segunda-feira, 12 de junho de 2023
#Desistir?!
Há sempre um momento…
um momento de desânimo
uma vontade de desistência
uma inquietude e uma desilusão...
Há sempre um instante em que o nosso querer
se esmorece e se perde entre a bruma da incompreensão...
ainda que uma força interior nos diga para navegar
a nossa canoa balança, insegura,
ao sabor do descontentamento...
embora tantas, fossem as vezes
em que a viagem foi conseguida com sucesso,
apesar do sobressalto das marés bravias e tempestades,
sempre o porto de abrigo foi alcançado,
um porto iluminado, onde se descansava o corpo
e relaxavam os pensamentos da mente exausta, mas feliz…
Porém, as tempestades aumentaram,
a navegação tornou-se mais difícil,
a canoa mal se sustenta sobre as ondas da incerteza
e da deslealdade, o que leva a pensar em desistir de remar
contramarés adversas e desleais…
Desistir por falta de forças para enfrentar este mar em desalinho,
que de repente, tão de repente, surgiu entre ilusões e hipocrisias
e tornou estas águas antes serenas,
em furações de promessas e irrealidades
que, certamente, leva ao afundamento da coerência e racionalidade?!
José Carlos Moutinho
intemporal
um momento de desânimo
uma vontade de desistência
uma inquietude e uma desilusão...
Há sempre um instante em que o nosso querer
se esmorece e se perde entre a bruma da incompreensão...
ainda que uma força interior nos diga para navegar
a nossa canoa balança, insegura,
ao sabor do descontentamento...
embora tantas, fossem as vezes
em que a viagem foi conseguida com sucesso,
apesar do sobressalto das marés bravias e tempestades,
sempre o porto de abrigo foi alcançado,
um porto iluminado, onde se descansava o corpo
e relaxavam os pensamentos da mente exausta, mas feliz…
Porém, as tempestades aumentaram,
a navegação tornou-se mais difícil,
a canoa mal se sustenta sobre as ondas da incerteza
e da deslealdade, o que leva a pensar em desistir de remar
contramarés adversas e desleais…
Desistir por falta de forças para enfrentar este mar em desalinho,
que de repente, tão de repente, surgiu entre ilusões e hipocrisias
e tornou estas águas antes serenas,
em furações de promessas e irrealidades
que, certamente, leva ao afundamento da coerência e racionalidade?!
José Carlos Moutinho
intemporal
quinta-feira, 8 de junho de 2023
#Perco-me confuso!
Perco-me nesta caminhada
onde os desencontros são tantos e diversos
Os olhares perderam o brilho de outrora
tornaram-se opacos, não sei se, por culpa do tempo
ou das vontades
As gaivotas perderam o rumo
vagueiam agora, sobre caixotes de lixo,
nas calçadas acinzentadas das ruas
Os abraços, esses, fecharam-se aos afectos,
palavras sem emoção, substituíram-nos
Os substantivos que definiam puros sentimentos,
perderam o valor,
tornaram-se meros adjectivos de negação
As palavras que antes eram de amizade, ternura e emoção
congelaram perante as atitudes
Existe uma constante mutação de princípios
que, de forma inexorável, altera comportamentos
Até o tempo se alterou
perante tanta negligência humana
Enchem-se as ruas de conflitos
suspiros de desamor, sobrepõem-se ao discernir
Pergunto-me se estamos numa mudança de vida
ou este nosso mundo perdeu a razão?
José Carlos Moutinho
8/6/2023
terça-feira, 6 de junho de 2023
quarta-feira, 31 de maio de 2023
#Ai, Primavera friorenta
Maio das flores e da Primavera
fala-me baixinho do teu sentir
não me deixes aqui em espera
se não ainda acabo por dormir
Achas que o tempo que fazes
são condições da tua estação?
Que achas se fizeres as pazes
pedindo bom tempo ao Verão
José Carlos Moutinho
31/5/2023
fala-me baixinho do teu sentir
não me deixes aqui em espera
se não ainda acabo por dormir
Achas que o tempo que fazes
são condições da tua estação?
