sábado, 29 de fevereiro de 2020
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020
Fosse sol
...
Se o meu sentir fosse sol
toda a tristeza seria irradiada,
os raios da minha cintilação
levariam a cada coração a luz
cálida do aconchego
e um abraço de alegria
José Carlos Moutinho
28/2/2020
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
Bela brisa
Quero sentir a brisa
que por mim passa silenciosa
talvez me faça uma cantiga
para oferecer à Preciosa,
Pode ser que ela nem aprecie
mas fica em mim, satisfação
que pelo menos não deprecie
a oferta desta linda canção
José Carlos Moutinho
27/2/2020
Escrevo
Escrevo porque sei
e gosto de escrever,
escrevo porque sinto as palavras
e gosto de construir sentimentos,
escrevo porque me sinto bem
ao ver o resultado da escrita,
escrevo porque, simplesmente, escrevo
satisfazendo meus anseios
soltando minhas emoções
escrevo...porque,
obviamente, escrevo!
José Carlos Moutinho
27/2/2020
Sonhador
...
Deixo-me levar pela vereda
que da minha alma floriu,
e, cautelosamente,
vou pisando o chão perfumado,
enquanto absorvo o sorriso das flores
que me fazem sonhador,
para, ingenuamente, escrever
este pequeno e lírico poema
José Carlos Moutinho
27/2/2020
Vento teimoso
Porque teimas tu, ó vento
a soprar em searas vazias,
passas o tempo ao relento
e não obténs o que querias
Concentra-te na realidade
nada é como antigamente,
até o sol perdeu qualidade
como queres tu sentimento
José Carlos Moutinho
27/2/2020
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020
Sou o instante
Sou o instante que me sinto
em cada momento da minha viagem
sou o suspiro efémero
do meu tempo
Flashes de memória
Um tempo de horas fugidias,
minutos corridos em segundos,
anseios que voavam na voracidade
cruel dos momentos passageiros,
foi um tempo de sonhos
alimentado pelos olhares femininos,
que se faziam raízes de paixões improváveis,
amores platónicos, delicadamente,
ancorados em juvenis corações,
foi um tempo que deixou marcas
indeléveis nas margens da vida,
onde, serenas, correm
as águas da saudade
José Carlos Moutinho
23/2/2020
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020
Estou no Rio
Se perguntarem por mim
digam que estou no Rio,
sambódromo, em grande festim
à espera de ver o corropio
É só imaginação, obviamente
pois, nem que me pagassem
fujo das multidões, temente
receando que me raptassem
José Carlos Moutinho
23/2/2020
Cuida-te
Tu carnavalesco da vida
que te sentes feliz nestes dias
não deixes que te preguem partidas
entrando loucamente nestas folias
Vai com cuidado, não abuses
não te agarres às mulheres alheias
ainda que depois te escuses
dizendo que elas eram ateias
José Carlos Moutinho
24/2/2020
domingo, 23 de fevereiro de 2020
Escreve, poeta
Não te permitas
deixar-te levar pelas conveniências
poeta das palavras vivas,
não procures agradar a quem te lê,
se o conseguires com alguns,
outros haverão, a quem passas
no escuro da displicência!
Escreve os teus sentimentos,
os teus momentos,
as tuas dores e amores,
escreve o que a tua inspiração
te proporciona, gentilmente!
Sabes que tentar agradar
é sempre muito complicado,
mas, se seguires o suspiro da tua alma,
terás, certamente a recompensa
que a ti próprio engrandece!
A opinião alheia é importante,
obviamente,
mas não define o teu verdadeiro sentir…
esse…poeta da realidade e da verdade,
só tu, o sentes verdadeiramente,
por isso, escreve, escreve sempre
quanto te aprouver e o teu dom te sorrir,
porque…talvez, os que te criticam
nem sequer saibam escrever,
ou…gostariam de o fazer como tu.
