 de fevereiro de 2020
Sentires
Há palavras que gritam dentro de mim,
porém, quando tento soltá-las,
revoltam-se, calam-se,
emudecem-me,
aquietam-me ,
até que, após alguns instantes,
ouço o murmúrio de outras palavras,
não as que anteriormente eram gritadas...
eu, simplesmente,
sinto-as no meu peito
e...sorrio
José Carlos Moutinho
4/2/2020
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020
A Força de Amar (romance)
Paixão, amor, desilusão, simplesmente porque a vida é assim.
Peça-me o romance :
A FORÇA DE AMAR,
Pela opinião de quem o leu, não ficará desapontado/a
Mente viajante
Por vezes, sinto-me levitar,
não...não é o corpo,
esse, pesado, aquieta-se
na cadeira que o sustém,
falo da minha mente que voa
em digressões sem destino,
ondula simplesmente por aí,
em pensamentos, quiçá, perdidos,
em busca de nada,
porque nada lhe ocorre
a não ser que se sente perdida
e viaja, solta, vadia
em toda a sua propriedade única,
de livre pensadora,
então, arvora-se, autoritária,
independente e, até, possessiva,
ignora-me,
recusa-se ao meu chamamento
e percorre o mundo,
eu, impotente e resignado
continuo sentado
na cadeira que suporta
a minha fragilidade humana,
subjugada por uma mente desobediente
José Carlos Moutinho
3/2/2020
domingo, 2 de fevereiro de 2020
Minha vida literária
Depois da realização deste vídeo, lancei mais dois livros, romances com os títulos:
ALDEIA DO PARAÍSO (2018) e A FORÇA DE AMAR (2019)
ALDEIA DO PARAÍSO (2018) e A FORÇA DE AMAR (2019)
Coisas do tempo
Sou do tempo,
em que a água, caprichosamente,
corria por debaixo da ponte,
vinda da imensidão do mar alto
para os braços da majestosa e acolhedora baía!
Sou do tempo,
em que mataram a felicidade
que a água sentia na tal viagem
do mar para a baía,
quando fecharam a sua passagem
por debaixo da velha ponte!
Sou do tempo,
em que a água que antes era límpida
pela constante renovação,
deixou de ser apetecível
e me forçou a deixar de frequentar
a pequena praia
que existia à esquerda
de quem entrava
na maravilhosa ilha do Cabo!
Sou do tempo,
ah que saudoso tempo…
que não quer deixar de me atormentar
com esta pertinente saudade,
em que, do alto da imponente
Fortaleza de S. Miguel,
à sombra de uma Acácia
que me perfumava os sentidos,
eu passei tantos instantes das minhas emoções,
imbuído de uma imensa felicidade,
a contemplar toda a beleza e esplendor
que me era permitido vislumbrar
José Carlos Moutinho
2/2/2020
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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