Que achas se fizeres as pazes
pedindo bom tempo ao Verão
José Carlos Moutinho
31/5/2023
quarta-feira, 24 de maio de 2023
#Estarei em Guimarães
...E amanhã lá estarei com todo o gosto, quiçá, repetindo maravilhosos momentos vividos naquele mesmo local há 3 anos.
local: Alameda S.Dâmaso, 65. Edifício S. Francisco-.Guimarães.
#Assim...
Assim, num repente...
Se as pedras da calçada falasseme dissessem do meu querer e sentir
talvez em ti, os sentimentos calassem
só para que eu não pudesse te ouvir
José Carlos Moutinho
24/5/2023
segunda-feira, 22 de maio de 2023
#Dia do Autor
Hoje, dizem, é dia do autor,
assim, confesso-me, ser um
escrevo com paixão e ardor
com palavras não faço jejum
Vivam, pois, todos os autores,
génios ou que amam escrever
livros, são como seus amores
que fazem da palavra o querer
José Carlos Moutinho
22/5/2023
assim, confesso-me, ser um
escrevo com paixão e ardor
com palavras não faço jejum
Vivam, pois, todos os autores,
génios ou que amam escrever
livros, são como seus amores
que fazem da palavra o querer
José Carlos Moutinho
22/5/2023
sábado, 20 de maio de 2023
#Longo Viajar
Não sou ave, mas voo…
voo pelos céus da ilusão
não programo por onde vou
sigo o rumo do meu coração
só assim descubro quem sou
neste meu voar de paixão
E ao longo de voos tantos
descobri a razão do meu viver
feito de viajares de encantos
e de palavras do meu saber
que com carinho, faço cantos
com melodia do meu escrever
Será sonho, utopia ou nada
gostar eu, deste meu viajar
será, talvez, missão obstinada…
porém, creio ser forma de amar
pois tanta coisa foi conquistada
neste meu longo e feliz viajar
José Carlos Moutinho
19/5/2023
sexta-feira, 19 de maio de 2023
#Do PC eu estava de saída
Também...em jeito de descontração...
Do PC eu estava de saída
Não venhas com esse teu jeito
insinuar-te para mim, sorrindo
porque levo as coisas a peito
tornaste feio o que era lindo
Agora podes cantar para o lado
já que te intitulas grande fadista
já não vou no canto do teu fado
danço bem melhor noutra pista
Escusa as lamúrias, podes chorar
meu caminho é feito de planuras
onde não cabem ondas de mar
nem quero voar, detesto alturas
Por aqui me fico na imaginação
de que o sonho comanda a vida
escrevi estes versos sem emoção
quando do PC eu estava de saída
José Carlos Moutinho
17/5/2023
quinta-feira, 18 de maio de 2023
#Poetas por aí
Assim...num jeito de brincadeira...
Poetas por aíUm dia falei com Antero
o tal que quintal não tinha
era um homem algo severo
falei do soneto, coisa minha
Mas antes encontrei o Luís,
que chamaram de Camões
ele que fez tudo o que quis
falou-me das suas paixões
Sem querer vi o Fernando,
que era, também, Pessoa
por acaso, eis senão quando
pela Mensagem fui a lisboa
Passei pelo quente Alentejo
falei com Florbela Espanca
assim de repente num beijo
inquiri da sua tristeza franca
E porque são e foram tantos
os poetas que queria visitar
mas meus olhos são prantos
por não os poder encontrar
Aqui eu fico, meus amigos
talvez outro dia seja melhor
perdoem se infligi castigos
foi o que consegui de pior
José Carlos Moutinho
17/5/2023
quarta-feira, 17 de maio de 2023
#Poema louco
Ah, como
são belas as flores
e fragrâncias de seus odores
como são lindos os amores
e desilusões com suas dores
E como é maravilhosa a vida
com seus obstáculos tantos
alegremente escrevo poesia
evitando eventuais prantos
E...sorrio a este poema louco
que em três quadras nasceu
não riam, nem façam pouco
pois foi isto o que aconteceu
José Carlos Moutinho
e fragrâncias de seus odores
como são lindos os amores
e desilusões com suas dores
E como é maravilhosa a vida
com seus obstáculos tantos
alegremente escrevo poesia
evitando eventuais prantos
E...sorrio a este poema louco
que em três quadras nasceu
não riam, nem façam pouco
pois foi isto o que aconteceu
José Carlos Moutinho
16/5/2023
segunda-feira, 15 de maio de 2023
#Pensando
O que somos neste imenso Universo
seremos algo que se veja do Além?