José Carlos Moutinho
23/2/2020
sábado, 22 de fevereiro de 2020
É Carnaval
Carnaval é folia, talvez loucura
onde quase tudo é permitido
eu que não gosto dessa partitura
fico só, sossegadinho comigo
Não critico os foliões exacerbados
cada um come do prato que gosta
desde que não sejam malcriados
pode até ser uma belíssima aposta
Carnaval é uma festa antiga pagã
que vem do tempo do, sei lá eu
talvez seja procedente de Omã
ou até de alguma terra de fariseu
José Carlos Moutinho
22/2/2020
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020
Despe-te
Despe-te da soberba que envergas
e veste-te de singela simplicidade,
aliviarás, obviamente, o peso que carregas
caminhando em trajes de normalidade
Crê que os teus caminhos serão floridos
se os fizeres com tua vestimenta natural,
verás que não causarás quaisquer pruridos
porque então, te tornarás pessoa normal
José Carlos Moutinho
21/2/2020
Entre palavras
Gosto de me passear por entre palavras
que, tais pedras de calçada,
se submetem aos meus desejos,
formando versos,
inquietos, por vezes,
alinhados com o momento, outras...
ao deambular pelo jardim de estrofes
que vai nascendo,
cresce em mim o prazer
de o transformar em poema,
que agradará ou não a quem o ler,
mas que a mim,
simplesmente alimenta-me a alma.
José Carlos Moutinho
21/2/2020
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020
Sem medos
Não te assustes quando me lês pessimismo,
lembra-te que este,
anda associado ao optimismo,
tal como a electricidade
existe positivo e negativo!
Assim, escrever e falar de negativismo
é demonstrar e relembrar
que é parte integrante da vida,
ter a coragem de o entender
é sentir que se está bem consigo próprio!
Sentir-se incomodado/a,
porque não se escreve
sobre luar, mar e amor
é algo que deve levar a pensar
que alguma coisa
não está bem no reino da mente!
Incómodo idêntico, tenho verificado
quando se fala da morte,
coisa tão natural, como falar do nascimento,
que é uma forma de sentir a vida com alegria,
apreciando com naturalidade
o filme que esta elabora,
é pensar princípio, meio e fim,
ter noção de que somos passageiros,
nesta viagem que nos foi oferecida!
José Carlos Moutinho
20/2/2020
Quando...
Quando a minha hora chegar
não chorem, devem, pois cantar
e ao olharem para mim, inerte
verão que meu corpo se converte
em coisa nenhuma neste mundo,
será então o meu espírito fecundo
que se elevará ao Alto da Eternidade
de onde verei o mundo da verdade
José Carlos Moutinho
20/2/2020
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020
Nada de tristezas
Não me fales de tristezas
nem me sussurres desilusões,
pois a vida tem tantas belezas
que nos enchem os corações
mas se por acaso tens problema
então, diz-me de que se trata,
se por acaso não for um dilema
será alguma coisa abstracta
e se assim for é só esquecer,
porque amanhã já é outro dia,
cada novo dia, ensina a viver
sorrindo e mostrando alegria
escrever versos de felicidade
dever do poeta, sem a sentir,
porque, creiam em boa verdade
o poeta até sabe bem mentir
José Carlos Moutinho
19/2/2020
Talvez seja simples utopia
Talvez um dia...
(tem de ser muito breve,
para que eu possa assistir)
talvez, o mundo se transforme
em coisa melhor,
porque o que é dado observar,
está tristemente desolador,
e não falo, obviamente,
do mundo físico, geográfico,
mas sim do mundo humano,
exactamente esse,
que perdeu tantos dos seus valores
e que agora toma atitudes indignas
e insuportáveis para uma sã convivência,
talvez um dia, quiçá,
eu ainda consiga contemplar
este sonho que me invadiu a alma
e me leva a viver esta utopia,
continuando, ingenuamente, a ter fé.
José Carlos Moutinho
19/2/2020
Proibido o plágio
ao abrigo do Decreto-lei nº 63/85
dos direitos de autor
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020
Sou...
