quarta-feira, 6 de outubro de 2021

#Eram...foram...

eram sonhos
quimeras e anseios

eram brisas
em carícias de marés

eram luares
que fundiam os abraços

eram receios
por recusas inesperadas

eram...foram...
momentos ancorados
na adolescência

José Carlos Moutinho
6/10/2021

terça-feira, 5 de outubro de 2021

#Porque chove...

 

Chove...
pequenas gotas frias
que se estatelam no chão duro
dos sonhos interrompidos,
 
chove...
serão lágrimas de alguma musa
que, desgostosa,
chora a partida do seu amado,
 
chove...
suave, como se o gotejar
quisesse, delicadamente,
afogar a tristeza da memória,
 
chove...
e os pássaros cantam e voam
felizes, de asas molhadas,
espalhando pingos da chuva
pelos caminhos dos seus voos,
 
chove...
e eu que não gosto de chuva,
espero ansiosamente,
que surja o abençoado sol
para que, de mim,
se afaste a melancolia
 
José Carlos Moutinho
5/10/2021

 

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

#SOPRAR DO VENTO

 


#AMOR e GUERRA

 AMOR e GUERRA

Este meu "recente" romance que viu a luz da rua este ano de 2021, deseja ser lido, principalmente para quem viveu em Angola e a têm na saudade. A pandemia alterou toda a logística habitual de lançamento, assim, a quem se interessar lê-lo, basta uma simples mensagem via Messenger do Facebook que eu enviarei com todo o prazer e gratidão.
Embora o título seja AMOR E GUERRA é mais amor e vivências do que propriamente guerra.



domingo, 3 de outubro de 2021

#Soprar do vento

 

O anseio era grande, quase ousado
óbices, agora são imensos, duros,
publicar livro será, quiçá, um fado
na dificuldade em transpor muros

Momentos de quebra e desalento
desejo em deixar a palavra calada,
paixão pela escrita já é tormento
se a caminhada se sente frustrada
 
Conflitos de interesses são tantos
que perturbam a viagem do sonho,
sequer valem revoltas e prantos
se o soprar do vento é medonho
 
Os tempos, de repente mudaram
em crescendo de sonhados trigais,
onde colheitas fáceis abundaram
pela facilidade das redes sociais
 
José Carlos Moutinho
3/10/2021

 

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

#Bom dia, amigos

 Deixa que as palavras se soltem
como folhas de plátano a voar
deixa que as emoções calem
o silêncio de um coração a amar

jcm
30/9/2021

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

#Passado

 

Não me fales do passado
com esse teu ar displicente
todos nós temos um fado
importante é o presente

O passado, inexorável, já foi
por caminhos de dor e amor
pensando no devir renovou
a ânsia, do viver com fervor
 
A vida é como um diamante
Que, pelo tempo é lapidado
dura muito mais que instante
desde que seja bem manejado
 
José Carlos Moutinho 
 29/9/2021

domingo, 26 de setembro de 2021

# Quadra de divulgação

Este maldito vírus cortou-me os anseios
editei 2 livros, sem hipóteses de os lançar
era complicado fazê-lo por muitos receios
peçam-mos, terei todo gosto em os enviar

Romance e poesia num mar de muitas emoções

José Carlos Moutinho



# Ofuscadas emoções

Que sei eu de poesia,
de maresia ou de luar,
que sei eu de paixão e amor,
se o vento levou todos os sentimentos,

talvez, com a carícia da brisa
eu possa ter o alento
que me faça sentir o improvável,

nem sei mesmo,
se,
com o beijo do luar,
terei sensibilidade
para me entregar a devaneios,
porque o sol do desânimo
ofuscou-me as emoções!

Que sei eu, pois,
de palavras feitas fantasia
que, coladas em eventuais poemas
transmitam os meus suspiros
de cansada esperança?!

Certamente que nada sei,
deixo todos esses sentires
para quem tenha alma de poeta,
saiba e consiga soltar as metáforas
coloridas dos abraços incontidos,
e faça das pétalas, estrelas,
dos jardins, mares de ilusão
e dos pensamentos
flores vermelhas de paixão,

que sei eu de palavras inventadas
transformadas em ternos caudais
de rios de amor?