Talvez sejamos simplesmente um verso
em delírio julgando que somos alguém!
Tantas vezes me pergunto, serenamente
se, na verdade, temos tanta importância
para que pensemos ser mais que gente
quando exibimos na vida tanta jactância
José Carlos Moutinho
15/5/2023
seremos algo que se veja do Além?
Talvez sejamos simplesmente um verso
em delírio julgando que somos alguém!
Tantas vezes me pergunto, serenamente
se, na verdade, temos tanta importância
para que pensemos ser mais que gente
quando exibimos na vida tanta jactância
José Carlos Moutinho
15/5/2023
sábado, 13 de maio de 2023
#Coisas do silêncio
que me acalma os sentidos
é como um acariciar ameno
trazendo instantes perdidos
Somente o bater das teclas
ao silêncio, tenta confundir
assim escrevo palavras certas
neste jeito meu de as sentir
Porque de silêncio eu gosto
na solidão eu me encontro
neste versejar bem-disposto
evito qualquer desencontro
José Carlos Moutinho
13/5/2023
#Palavras coloridas
de um belo cravo de esperança,
é maresia perfumada de saudade
navegada por marés de sorrisos,
é brisa de sentimentos e sol de emoções,
calor de paixões em ventos tropicais
serenidade de neve nas origens europeias,
é simbiose de sentires
que jamais se perderão nas brumas do tempo,
é viajante de ilusões
poeta de utopias e verdades,
é, simplesmente, um ser humano
que ainda tem a capacidade de sonhar,
é, assim que, com dignidade,
viveu sua vida,
este sonhador de palavras melodiosas,
plantadas em jardins de
sonhos!
José Carlos Moutinho
13/5/2023
sexta-feira, 12 de maio de 2023
#Para ti, ó mar
Olho o mar, leio cada
onda
escuto o cantar da maresia
no areal a maré estronda
tento inventar certa poesia
E se a inspiração adormece
passeio-me pla alva espuma
quero sentir o que acontece
antes que surja certa bruma
No final sempre algo nasceu
ao olhar toda beleza do mar
emergiu o poema que é teu
que a ti ofereço por te amar
Dedico-te ó mar esta poesia
em quatro estrofes singelas
quem sabe, talvez algum dia
traces caminho das caravelas
José Carlos Moutinho
escuto o cantar da maresia
no areal a maré estronda
tento inventar certa poesia
E se a inspiração adormece
passeio-me pla alva espuma
quero sentir o que acontece
antes que surja certa bruma
No final sempre algo nasceu
ao olhar toda beleza do mar
emergiu o poema que é teu
que a ti ofereço por te amar
Dedico-te ó mar esta poesia
em quatro estrofes singelas
quem sabe, talvez algum dia
traces caminho das caravelas
José Carlos Moutinho
8/5/2023
quinta-feira, 11 de maio de 2023
domingo, 16 de abril de 2023
quinta-feira, 13 de abril de 2023
#SONHO ou ILUSÃO
Lançamento no dia 15, sábado, 16 horas,
Junta Freguesia Cidade da Maia, Avenida D. Manuel II, 1573 MAIA.