...
Sou a singeleza da palavra
que compõe o meu verso
e a emoção do sentimento
com que pinto o poema,
Sou a pureza da metáfora
na estrofe da minha vinda
que me navega
pelas águas da dignidade
José Carlos Moutinho
17/2/2020
Navegador
Já naveguei em baixo caudal
de um qualquer rio da vida,
viajei por alto mar, ocasional
em busca da terra querida
Já lutei com marés adversas
sempre as levei de vencida,
não pensem serem conversas
o que digo de maneira sentida
Prefiro, porém, águas calmas
sem dificuldades de assustar,
e, claro, para evitar os traumas
navegar serenamente ao luar
José Carlos Moutinho
14/2/2020
domingo, 16 de fevereiro de 2020
Terra de poetas
Terra tão profícua de poetas
esta nossa onde nascemos,
alguns escrevem palavras certas,
outros há, que nem entendemos
Assim acontece porque o poeta
é um ser, dizem, muito diferente,
o que acho ser uma grande treta
pois o poeta é igual a toda a gente
Alegam que o poema vem da alma
que seja essa, de alguns, a opinião,
eu que tanto escrevo, com calma
acho que o poema vem do coração
Que nasça na alma ou no coração
é assunto muito pouco relevante,
importa que o poema seja emoção
do leitor, considerando-o marcante
José Carlos Moutinho
14/2/2020
sábado, 15 de fevereiro de 2020
A poesia e o poeta
Ser poeta é ser sonhador
ainda que os sonhos sejam utopia,
escreve sem parar, talvez por amor
porque a sua alma canta poesia,
ah...poeta és um mundo de ilusões,
falas de tristeza como de alegria
com a mesma facilidade e emoções,
como se a tua vida fosse a poesia
José Carlos Moutinho
15/2/2020
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020
Dia dos namorados
Hoje é, pois, um dia amoroso
quando falamos de namorados
que seja para todos dia ditoso
incluindo solteiros e casados
Que a felicidade seja constante
na vida de todos e de cada um
que o amor nunca fique distante
e a tristeza fique em eterno jejum
José Carlos Moutinho
14/2/2020
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020
Poema sem nome...só para divertir
Escrevo estes versos
como quem vai ver o mar
piso caminhos dispersos
até me sentar a observar
perguntam o que observo eu
e eu respondo que nada
porque se eu não sou ateu
olho o céu de voz silenciada
e dirão vocês outra vez
mas estás silencioso porquê
e eu que nem sou chinês
replico é vontade do freguês
ah...mas isso é um disparate
repetirão certamente todos vós
o que tu estás é no engate
corei e fiquei até sem voz
José Carlos Moutinho
13/2/2020
Introspecção
O mais difícil não é escrever livros, mas sim, conseguir que sejam editados por alguma editora que, minimamente, os divulgue através dos meios livreiros.
Porém, para mim, simples desconhecido, o mais importante, é a presença e o calor das pessoas que me cercam aquando do lançamento de um livro.
Ver uma sala repleta é a consagração de um autor e uma garantida prova de amizade ou de apreciação pelo que escrevemos.
Depois, é a continuidade dessa manifestação de amizade ou de aceitação pela minha escrita, nos pedidos que me são feitos à posteriori ou pela minha divulgação..
A minha maior satisfação é saber-me em casa de cada amigo/a ou simples leitor. Sinceramente, sem demagogia.
Bem Hajam, a minha gratidão a todos que têm estado comigo, sem vós, há muito que teria arrumado a caneta ou...o teclado!
É bom recordar
Em 2015, foi a minha primeira passagem pela RTP África, no programa Bem Vindos, entrevistado pela excelente jornalista Claudia Leal...é bom recordar
E...pronto!