Nada…nada sei!

José Carlos Moutinho
19/7/2021



#Sabiá a cantar

 Pensei ouvir o silvo do vento
ou, talvez, de alguém a chamar
escutei durante algum tempo
era, afinal, o sabiá a cantar
26/9/2021

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

#Já não sei

 ...
Já não sei do tempo
nem tampouco de mim
já não sei do vento
nem sei porque estou assim
dorido entre saudade e lamento
neste cansaço sem fim

jcm
24/9/2021

#Divulgação

 Leia...romance ou poesia e fará um autor mais feliz, que, agradecido, lhe enviará o livro com o carinho de uma dedicatória



terça-feira, 14 de setembro de 2021

#Descartes

Se penso é porque existo
então se não penso morri
não compreendo bem isto
perante a ideia, obvio sorri

claro que eu não contrario
a ideia do René Descartes
as quadras são um desvario
que me levaram aos apartes

José Carlos Moutinho
14/9/2021

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

#Suspiros

 ...

Ouvem-se suspiros no ar
vêem-se sorrisos que se apagam
será da pandemia que está pra durar
ou das vozes tristes que não afagam?

jcm
13/9/2021

domingo, 12 de setembro de 2021

#Navegante

 ...

Sou navegante solitário
viajo por mares ondulantes de ilusão
sou marinheiro sonhador e celibatário
busco pela ilha onde plante a solidão

jcm
12/9/2021

#Leia AMOR e GUERRA

SINOPSE
A Angola colonial, a par das desigualdades e dos conflitos subterrâneos, era também um paraíso. Quem chegava era apanhado por um estranho feitiço para o resto da vida. O rumor longínquo da guerrilha assombrava essa aparente harmonia. A guerrilha funciona – é da sua natureza! – pela surpresa. As gigantescas matas cerradas não permitiam a penetração das tropas chegadas de Portugal e eram perfeitas para a ocultação dos guerrilheiros.
Nas cidades, porém, iludia-se a guerra: vivia-se freneticamente o dia-a-dia. Praias, vida nocturna, bares e restaurantes conferiam às cidades, em particular a Luanda, um cosmopolitismo sedutor. Luanda tinha feitiço. A guerra, granadas e minas, era lá longe. A música das G3 e das AK não chegava aos ouvidos da cidade.
Amor e Guerra segue um personagem mobilizado para Angola. Encontrará fatalidades, incertezas e paixões. Eis uma história de vida num paraíso cheio de inóspitas armadilhas. Será que o amor, o incansável amor, vence sempre todas as barreiras?
2021
Um romance que poderá despertar momentos esquecidos, vividos com felicidade. Encontrá-lo-á em qualquer livraria.
Poderá, se desejar uma dedicatória pedi-lo a mim, seu autor.



sábado, 11 de setembro de 2021

#Abraço escusado

 

Que sei eu da verdade
e do tempo que me acolhe,
que sei eu da bondade
se o sentimento não escolhe,

que sei eu do abraço escusado
se eu ofereci o meu gentilmente
que sei eu do vento cruzado
que me sopra impiedosamente,

nada sei, é a pura realidade
deste viver por vezes inquieto,
que esperança não venha tarde
para iluminar este meu trajecto
 
José Carlos Moutinho 
11/9/2021

Bom dia

 Solto meus pensamentos
que, livres, voam com a brisa
uns alegres outros de lamentos
sentimentos que minha alma catalisa

José Carlos Moutinho
11/9/2021

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

#Viajar pelas ilusões

Gostaria de poder romper
estes elos invisíveis, que me prendem
como amarras carcomidas pelo tempo
das minhas incertezas!

Soltar-me na brisa
que silenciosa, cruza as ilusões,
abraçar-me aos sorrisos das emoções!

O meu suspirar é reprimido
por sentimentos cansados,
aspiro ar cortante e ressequido
pelo Estio do deserto de mim,
busco o oásis das minhas quimeras
na esperança do afago da serenidade!

Tempestades de areias fustigantes
trazem-me dor calada, que me sufoca
e revolta por esta submissão
a vontades, que se alheiam de mim!