quarta-feira, 12 de abril de 2023
#Poema ao tempo chuvoso
Chora o tempo, pinta a vida em flores
canta ó poeta, com alegria o teu saber
coisas aqui e ali, mais coisas de amores
jeito de sentires emoções no teu viver,
sei...a chuva que cai, silente e generosa
atrapalha a vida a muita gente, verdade
mas suas lágrimas cristalinas são prosa
para que estas quadras fossem realidade
e por aqui me fico com a minha solitude
quiçá, ainda hoje venha a escrever mais
se minha imaginação não se tornar rude
ou entenda eu, seguir por outros ideais
José Carlos Moutinho
12/4/2023
terça-feira, 11 de abril de 2023
segunda-feira, 10 de abril de 2023
#Ciclo do tempo
Esmorecia a tarde nos braços do tempo,
solidário, o horizonte deixava-se escurecer
levando consigo a cor do mar
escondida no azul do céu
matizada de amarelo-laranja
do desfalecido pôr-do-sol…
O ciclo do tempo na sua suave rotação
cumpria a missão da mudança
num fenómeno repetido a cada 24 horas
e que a nossos olhos
quase passa indiferente
e só ocasionalmente
nos leva a contemplar
o fascínio da mudança do dia para a noite,
da luz cintilante e calorífica do sol
para a escuridão temerosa da noite
ou até para a clara serenidade do luar…
É a vida na sua pujança
que nos oferece graciosamente
na palma da mão a fascinante beleza
de uma Natureza maravilhosa
em que nós somos fugazes viajantes
de passagem…
José Carlos Moutinho
28/7/15
domingo, 9 de abril de 2023
# Vento calado
Tantas vezes perguntei ao vento por ela
e o vento calou a resposta e nada disse
algumas vezes fico esperando-a à janela
e o pensamento diz-me que desistisse
outra vez pergunto onde está a juventude
e o vento que não responde e só assobia
deixa-me esta saudade feita de placitude
levando-me a pensar ser um sonho utopia
José Carlos Moutinho
9/4/2023
e o vento calou a resposta e nada disse
algumas vezes fico esperando-a à janela
e o pensamento diz-me que desistisse
outra vez pergunto onde está a juventude
e o vento que não responde e só assobia
deixa-me esta saudade feita de placitude
levando-me a pensar ser um sonho utopia
José Carlos Moutinho
9/4/2023
quinta-feira, 6 de abril de 2023
#Viagem pela vida
Nas asas do pensamento
voam sem rumo emoções exaltantes
que entre nuvens se engrandecem
soltando suspiros pelos céus
Nas águas cristalinas de um rio
navegam ilusões beijando suas margens
exalando o perfume de sensações
Na viagem que se estende até ao mar
quantas paixões se perderam na corrente
e quantos amores esmoreceram na foz da vida
Haja emoções na paisagem do tempo,
levadas, por vezes, nos braços da brisa
outras, mais agitadas, penduradas no vento
A passagem que nos acolhe e transporta
pelas reviravoltas da vida
é força que nos transmite resiliência
na continuidade de nossa existência
Todavia, a vitória
não é conseguida, lamentavelmente,
por todos os viajantes, que, em viajar conturbado
sofrem as agruras do tempo
com que foram tristemente contemplados
José Carlos Moutinho
6/4/2023
terça-feira, 4 de abril de 2023
#Silêncios de exaltação
Ai este silêncio que me
convida à exaltação
das palavras que no meu peito se calaram,
quiçá, por timidez, ou sei lá o quê,
há uma revolta silenciosa entre o meu desejo
e o receio do desconhecido
que melindre este meu sentimento!
Ouso, todavia, soltar estas palavras
que aqui vos deixo em jeito de desabafo,
receoso, porém, da incompreensão
que pelos ventos da discórdia agitam mentes…
mas como quem não arrisca
perde a oportunidade de se mostrar,
e, perante o desencontro de gostos
eu, humildemente, abraço-me ao meu sentir
e esqueço o mundo da frustração,
aconchegando-me no perfume da sensatez
e da compreensão natural!
E que as palavras que em estrofes
vos ofereço de coração aberto,
sejam veículo onde quem as lê
viaje na leveza do gostar poesia…
é esse, tão simples, o meu anseio.
José Carlos Moutinho
das palavras que no meu peito se calaram,
quiçá, por timidez, ou sei lá o quê,
há uma revolta silenciosa entre o meu desejo
e o receio do desconhecido
que melindre este meu sentimento!
Ouso, todavia, soltar estas palavras
que aqui vos deixo em jeito de desabafo,
receoso, porém, da incompreensão
que pelos ventos da discórdia agitam mentes…
mas como quem não arrisca
perde a oportunidade de se mostrar,
e, perante o desencontro de gostos
eu, humildemente, abraço-me ao meu sentir
e esqueço o mundo da frustração,
aconchegando-me no perfume da sensatez
e da compreensão natural!
E que as palavras que em estrofes
vos ofereço de coração aberto,
sejam veículo onde quem as lê
viaje na leveza do gostar poesia…
é esse, tão simples, o meu anseio.
José Carlos Moutinho
4/4/2023
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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