Não te escrevo mais
teu silêncio é doentio,
nem sei se são normais
as atitudes do teu feitio,
talvez volte a escrever
não para ti, sua ingrata,
haverá quem saiba ler
e não seja tão insensata
José Carlos Moutinho
13/2/2020
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020
Garina
Tinhas perfume de manga
e cor doce de chocolate,
adornavas-te com missanga
pintavas os lábios de escarlate
Tinhas gingar de bailarina
e sorriso de sol nascente,
foste a mais bela garina
de olhar profundo e ardente
José Carlos Moutinho
12/2/2020
terça-feira, 11 de fevereiro de 2020
Tempo de juventude
As margens corriam contra mim,
quando eu, ignorando a sua acalmia,
passava por elas vertiginosamente
numa correria inconsequente
e rebeldia sadia,
ou talvez não…
Não importavam as consequências
se a loucura era prazer,
e as estradas negras de asfalto
ou vermelhas de pó,
livres,
para se gozar a vida,
porque o tempo,
sempre o tempo…
corria mais depressa que eu
e o carro que me gritava,
no roncar do seu motor
mais, mais
levava-me a desejar vencer
a corrida contra aquele tempo,
tempo de juventude,
de exaltadas emoções,
de paixões, amores
e frustrações,
de perdas e ganhos
choros e risos,
abraços e beijos…
era a vertigem vivida
num tempo sem tempo,
era alegria, felicidade
que trouxe a saudade
à memória
José Carlos Moutinho
6/2/2020
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020
Sorrir à vida
Deixem-me sorrir à vida
ainda que o dia se acinzente
a felicidade é para ser sentida
sempre que se caminhe em frente
Porque se hoje o tempo chora
amanhã será outro dia, virá o sol
há que viver alegremente cada hora
navegar confiante em busca do farol
José Carlos Moutinho
10/2/2020
domingo, 9 de fevereiro de 2020
sábado, 8 de fevereiro de 2020
Paradoxos
Há jardins no céu
perfumados por nuvens alvas
e oásis no mar
coloridos por miragens,
há luares encantados
em pensamentos vadios
e voos perdidos de gaivotas
em dias de bonança,
há obstáculos em caminhos
vencidos facilmente pela coragem
e vaidades exacerbadas
em mentes entorpecidas,
há simplicidade latente
em brisas incógnitas
e presunção em desvario
nos ventos da insignificância,
há de tudo e de nada
neste mundo de tanto e pouco,
onde o tanto pode ser tão pouco,
e o pouco pode ser tanto,
num paradoxo incomensurável.
José Carlos Moutinho
8/1/2020
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020
Mente viajante
Por vezes, sinto-me levitar,
não...não é o corpo,
esse, pesado, aquieta-se
na cadeira que o sustém,
falo da minha mente que voa
em digressões sem destino,
ondula simplesmente por aí,
em pensamentos, quiçá, perdidos,
em busca de nada,
porque nada lhe ocorre
a não ser que se sente perdida
e viaja, solta, vadia
em toda a sua propriedade única,
de livre pensadora,
então, arvora-se, autoritária,
independente e, até, possessiva,
ignora-me,
recusa-se ao meu chamamento
e percorre o mundo,
eu, impotente e resignado
continuo sentado
na cadeira que suporta
a minha fragilidade humana,
subjugada por uma mente desobediente
José Carlos Moutinho
3/2/2020
Meus livros vendidos
Embora tenha 12 livros publicados, só Nove (9) foram feitos em Portugal (os outros 3 foram editados pela Amazon)
Fui contar quantos exemplares foram vendidos daqueles NOVE (9) livros e...wow...
concretamente 5.358...e continuo pobrezinho (bolas...)