Grito no silêncio que me envolve,
derradeiro apelo aos meus sentidos,
escuto o eco de mim,
aspiro, tímido, o ar da esperança,
suspiro profundamente
e...sinto-me livre!

José Carlos Moutinho
In “Mar de Saudade”




quinta-feira, 9 de setembro de 2021

#Jogar com as palavras

Naquela noite a luz ausentara-se
Dando ao firmamento ar prateado
Talvez porque o dia acalmara-se
Após viagem pelo tempo cansado
 
Mas foi, porém, na beleza da aurora
Que o encantamento fez presença
Por entre suspiros fora de hora
De amantes que fugiam de sentença
 
Sentei-me silencioso num rochedo
Deixei-me levar pelo pensamento
Olhei o passado alegre sem medo
Para a finitude não havia momento
 
Viver é como vaguear por belo prado
Onde é presente o verde da esperança
Ainda que haja algum espírito alterado
Julgando que na vida não há bonança
 
José Carlos Moutinho
12/6/2021


 

 

 

 

 


#Bom dia, com alegria

Somos a essência do verbo amar
se abraçarmos as brisas do amor
se alguém houver para contrariar
que o faça se for esse o seu fervor

José Carlos Moutinho
9/9/2021

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

#Palavras escritas

 

Se o que escreves com boa intenção
for entendido de maneira julgadora
não fiques admirado, será a emoção
de quem te lê, com alma acusadora,
palavras escritas são frias sem acção
enquanto as faladas têm som e calor
mas se não forem lidas com coração
certamente causarão algum dissabor

José Carlos Moutinho 
 8/9/2021

terça-feira, 7 de setembro de 2021

#Pensava-se poeta

Dedicado aqueles que são tanto e se acham pouco...
e também para os que são nada e se pensam tanto...

Pensava-se poeta
Olhava pensativa o mar
e deixava-se levar em devaneio,
pensava-se poeta...
pois sentia dentro de si
murmúrios de românticos sentires,
que, timidamente, assomavam
ao seu pensamento,
por isso se pensava poeta...
as palavras silenciavam-se na sua boca
escreviam-se discretas na sua alma,
tentava compor mentalmente o poema,
aleatoriamente, os versos surgiam
inquietos, irregulares, talvez desconexos
em pequenas estrofes,
pensava-se poeta...
e só por isso, travava consigo própria
uma luta, quiçá bem desigual,
entre o seu instinto de poeta(?)
(já se pensava tal...)
e as palavras rebeldes que se amontoavam
no seu pensamento,
talvez ansiosas por serem alinhadas
em algum papel,
onde pudessem ser apreciadas,
ou definitivamente
condenadas ao fracasso,
mas ela pensava-se poeta...
mas ser poeta, não basta pensar sê-lo
tem de mostrar força e alma
na inspiração aliada à sensibilidade
num estado de espírito quase febril,
quando as palavras nascem
com a veemência
da nascente de um rio
e se aventuram pelo leito
das estrofes, numa composição
de emoção e paixão
José Carlos Moutinho
7/9/2021

domingo, 5 de setembro de 2021

#Peçam-me

 Peçam-me...

terei todo o gosto em enviá-los com
um abraço
autografado,
significando a minha gratidão.



#Ginguba e gindungo

 

Houve um tempo...
em que eu tinha tempo
para viver a vida com tempo
e ter tempo para saborear
a frescura de uma cerveja,
simples cerveja, Cuca ou Nocal
acompanhada de coisas tão vulgares
como tremoços, ginguba (amendoim)
ou camarões de cor rosada
e sabor picante do gindungo,
 
mas esse tempo perdeu-se por aí...

Era, pois, um tempo
em que se sorria e cantavam-se
os prazeres do viver
nos suores da folia,
em noites de farra!

Então, com pena minha,
esse ido tempo
transferiu-se para um outro tempo,
mais cansado, mais inquietante,
quiçá mais próximo da finitude...
 
onde a cerveja existe,
mas não aquela tal,
a ginguba
foi substituída pelo amendoim,
o picante do marisco
tomou o nome de piripiri
em vez do gindungo!
 
São as mudanças do tempo
ou, quiçá, sejamos nós que mudamos
acusando o tempo,
este tempo cronológico imparável
 
José Carlos Moutinho 
 4/9/2021

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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