Simples quadra
...
os ventos rugem, o tempo passa
dores que vêm, sorrisos que vão
mas a vida, creiam, é uma graça
se a vivermos com muita emoção
José Carlos Moutinho
7/2/2020
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020
Tão pequenos
Somos tão pequenos,
tão pouco, neste universo,
na vida somos simples acenos
de um poema com um só verso
teu corpo efémero, passageiro
de um tempo que não controlas,
deixarás obra se fores obreiro,
e viajarás um dia, de charola's
José Carlos Moutinho
6/2/2020
Sinto-me
Já não sei de mim,
perdi-me entre os meus sentimentos,
que me concedem a graça
desta emoção que me abraça
os pensamentos,
sei que não sei de mim,
sinto-me simplesmente,
deixo-me levar neste enlevo
com que o meu tempo
me segura
José Carlos Moutinho
6/2/2020
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020
Escrevo tudo e nada
Descontraído escrevo tudo e nada
achando que sou poeta ou escritor
pois tenho uma força determinada
que faz pensar-me um escrevinhador
Então escrevo em desatino sem parar
são quadras, sonetos, estrofes livres
faço metáforas, tento rimar
nascem temas alegres alguns tristes
Aos poucos vai aparecendo o poema
assim como um milagre inesperado
vou pintando este meu belo sistema
Sem preconceito nem sequer vaidade
Também escrevo cantigas e fado
Fazendo-me sentir realizado
José Carlos Moutinho
24/1/2020
terça-feira, 4 de fevereiro de 2020
Sentires
Há palavras que gritam dentro de mim,
porém, quando tento soltá-las,
revoltam-se, calam-se,
emudecem-me,
aquietam-me ,
até que, após alguns instantes,
ouço o murmúrio de outras palavras,
não as que anteriormente eram gritadas...
eu, simplesmente,
sinto-as no meu peito
e...sorrio
José Carlos Moutinho
4/2/2020
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020
A Força de Amar (romance)
Paixão, amor, desilusão, simplesmente porque a vida é assim.
Peça-me o romance :
A FORÇA DE AMAR,
Pela opinião de quem o leu, não ficará desapontado/a
Mente viajante
Por vezes, sinto-me levitar,
não...não é o corpo,
esse, pesado, aquieta-se
na cadeira que o sustém,
falo da minha mente que voa
em digressões sem destino,
ondula simplesmente por aí,
em pensamentos, quiçá, perdidos,
em busca de nada,
porque nada lhe ocorre
a não ser que se sente perdida
e viaja, solta, vadia
em toda a sua propriedade única,
de livre pensadora,
então, arvora-se, autoritária,
independente e, até, possessiva,
ignora-me,
recusa-se ao meu chamamento
e percorre o mundo,
eu, impotente e resignado
continuo sentado
na cadeira que suporta
a minha fragilidade humana,
subjugada por uma mente desobediente
José Carlos Moutinho
3/2/2020
domingo, 2 de fevereiro de 2020
Minha vida literária
Depois da realização deste vídeo, lancei mais dois livros, romances com os títulos:
ALDEIA DO PARAÍSO (2018) e A FORÇA DE AMAR (2019)
ALDEIA DO PARAÍSO (2018) e A FORÇA DE AMAR (2019)
Coisas do tempo
Sou do tempo,
em que a água, caprichosamente,
corria por debaixo da ponte,
vinda da imensidão do mar alto
para os braços da majestosa e acolhedora baía!
Sou do tempo,
em que mataram a felicidade
que a água sentia na tal viagem
do mar para a baía,
quando fecharam a sua passagem
por debaixo da velha ponte!
Sou do tempo,
em que a água que antes era límpida
pela constante renovação,
deixou de ser apetecível
e me forçou a deixar de frequentar
a pequena praia
que existia à esquerda
de quem entrava
na maravilhosa ilha do Cabo!
Sou do tempo,
ah que saudoso tempo…
que não quer deixar de me atormentar
com esta pertinente saudade,
em que, do alto da imponente
Fortaleza de S. Miguel,
à sombra de uma Acácia
que me perfumava os sentidos,
eu passei tantos instantes das minhas emoções,
imbuído de uma imensa felicidade,
a contemplar toda a beleza e esplendor
que me era permitido vislumbrar
José Carlos Moutinho
2/2/2020
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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